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Segundo o Centro de Informação Palestino a Agência da ONU para os refugiados palestinos, UNRWA, declarou que vai «cessar os seus serviços de apoio financeiro a famílias pobres de Gaza, o seu programa de criação de oportunidades de emprego, e os seus serviços médicos nocturnos, bem como reduzir para metade todos os restantes serviços de saúde que assegura em Gaza».

Uma iniciativa retomada
Em 2011, o MPPM retomou a iniciativa de organizar um conjunto de eventos, integrados nas Jornadas de Solidariedade com a Palestina - 2011, em torno da data de 29 de novembro proclamada pela Assembleia Geral da ONU como o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo da Palestina, evocando a data em que, em 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a resolução 181 (II) que preconizava a partilha da Palestina em dois Estados - um judaico e um árabe - com um estatuto especial para Jerusalém, mas que jamais foi cumprida no que respeita à criação do Estado Palestino.
As Jornadas de Solidariedade com a Palestina - 2011 adotaram como lema: "Liberdade - Independência - Soberania".
A Terra Fala Árabe - I

A Conferência Geral da UNESCO votou hoje a favor da admissão da Palestina como Estado Membro da Organização. Para que a associação se efective, a Palestina tem agora que assinar a ratificar a Constituição da UNESCO.
A entrada da Palestina eleva para 195 o número de Estados Membros da UNESCO.
A votação registou 107 votos a favor da admissão e 14 votos contra, com 52 abstenções.
Votaram a favor da admissão países europeus como a Áustria, a Bélgica, a Espanha, a França, o Luxemburgo e a Finlândia, quase todos os países árabes e africanos, China, Índia, Rússia, Brasil e África do Sul. Votaram contra, nomeadamente, os Estados Unidos, o Canadá e a Alemanha. Portugal, Reino Unido e Itália integraram o grupo de países que se abstiveram.
Correspondendo a uma iniciativa do MPPM, sete dezenas de individualidades representativas de todos os sectores da sociedade portuguesa, em que se incluem três galardoados com o Prémio Pessoa, subscreveram um apelo em que recomendam o Governo Português «a adopção, em todos os fóruns internacionais, e designadamente no Conselho de Segurança e na Assembleia-Geral da ONU, de uma posição favorável ao reconhecimento do Estado da Palestina, nas fronteiras anteriores a 1967, incluindo Jerusalém Oriental, como membro de pleno direito da Organização das Nações Unidas». Os subscritores incluem professores universitários e investigadores, deputados ao Parlamento Europeu e à Assembleia da República, autarcas e vereadores, dirigentes sindicais, artistas plásticos, encenadores e actores, escritores e poetas e profissionais liberais.
O MPPM manifesta a sua profunda preocupação pelo contínuo agravamento da situação na Palestina e pela escalada dos perigos de uma confrontação bélica generalizada no Norte de África e no Médio Oriente. As condições de vida do povo palestino agravam-se dia após dia, e Israel persiste, de forma impune, no caminho de aprofundamento da colonização dos territórios ocupados e de recusa no reconhecimento dos direitos nacionais do povo palestino. É inaceitável que a proposta de reconhecimento da Palestina como Estado-membro da Organização das Nações Unidas — uma proposta justa e legítima, conforme ao Direito Internacional e às legítimas aspirações de libertação nacional do povo palestino, que será levada à ONU nas próximas semanas — esteja a ser objecto de resistências, ameaças e chantagens por parte das autoridades israelitas e dos EUA.
 
O Muro de Separação
Assinala-se hoje - 9 de Julho de 2011 - o sétimo aniversário do parecer do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) sobre a ilegalidade do Muro de Separação israelita. Nesse Parecer, o TIJ considerou que tanto o Muro como os colonatos israelitas são ilegais, de acordo com o direito internacional e o direito internacional humanitário. No seu parecer, o Tribunal estabeleceu que Israel devia cessar a construção do Muro, desmantelar as secções já concluídas, e indemnizar pelos danos causados pela construção. Neste parecer, o TIJ concluiu que o Muro viola o direito inalienável do povo palestino à autodeterminação. O Tribunal também disse que este era um direito "erga omnes", ou "que dizia respeito a todos os estados". É por isso que, entre as muitas recomendações do parecer, se estabelece que todos os Estados são obrigados a agir para pôr termo a qualquer limitação ao exercício do direito à autodeterminação do povo palestino resultante da construção do Muro por Israel.
Alunos do Curso Profissional de Artes do Espectáculo do Liceu Passos Manuel apresentaram, nos dias 18 e 19 de Junho, no Teatro A Barraca, Sete Crianças Judias - Uma peça de teatro por Gaza, de Caryl Churchill.
Há um ano éramos atingidos — o MPPM e, sobretudo, a sua grande causa e razão de ser, a Palestina — pela perda física da voz do mais eminente dos nossos fundadores, José Saramago.
Esta é uma evocação sentida e homenagem à sua memória.
 
A voz de Saramago — de alcance mundial pela arte da palavra, a clarividência do pensamento e o desassombro das posições — há muito se fazia ouvir em prol de duas maiores e incindíveis causas da humanidade; a libertação e a paz.
 
Saramago sempre quis juntar a sua voz lúcida, calorosa, firme, à de outros portugueses em iniciativas que abriram caminho ao MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente — e, sobretudo, em defesa da vida e do futuro do povo palestino, heróico e mártir.
 
No primeiro aniversário da sua morte, as cinzas de José Saramago foram depositadas por Pilar del Rio junto às raízes da oliveira que veio de Azinhaga do Ribatejo e agora está diante da Casa dos Bicos onde vai ficar instalada a sede da Fundação que perpetuará a memória do Nobel da Literatura.
Numa cerimónia sublinhada musicalmente pelo grupo de percussão Tocá Rufar, participaram a viúva, Pilar, e a filha, Violante, a escritora Lídia Jorge, a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa. 
A Direcção Nacional do MPPM assinalou o primeiro aniversário do falecimento de José Saramago nestes termos:
Há um ano éramos atingidos — o MPPM e, sobretudo, a sua grande causa e razão de ser, a Palestina — pela perda física da voz do mais eminente dos nossos fundadores, José Saramago.
Esta é uma evocação sentida e homenagem à sua memória.
Foi com sentida emoção que as muitas pessoas que se reuniram na Casa do Alentejo, em Lisboa, no passado dia 16 de Maio, a convite do MPPM, para assinalar o 63º aniversário da Nakba - a Catástrofe - reagiram às intervenções dos diferentes oradores.
Falou em primeiro lugar Maria do Céu Guerra, Presidente do MPPM, que descreveu o longo percurso do processo de ocupação da terra palestina pelos sionistas e consequente expulsão dos seus habitantes.
Fixando o seu início em 1897, na sequência do 1º Congresso Sionista realizado em Basileia, que estabeleceu como objectivo criar um lar para o povo judeu na Palestina, objectivo esse confirmado cinco anos mais tarde com a criação do Fundo Nacional Judeu para aquisição da terra da Palestina que deve ser entregue «desocupada dos seus habitantes árabes». Desde então, o povo palestino foi perseguido, expulso das suas terras, espoliado dos seus haveres, dizimado.

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