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A Câmara Municipal de Loures, na sua reunião do dia 17 de Janeiro, aprovou por unanimidade uma moção, apresentada pelos membros da CDU, reclamando liberdade para Ahed Tamimi e condenando a actuação do exército israelita.
O MPPM saúda esta deliberação da Câmara Municipal de Loures, demonstração do empenho deste órgão do poder autárquico na solidariedade com a causa do povo palestino.
A moção vem somar-se ao amplo movimento que no mundo inteiro, e também em Portugal, protesta contra a detenção e reclama a liberdade de Ahed Tamimi e de todos os presos palestinos nas prisões de Israel.
É o seguinte o texto integral da moção:
Liberdade para Ahed Tamimi
A jovem ativista palestiniana, de 16 anos, Ahed Tamimi foi detida na madrugada do passado dia 19 de dezembro por forças do exército israelita que assaltaram a sua casa, situada na aldeia de Nabi Saleh.
Segundo o diário israelita Haaretz, o exército israelita está a considerar assumir total responsabilidade militar e repressiva em duas zonas de Jerusalém Oriental ocupada.
Embora Israel afirme que toda a cidade de Jerusalém faz parte do seu território e a tenha anexado em 1980, o exército israelita, que tem a missão de controlar os territórios palestinos ocupados, está a examinar a possibilidade de alargar o seu controlo militar e de segurança de modo a incluir áreas de Jerusalém ocupada que estão fisicamente separadas do resto da cidade pelo muro de separação (ou do apartheid), incluindo Kafr Aqab e o campo de refugiados de Shuafat.
A jovem palestina Ahed Tamimi, de 16 anos, permanecerá em prisão preventiva por tempo indeterminado, até ao seu julgamento, decidiu ontem o tribunal militar israelita de Ofer. Os territórios palestinos ocupados estão desde 1967 sujeitos à lei militar.
A detenção de Ahed Tamimi já tinha sido prorrogada várias vezes, e ontem o tribunal militar israelita recusou o pedido libertação sob fiança apresentado pela sua advogada. O juiz militar fundamentou a sua decisão dizendo que a jovem era «demasiado perigosa».
A adolescente foi presa em 19 de Dezembro, dias após se ter tornado viral um vídeo em que dava uma bofetada a um soldado israelita para tentar afastá-lo do pátio da sua casa em Nabi Saleh, na Margem Ocidental ocupada. Pouco antes, um seu primo de 15 anos tinha sido atingido na cabeça com uma bala de borracha pelas forças de ocupação.
Ahed enfrenta agora cinco acusações de agressão às forças de segurança e «incitamento».
A Câmara Municipal de Palmela, na sua reunião pública do passado dia 10 de Janeiro, aprovou por unanimidade uma moção reclamando Liberdade para Ahed Tamimi e todos os menores palestinos presos.
O MPPM saúda mais esta deliberação da Câmara Municipal de Palmela, que se tem relevado um verdadeiro exemplo de empenho autárquico na solidariedade com a causa do povo palestino.
A moção vem somar-se ao larguíssimo movimento que no mundo inteiro protesta contra a detenção e reclama a liberdade de Ahed Tamimi de todos os presos palestinos nas prisões de Israel.
É o seguinte o texto integral da moção:
LIBERDADE PARA AHED TAMIMI E TODOS OS MENORES PALESTINOS PRESOS
Ahed Tamimi, de 16 anos, conhecida ativista palestina contra a ocupação, foi detida na madrugada do dia 19 de dezembro por militares e polícias de fronteira de Israel que assaltaram a sua casa, na aldeia de Nabi Saleh, na Margem Ocidental ocupada.
Um tribunal militar israelita ordenou hoje o prolongamento da prisão preventiva da jovem Ahed Tamimi, de 16 anos, detida na madrugada de 19 de Dezembro passado.
Ahed continuará detida até à próxima quarta-feira, de modo a dar tempo ao tribunal para decidir se ela poderá sair sob fiança antes do julgamento. Os procuradores pedem que ela seja mantida presa até ao julgamento.
Gaby Lasky, a advogada de Ahed, argumentou no tribunal que o prosseguimento da sua detenção viola as convenções internacionais, já que ela é menor.
Ahed Tamimi é alvo de 12 acusações, incluindo agressão, e pode vir a ser condenada a uma prolongada pena de prisão.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas criticou hoje severamente os chamados esforços de paz no Médio Oriente do presidente estado-unidense Donald Trump. «O acordo do século é a bofetada do século e nós não o aceitaremos», declarou Abbas, referindo-se à promessa de Trump de alcançar o «acordo supremo».
Abbas afirmou que «hoje é o dia em que os acordos de Oslo terminam. Israel matou-os. Somos uma autoridade sem autoridade e uma ocupação sem qualquer custo. Trump ameaça cortar o financiamento da autoridade porque as negociações falharam. Quando diabo é que as negociações começaram?!»
E prosseguiu: «A nossa posição é um Estado palestino nas fronteiras de 67 com capital em Jerusalém Oriental e a aplicação de decisões da comunidade internacional, bem como uma solução justa para os refugiados.»
As autoridades israelitas aprovaram a proposta de construção de 1122 novas casas em colonatos em toda a Margem Ocidental ocupada, segundo informa a organização israelita Peace Now.
As aprovações foram dadas na quarta-feira passada, 10 de Janeiro, por uma comissão do Ministério da Defesa com autoridade sobre a construção de colonatos. Cerca de 352 casas receberam aprovação final, enquanto as outras estão numa fase preliminar do processo.
Os planos que foram aprovados incluem a construção de mais de 200 casas em Oranit e mais de 50 em Petzael, no Vale do Jordão, além de construções em Ariel, Alfei Menashe e outros colonatos na Margem Ocidental ocupada. As autoridades de planificação avançaram com planos de construção de centenas de unidades habitacionais noutros colonatos, incluindo Kfar Adumim e Givat Ze'ev.
Dois adolescentes palestinos foram hoje mortos e outros três feridos em confrontos com forças israelitas na Faixa de Gaza cercada e na Margem Ocidental ocupada, informou o Ministério da Saúde palestino.
Uma das mortes ocorreu em protestos na fronteira da Faixa de Gaza e a segunda em confrontos perto da cidade de Nablus, na Margem Ocidental.
O adolescente palestino da Faixa de Gaza, Ameer Abu Musaed, de 16 anos, foi morto com uma bala no peito a leste do campo de refugiados de Bureij, adjacente à barreira de separação com Israel. Segundo fontes locais, dezenas de jovens palestinos estavam a participar junto à fronteira num protesto contra o reconhecimento pelos Estados Unidos de Jerusalém como capital de Israel. Registaram-se ainda três feridos, um dos quais ficou em estado crítico.
O MPPM convida a participar nas iniciativas sobre a Palestina levadas a cabo pela Fundação José Saramago (Casa dos Bicos - Rua dos Bacalhoeiros - Lisboa) no quadro da sua programação de Janeiro e Fevereiro.
Na próxima quarta-feira, 17 de Janeiro, às 18.30 horas, será inaugurada a exposição «Esta Bandeira da Esperança: Um Olhar sobre a Questão Palestina», produzida pelo MPPM. Seguir-se-á um debate animado por Maria do Céu Guerra, Carlos Araújo Sequeira e Carlos Almeida.
Na quarta-feira, 24 de Janeiro, também às 18.30 horas, será exibido o filme «Dois metros desta terra seriam suficientes para mim», de Ahmad Natche.
Finalmente, na quarta-feira 31 de Janeiro, ainda às 18.30 horas, haverá uma conversa com o jornalista José Goulão sobre «A colonização israelita: a lenta anexação da Palestina, a morte da ideia de dois Estados».
O programa de Fevereiro será oportunamente divulgado.
 
 
A Assembleia da República aprovou no passado dia 5 de Janeiro um Voto condenando a legislação actualmente em tramitação no parlamento israelita que permitiria a pena de morte para palestinos acusados de «operações contra alvos israelitas». A proposta de lei, apresentada por Naftali Bennett, dirigente do partido de extrema-direita Lar Judaico e ministro da Educação, foi aprovada em primeira leitura por 52 votos contra 49 e terá agora de ser aprovada em mais duas leituras.
O Voto aprovado pela Assembleia da República foi apresentado pelo Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, tendo merecido os votos favoráveis dos grupos parlamentares do PSD, PS, BE, CDS-PP, PCP, PEV e PAN, e os votos contra dos deputados João Soares (PS) e João Rebelo (CDS-PP).
É o seguinte o texto integral do documento:
«VOTO DE CONDENAÇÃO PELA FACILITAÇÃO DO RECURSO À PENA DE MORTE EM ISRAEL

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