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Um tribunal de Israel confirmou ontem, 30 de Julho, a condenação por homicídio e a sentença de 18 meses do ex-soldado israelita Elor Azaria, que em Março de 2016 matou a tiro à queima-roupa o palestino Abd al-Fattah al-Sharif, de 21anos, que jazia inanimado no chão depois de alegadamente cometer um ataque com faca na cidade de Hebron, no Sul da Margem Ocidental ocupada.
A execução foi filmada por um activista palestino ao serviço da organização israelita de direitos humanos B'Tselem e rapidamente se difundiu nas redes sociais e na televisão, tornando impossível ignorar o caso.
Segundo o jornal israelita The Times of Israel, os juízes do tribunal de recurso classificaram o acto de Azaria como «proibido, grave, imoral» e destacaram que Azaria «nunca expressou remorso nem questionou as suas acções».
O MPPM marcou presença, uma vez mais, no Acampamento pela Paz que este ano teve lugar nas Piscinas Municipais de Évora, entre 28 e 30 de Julho.
O Acampamento foi organizado pelo Comité Nacional Preparatório de Portugal do 19º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes que se vai realizar em Sochi, na Rússia, de 14 a 22 de Outubro.
Tal como em anos anteriores, o MPPM participou neste Acampamento para divulgar a causa do povo palestino entre as centenas de jovens de todo o país que se juntaram para participar em torneios desportivos, workshops, animações culturais e concertos.
Fernando Quaresma e José Oliveira participaram no habitual debate da tarde de sábado e foi disponibilizada informação sobre a situação na Palestina. À noite, o MPPM integrou-se na marcha dos jovens pela Paz que percorreu as ruas da cidade património da humanidade até à Praça do Giraldo.
 
Centenas de beduínos manifestaram-se ontem, 27 de Julho, em Be’er Sheva, diante dos escritórios da Agência de Desenvolvimento Beduína, reclamando o seu encerramento, informa o jornal israelita Haaretz.
Os manifestantes exigiam o fim da política de sistemática demolição de edifícios nas comunidades beduínas do Negev/Naqab, no Sul de Israel, que classificaram de «crime contra cidadãos», e o reconhecimento das comunidades beduínas não autorizadas.
As relações entre a Agência e os residentes beduínos têm-se tornado cada vez mais tensas a propósito de questões como a reflorestação.
O Estado israelita começou a reflorestação a norte da localidade beduína de Tel Sheva, nos arredores de Be'er Sheva, que os beduínos dizem ser propriedade sua. O Estado estará a plantar florestas em vários locais do Negev/Naqab em terras que as comunidades beduínas «ilegais» reclamam como suas.
Após reabertura, mais de uma centena de feridos em ataque das forças israelitas
A situação em torno do complexo de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental ocupada, conheceu hoje, quinta-feira, 27 de Julho, um desenlace provisório que constitui uma vitória dos palestinos.
O governo de Benjamin Netanyahu foi forçado pela firmeza dos protestos dos palestinos, sobretudo de Jerusalém Oriental mas também dos restantes territórios palestinos ocupados, a ceder: primeiro a retirar os pórticos detectores de metais à entrada do Haram al-Sharif (Nobre Santuário) / Esplanada das Mesquitas, depois a renunciar à instalação de câmaras «inteligentes», e finalmente a franquear aos fiéis muçulmanos a totalidade das entradas no santuário, contrariamente ao anunciado.

O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) lamenta o texto da Folha Informativa com a assinatura da Companhia de Teatro de Almada e distribuída aos espectadores do Festival de Teatro de Almada na noite de 12 de Julho de 2017.
O respeito que temos pelo Festival, pela Companhia de Teatro de Almada e pelo seu trabalho, levou-nos a esperar pelo fim da 34a edição do Festival, antes de expressar o nosso desapontamento por esse texto. Um texto que falta à verdade dos factos e, assim, semeia a confusão.
Em momento algum o MPPM, a única organização portuguesa não governamental de solidariedade com o povo palestino acreditada pelas Nações Unidas, defendeu «boicotar um artista pela sua nacionalidade», como afirma enganadoramente o documento distribuído.

O MPPM condena a restrição por Israel do acesso ao complexo de Al-Aqsa e o agravamento da repressão em toda a Jerusalém Oriental, numa escalada de tensão que visa aprofundar a política israelita de anexação do território palestino.

Na sexta-feira, 14 de Julho, um tiroteio na Cidade Velha de Jerusalém que terminou no Haram al-Sharif/Esplanada das Mesquitas resultou na morte dos três atacantes e de dois polícias de fronteira israelitas, uns e outros palestinos com cidadania israelita.

Israel prendeu brevemente o Mufti de Jerusalém e impôs durante dois dias o encerramento total do local, pela primeira vez desde há muitos anos. Violando a liberdade de culto e pondo em causa o estatuto do local sagrado, de que é garante a Jordânia, o acesso a Haram al-Sharif só foi permitido por Israel depois da instalação nas suas entradas de pórticos detectores de metais.

O Conselho de Segurança da ONU deve reunir-se à porta fechada na próxima segunda-feira, 24 de Julho, para discutir a situação tensa que se vive nos últimos dias em Jerusalém Oriental ocupada em torno do complexo da Mesquita de al-Aqsa.
Entretanto, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas ordenou a suspensão de todos os contactos oficiais com Israel até que sejam retirados os detectores de metais colocados às entradas do complexo de Al-Aqsa.
No sábado, 22 de Julho, continuaram os confrontos em algumas zonas de Jerusalém Oriental e da Margem Ocidental ocupadas. Forças israelitas mataram pelo menos dois palestinos com balas reais, ferindo gravemente um outro, na cidade de al-Eizariya, no distrito de Jerusalém da Margem Ocidental ocupada, segundo informações do Crescente Vermelho palestino à agência Ma'an. Registaram-se igualmente dezenas de feridos.
Três palestinos foram mortos a tiro durante confrontos em Jerusalém Oriental ocupada e na Margem Ocidental ocupada hoje, 21 de Julho, relata a agência palestina Ma'an. Em todo o território palestino ocupado, e particularmente em Jerusalém Oriental ocupada, ocorreram protestos em grande escala contra as novas medidas de segurança impostas pelas autoridades israelitas no acesso ao complexo de Al-Aqsa.
O Waqf, a organização islâmica que administra Al-Aqsa, apelou no início desta semana a que todas as mesquitas de Jerusalém fechassem na sexta-feira, dia santo muçulmano, e todos os fiéis muçulmanos da cidade se dirigissem a Al-Aqsa para denunciar a instalação de portais detectores de metais e outras medidas de segurança adicionais, surgidas na sequência do ataque do passado dia 14, em que três palestinos cidadãos de Israel mataram dois polícias israelitas, igualmente palestinos cidadãos de Israel.
A Assembleia da República aprovou ontem, 19 de Julho, um Voto de Congratulação pela classificação de Hebron como património mundial. O Voto, apresentado pelo Grupo Parlamentar do Partido Ecologista «Os Verdes», foi aprovado pelo Plenário da Assembleia da República com os votos favoráveis do PS, BE, PEV, PCP e PAN, os votos contra de 2 deputados do CDS-PP e 1 deputado do PS, e a abstenção do PSD, CDS-PP e 2 deputados do PS.
É o seguinte o texto integral do documento:
«Voto de Congratulação pela Classificação de Hebron como Património Mundial
A Comissão de Património Mundial da UNESCO aprovou a classificação de Hebron como Património Mundial, durante a reunião que decorreu de 2 a 12 de julho, em Cracóvia, na Polónia.
A Cidade Velha de Hebron está, assim, na Lista do Património Mundial da Humanidade. Sendo que a UNESCO declarou ainda que Hebron se encontra em risco, devendo merecer proteção especial da ONU.
Vários palestinos ficaram feridos em confrontos entre a polícia israelita e fiéis muçulmanos hoje, 17 de Julho, perto do complexo de Al-Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém Oriental ocupada.
O presidente da Iniciativa Nacional Palestina, Dr. Mustafa Barghouti, foi atingido na cabeça por uma bala com ponta de borracha. Barghouthi declarou à agência Ma'an que ele e vários outros fiéis, habitantes de Jerusalém, foram agredidos por forças israelitas após realizarem orações junto à Porta dos Leões, uma das várias que dão acesso a Al-Aqsa, para expressar a sua rejeição dos procedimentos de segurança israelitas em todo o complexo, incluindo a instalação de detectores de metal às entradas.

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