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Por uma Palestina unida, livre, independente e soberanaNo dia 29 de Novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a resolução nº 181, estabelecendo a partilha do território da Palestina entre dois estados, um estado judaico e um estado árabe. Nessa mesma resolução era reconhecido, à cidade de Jerusalém, um estatuto internacional especial sob administração das Nações Unidas. A mesma Assembleia Geral das Nações Unidas, no passado mês de Novembro de 2013, durante a sua 68ª sessão, reconhecendo as especiais responsabilidades da ONU na questão palestina, deliberou proclamar 2014, como Ano Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino.Entre as duas datas, há uma história de coragem e determinação de um povo que teima em manter viva a luta pela sua liberdade, pelo direito a viver em paz, dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas de um estado soberano, e independente. Entre essas datas, há uma história vivida por um povo, de ocupação e de crimes, de guerra e...

Cidade de Gaza, 27 de Dezembro de 2008. É um sábado e pouco falta para o meio-dia. As crianças regressam da escola e as ruas estão repletas de pessoas. Poucos minutos mais tarde, mais de 200 estarão mortas e cerca de sete centenas estarão feridas. Israel acaba de desencadear o seu covarde ataque que baptiza de «Operação Chumbo Fundido». Dezenas de caças F-16, helicópteros Apache e veículos aéreos não tripulados bombardeiam, em simultâneo, mais de uma centena de locais em toda a Faixa de Gaza. Nos dias seguintes, continuam os bombardeamentos, culminando numa invasão terrestre em 3 de Janeiro de 2009. Quando termina a operação, em 18 de Janeiro, debaixo de forte pressão internacional e dois dias antes da tomada de posse de Barack Obama, deixa mais de 1400 mortos palestinos – entre os quais 138 crianças – e um enorme rasto de destruição que paralisa a vida de Gaza.A operação foi cuidadosamente planeada ao longo de meses e as vítimas civis não são «danos colaterais». São uma consequência...

Nelson Mandela sempre assumiu a sua posição de apoio à causa palestina aproximando os elementos definidores do conflito Israel-Palestina (1947 - presente) aos do Apartheid em África do Sul (1948 - 1994), condenando a ocupação israelita e as suas políticas de segregação, e defendendo o direito do povo da Palestina à autodeterminação.Mandela faleceu hoje, aos 95 anos, deixando um intenso trabalho de luta pela liberdade e de defesa da igualdade de direitos.O MPPM saúda em Nelson Mandela o homem íntegro, o combatente da liberdade e o estadista exemplar, e conclama todos os que, neste momento, exaltam a sua obra, a seguir o seu exemplo e apoiar o povo palestino na sua luta pela liberdade, pela dignidade, pela independência.Direcção Nacional do MPPM5 de Dezembro de 2013

Resistência - Liberdade - SoberaniaO MPPM organizou um conjunto de eventos, integrados nas Jornadas de Solidariedade com a Palestina - 2013, em torno da data de 29 de Novembro proclamada pela Assembleia Geral da ONU como o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo da Palestina, evocando a data em que, em 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a resolução 181 (II) que preconizava a partilha da Palestina em dois Estados - um judaico e um árabe - com um estatuto especial para Jerusalém, mas que jamais foi cumprida no que respeita à criação do Estado Palestino. As Jornadas de Solidariedade com a Palestina – 2013 adoptaram como lema: “Resistência – Liberdade – Soberania”.AberturaAs Jornadas abriram no dia 7 de Novembro com animação de rua inspirada no poema Daqui deste deserto onde persisto, de António Ramos Rosa, com alunos do 12º ano de Artes e Espectáculo (Interpretação) da Escola Básica e Secundária Passos Manuel. Estiveram pela hora de almoço na confluência da Rua 1º ...

O MPPM organiza um conjunto de eventos, integrados nas Jornadas de Solidariedade com a Palestina - 2013, em torno da data de 29 de Novembro proclamada pela Assembleia Geral da ONU como o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo da Palestina, evocando a data em que, em 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a resolução 181 (II) que preconizava a partilha da Palestina em dois Estados - um judaico e um árabe - com um estatuto especial para Jerusalém, mas que jamais foi cumprida no que respeita à criação do Estado Palestino. As Jornadas de Solidariedade com a Palestina – 2013 adoptaram como lema: “Resistência – Liberdade – Soberania”.
O programa das Jornadas 2013 é o seguinte:

QUINTA, 7 DE NOVEMBRO | ABERTURA
Animação de rua inspirada no poema “Daqui deste deserto onde persisto”, de António Ramos Rosa, por Alunos do 12º ano de Artes e Espectáculo – Interpretação da Escola Básica e Secundária Passos Manuel
13h – R. 1º Dezembro / R. do Carmo | 17h – Largo de Camões

SEGUNDA...

Especialistas em radiação suíços confirmam que encontraram vestígios de polónio na roupa usada por Yasser Arafat: cresce a possibilidade de o líder palestino ter sido envenenadoNum relatório publicado, há poucos dias, pela revista médica britânica “The Lancet”, a equipa suíça apresenta dados científicos para suportar as declarações feitas, em 2012, à comunicação social, de que tinham encontrado polónio em pertences de Arafat.Arafat morreu em França em 11 de Novembro de 2004, com a idade de 75 anos, mas os médicos não foram capazes de especificar a causa da morte já que, a pedido da viúva, não foi realizada autópsia.Os seus restos mortais foram exumados em Novembro de 2012 e foram colhidas amostras, em parte em resposta a suspeitas de poderia ter sido envenenado, suspeitas essas que se avolumaram após o assassinato do ex-espião russo e crítico do Kremlin Alexander Litvinenko em 2006. A investigação está a ser conduzida, separadamente, por equipas da França, da Suíça e da Rússia.No...

Edward Said, o autor de Orientalismo, escritor e activista da defesa dos direitos do povo palestino que, com Daniel Barenboim, fundou a West Eastern Divan Orchestra, faleceu em 25 de Setembro de 2003.Assinalando o 10.º aniversário do seu falecimento, o MPPM homenageou a sua memória com uma «conversa informal» realizada na Livraria Bulhosa-Entrecampos e conduzida pelos Profs. Adel Sidarus (jubilado, Universidade de Évora) e Eva-Maria von Kemnitz (coordenadora do Instituto de Estudos Orientais da Universidade Católica).

O Acordo de Oslo I O Acordo de Oslo I ou, na sua designação oficial, a «Declaração de Princípios sobre os acordos de Auto-governação Interina», foi assinado a 13 de Setembro de 1993, em Washington, pelo Governo de Israel e a OLP, sob a supervisão do governo dos Estados Unidos. Embora não sejam as suas assinaturas que constam no texto do Acordo, a fotografia que simboliza a cerimónia de assinatura junta os então Presidente dos EUA Clinton, Presidente da OLP Yasser Arafat e Primeiro-Ministro de Israel, Yitzak Rabin. O Acordo de Oslo previa a criação duma Autoridade Nacional Palestina, com responsabilidade de administração interna em territórios na Faixa de Gaza e Margem Ocidental, incluindo territórios dos quais o exército de Israel se deveria retirar. No entanto, o Acordo retirou o controlo das fronteiras desses territórios à ANP. Os territórios sob administração da ANP ficavam assim, desde o início, numa situação de dependência face a Israel. Além disso, o Acordo não resolvia questões...

O MPPM manifesta a sua mais profunda preocupação pela sucessão de declarações, ameaças e iniciativas visando um ataque militar de potências ocidentais contra a Síria e exprime, desde já, a sua firme condenação de qualquer intervenção militar externa no conflito sírio. Uma eventual agressão militar externa – susceptível de lançar toda a região numa catástrofe de enormes proporções – representaria, na linha dos ataques já lançados por Israel sobre território sírio, uma flagrante e inaceitável violação do Direito Internacional e da Carta da ONU, para mais se levada a cabo à margem do Conselho de Segurança da ONU. É urgente travar o inaceitável derramamento de sangue na Síria. Mas este objectivo exige a cessação imediata das ingerências e apoios externos à militarização do conflito e o início dum processo negocial sem condições prévias, envolvendo todas as partes sírias, e sob os auspícios da ONU - como a prometida, mas nunca concretizada, Conferência de Genebra. Qualquer intervenção...

José Saramago faleceu há três anos. O MPPM evoca o seu dirigente e membro fundador recordando um dos muitos textos em que, de forma lúcida mas incisiva, analisava a questão palestina. Foi escrito em 22 de Janeiro de 2009. Podia ter sido hoje. Israel e os seus derivadosO processo de extorsão violenta dos direitos básicos do povo palestino e do seu território por parte de Israel tem prosseguido imparável perante a cumplicidade ou a indiferença da mal chamada comunidade internacional. O escritor israelita David Grossmann, cujas críticas, em todo o caso sempre cautelosas, ao governo do seu país têm vindo a subir de tom, escreveu num artigo publicado há algum tempo que Israel não conhece a compaixão. Já o sabíamos. Com a Tora como pano de fundo, ganha pleno significado aquela terrível e inesquecível imagem de um militar judeu partindo à martelada os ossos da mão a um jovem palestino capturado na primeira intifada por atirar pedras aos tanques israelitas. Menos mal que não a cortou. Nada nem...