O Panamá deteve o presidente do Instituto Brasil-Palestina

As autoridades panamianas detiveram, na noite de quinta-feira, o Presidente do Instituto Brasil-Palestina (IBRASPAL), Ahmed Shehada, no Aeroporto Internacional de Tocumen, e apreenderam o seu passaporte brasileiro.

Shehada fazia escala no Panamá em trânsito para a Colômbia onde iria participar na segunda conferência para a União Palestina na América Latina, que teve lugar entre 17 e 19 de Março em Barranquilla.

Num comunicado datado de 17 de Março, a Federação Árabe Palestina do Brasil (FAPB) diz que «autoridades do serviço de imigração do Aeroporto Internacional de Tucumen, na cidade do Panamá, capital do país de mesmo nome, sequestraram ontem, por horas, o presidente do Instituto Brasil-Palestina, Ahmad Shehada, lhe retiveram o passaporte e outros pertences e o submeteram a interrogatório comandado e executado por agentes estadunidenses».

A intervenção de ministros do governo do Presidente Lula da Silva e da diplomacia brasileira em apoio de Ahmad Shehada, que é um cidadão brasileiro, levou o Panamá a deportá-lo de volta para o Brasil.

A FAPB agradeceu «ao Brasil por sua ação a respeito, especialmente aos ministros Paulo Pimenta e Alexandre Padilha, bem como ao corpo diplomático brasileiro no Panamá, sem os quais o desfecho do episódio poderia ter sido mais grave.»

Na sequência destes contactos, o Panamá decidiu deportar Shehada de volta para o Brasil.

O vice-presidente da IBRASPAL, Sayid Marcos Tenório, citado pelo Middle East Monitor, declarou: «O Estado do Panamá está sob ocupação americana. Os serviços secretos americanos e israelitas estão a visar qualquer pessoa que trabalhe contra as políticas imperialistas sionistas».

Tenório acrescentou: «A perseguição a Shehada por este Estado é uma medida absurda que viola os seus direitos como cidadão brasileiro de origem palestina».

O MPPM, que tem desenvolvido acções de cooperação com o IBRASPAL, manifesta a sua total solidariedade com seu presidente e expressa a sua indignação por esta arbitrariedade que não deverá ser dissociada da campanha que está a ser orquestrada em todo o mundo para tentar silenciar as pessoas e organizações que denunciam as acções criminosas do Estado de Israel para com o povo palestino.

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