Actualidade

A Noruega junta-se aos nove países europeus que, numa declaração conjunta no início desta semana, se distanciaram das acusações de terrorismo feitas por Israel contra seis organizações palestinas.

«Tal como a Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Países Baixos, Espanha e Suécia, acreditamos que actualmente não existe informação suficiente para sugerir que precisamos de reconsiderar a nossa cooperação com as organizações da sociedade civil palestina afectadas», disse a Ministra dos Negócios Estrangeiros Anniken Huitfeldt à agência noticiosa NTB.

«No diálogo com as autoridades israelitas, a Noruega deixou claro que a decisão de enumerar as seis organizações voluntárias tinha de ser fundamentada com documentação suficiente. Do lado norueguês, esta questão também foi levantada durante a minha visita a Israel em Março», declarou a ministra, que acrescentou: «Na nossa opinião, o material que recebemos de Israel não é suficiente para justificar a listagem como terroristas das...

Tal como tinham feito os peritos de direitos humanos da ONU, em Abril, os Ministros dos Negócios Estrangeiros de nove países europeus - em que não se incluiu Portugal - repudiaram a designação por Israel de seis ONG palestinas como "organizações terroristas" por não ter sido apresentada qualquer prova convincente.

Em Outubro do ano passado, o ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, designou como "organizações terroristas" seis organizações da sociedade civil palestina: Addameer – Associação de Apoio aos Presos e de Direitos Humanos, Al-Haq – Defesa dos Direitos Humanos, DCI-P – Defesa das Crianças Internacional – Palestina, Centro Bisan para Pesquisa e Desenvolvimento, UAWC - União de Comités Agrícolas, e UPWC – União dos Comités de Mulheres Palestinas.

A designação como organizações terroristas permite a Israel fechar as organizações, confiscar os seus bens, pôr termo ao seu trabalho e acusar os seus dirigentes e pessoal de delitos terroristas.

Na ocasião, o MPPM solidarizou-se com as...

«As acções da sua administração só podem ser vistas como uma tentativa de apagar o assassinato extrajudicial de Shireen e reforçar ainda mais a impunidade sistémica de que gozam as forças israelitas», escreve a família de Abu Akleh numa carta dirigida a Joe Biden a poucos dias da sua viagem a Israel.

Ao longo destes dois meses desde o assassinato de Shireen, em 11 de Maio, têm-se sucedido as investigações independentes que apontam todas no sentido de responsabilizar as IDF Israel Defense Forces) pelos disparos intencionais que a vitimaram. Por isso, os palestinos ficaram indignados quando o Departamento de Estado norte-americana divulgou uma declaração dizendo que a bala que matou Abu Akleh "provavelmente" provinha de uma posição militar israelita, mas desvalorizando o incidente como sendo o «resultado não intencional de circunstâncias trágicas».

A família de Abu Akleh, que confessa sentir «dor, indignação e um sentimento de traição» por parte de Biden, exorta a administração norte...

Neste dia 8 de Julho, há 50 anos, a Mossad (serviços secretos israelitas) assassinou, em Beirute, num atentado à bomba, o patriota palestino Ghassan Kanafani, então com apenas 36 anos.

Destacado jornalista, professor, escritor e revolucionário palestino, membro e porta-voz da Frente Popular para a Libertação da Palestina, Kanafani continua a ser hoje uma das grandes referências da cultura e da resistência palestina.

Kanafani e a família foram expulsos de sua casa pelas forças israelitas em 1948, tendo-se refugiado no Líbano e posteriormente na Síria.

Kanafani foi o precursor da Literatura de Resistência Palestina, tendo produzido obras como Men in the Sun (Rijal fi-a-shams), All That's Left to You (Ma Tabaqqah Lakum) ou o ensaio Palestinian Literature of Resistance Under Occupation.

No atentado que vitimou Kanafani foi também assassinada Lamees Najim, a sua sobrinha menor. Como é habitual com os crimes cometidos pelo Estado israelita, este atentado ficou impune.

O contributo de Ghassan...

A exposição «Esta Bandeira da Esperança: Um Olhar Sobre a Questão Palestina», produzida pelo MPPM, está patente no pavilhão da Plataforma pela Paz e o Desarmamento no Festival Liberdade que está a ter lugar na Quinta do Conde, em Sesimbra, em 1 e 2 de Julho.

O Festival Liberdade é um projecto regional, assumido pela AMRS – Associação de Municípios da Região de Setúbal e os municípios seus associados, em parceria com o Movimento Associativo Juvenil da Região de Setúbal.

A Plataforma pela Paz e Desarmamento, que o MPPM integra, reúne organizações de juventude e de defesa da Paz e está a preparar activamente o próximo Acampamento pela Paz que este ano vai ter lugar nas Piscinas Municipais de Évora, entre 29 e 31 de Julho.

Pode ver a exposição em formato e-book aqui: https://online.fliphtml5.com/chxui/qngl/

Muitas centenas de pessoas desfilaram na quarta-feira, 29 de Junho, pelas ruas do centro histórico do Porto, da Cordoaria até à Ribeira, em resposta ao Apelo "Paz Sim! Guerra e Corrida aos Armamentos Não!".

Subscrito inicialmente por 15 personalidades, o Apelo registou a adesão de mais de 80 organizações – entre as quais o MPPM – e muitas outras individualidades.
 

Um evento virtual de alto nível sobre «Apartheid, Direito Internacional e o Território Palestino Ocupado» teve lugar na passada quinta-feira, 16 de Junho, promovido pelo Comité da ONU para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino de 2022.

O evento virtual foi dirigido por Cheikh Niang, Presidente do Comité e Representante Permanente do Senegal junto da ONU, e teve como membros do painel Zeid Ra'ad Al-Hussein, Presidente e Director Executivo do Instituto Internacional da Paz, antigo Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos e membro dos The Elders e Agnès Callamard, Secretária-Geral da Amnistia Internacional.

Os membros do painel discutiram o histórico relatório de 2022 da Amnistia Internacional intitulado «O Apartheid de Israel contra os Palestinos: Sistema Cruel de Dominação e Crime Contra a Humanidade», no qual a organização partilhou as suas descobertas e conclusões relativamente às políticas e práticas israelitas. Também discutiram as reacções que o...

Na Avenida da Liberdade, em Lisboa, milhares de vozes gritaram Sim à Paz, Não à Guerra e à Corrida aos Armamentos! em resposta ao apelo lançado por dezenas de individualidades e organizações.

O MPPM associou-se à iniciativa também para recordar que o povo palestino é vítima de uma guerra que dura há sete décadas e meia mas que é quase sempre silenciada.
 

A Aliança Europeia em Defesa dos Presos Palestinos (EADPP) realizou a sua Sétima Conferência em 18 e 19 de Junho, em Malmö, na Suécia, com o principal objectivo de expandir a internacionalização da questão dos presos palestinos.

O MPPM esteve representado por Raul Ramires, membro da Direcção Nacional.

Respeitou-se, a abrir a conferência, um minuto de silêncio em memória dos mártires da causa palestina.

A alocução de boas-vindas aos congressistas foi feita por Khaled Hamad, coordenador da EADPP, que lamentou a ausência de alguns activistas vindos da Palestina por não terem conseguido que a Suécia lhes desse o visto.

Na sessão de abertura foi lida uma saudação do Presidente Mahmoud Abbas e projectada uma mensagem em vídeo de Rashida Tlaib, membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.Seguiram-se intervenções de, nomeadamente, Rula Muhaisen, Embaixadora da Palestina na Suécia, Thaer Shreteh, do Ministério dos Prisioneiros da Palestina, e de Umihana Rasobic Kasumovic, do Partido da...

Apelo
Paz sim! Guerra e corrida aos armamentos não!

O respeito pelos princípios do direito internacional, conformes com a Carta da ONU e os constantes na Acta Final da Conferência de Helsínquia, é o caminho para garantir a paz, a segurança, a cooperação, a justiça, os direitos dos povos.

Independentemente de opiniões diversas sobre os desenvolvimentos no plano internacional, como a situação na Palestina ou no Sara Ocidental, as guerras na Ucrânia, no Iémen, na Síria, na Líbia ou no Iraque, entre outros conflitos que flagelam o mundo, une-nos a condenação da guerra, a profunda preocupação com o agravamento da situação mundial e os sérios perigos para a Humanidade que dele decorrem.

O aumento das despesas militares, a corrida aos armamentos, a produção de mais sofisticadas armas, incluindo nucleares, a instalação de mais bases militares em países terceiros, representam uma inquietante ameaça para todos os povos da Europa e do mundo, tanto mais quando se constata o agravamento dos problemas...