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O exército israelita tem em marcha, desde o final do mês de Março, uma violenta ofensiva repressiva nos territórios palestinos ocupados em 1967. Desencadeada, alegadamente, como resposta a uma sequência de acções violentas levadas a cabo por palestinos em Israel, esta ofensiva ocorre num momento particularmente sensível.

Comemoramos o 48º Aniversário do levantamento militar do Movimento das Forças Armadas (MFA), que em 25 de Abril de 1974 derrubou o regime ditatorial fascista, que há 48 anos oprimia o povo português, acção que beneficiou de um espontâneo e extraordinário apoio popular e que mobilizou a Nação Portuguesa para um processo revolucionário, que provocou profundas transformações na nossa sociedade, com especial relevância para o fim da Guerra Colonial, com o consequente nascimento de novos países de Língua Portuguesa. Processo que, alicerçado na Liberdade conquistada, deu origem a um regime Democrático, ao respeito pela dignidade da pessoa humana e à conquista de direitos políticos, sociais e culturais, que vieram a ficar consagrados na Constituição da República Portuguesa de 1976.

Na madrugada de 9 de Abril de 1948, três milícias sionistas - o Hagana, o Irgun e o Bando Stern - assaltaram Deir Yassin, uma aldeia palestina com cerca de 750 habitantes, situada a oeste de Jerusalém. Mais de uma centena de homens, mulheres e crianças foram massacrados.

Alguns foram mutilados e violados antes de serem assassinados. Vinte e cinco homens da aldeia foram depois executados numa pedreira próxima. Das cerca de centena e meia de casas, 10 foram dinamitadas. O cemitério foi posteriormente demolido e, como centenas de outras aldeias palestinas, Deir Yassin foi varrida do mapa.

Deir Yassin ficava fora da área que o Plano de Partilha das Nações Unidas, aprovado em 1947, destinava ao futuro Estado judaico. Mas a direcção sionista tinha desde há muito decidido efectuar uma limpeza étnica dos palestinos, com o objectivo de consolidar e expandir a área que lhe era atribuída.

Assinala-se hoje, na Palestina, o Dia da Terra. Neste dia, em 1976, o exército israelita reprimiu de forma brutal uma onda de protestos, incluindo uma greve geral, da população palestina contra um plano de expropriação de terras entre as aldeias de Sakhnin e Arraba, a norte de Nazaré, dentro das fronteiras da Palestina ocupada pelo Estado de Israel em 1948. Em consequência, seis palestinos foram mortos, cerca de uma centena ficaram feridos e um número indeterminado de muitas centenas foram presos.

Quarenta e seis anos decorridos, o povo palestino enfrenta uma extensa e renovada campanha de expropriações, com particular incidência em Jerusalém Oriental, prolongando a limpeza étnica do povo palestino concomitante com a criação do Estado de Israel, em 1948. Essa campanha é acompanhada pelo anúncio da construção de novos colonatos e a intensificação dos processos de alargamento daqueles já existentes.

Uma coligação de mais de uma centena de organizações europeias, entre as quais o MPPM, está envolvida no apoio, promoção e assinatura de uma Iniciativa Cidadã Europeia para proibir o comércio com os colonatos ilegais.

Uma Iniciativa Cidadã Europeia é um instrumento de petição estabelecido pelo Tratado de Lisboa, que deve recolher, no prazo de um ano, as assinaturas de um milhão de cidadãos europeus de pelo menos sete Estados-Membros da UE, constituindo assim um direito de iniciativa política. Este instrumento democrático formal permite aos cidadãos europeus pressionar a Comissão Europeia no sentido de adoptar legislação adequada.

A convite de um grupo de professores  da Escola Secundária João de Barros, em Corroios, Seixal, o MPPM promoveu nesta quinta-feira, 10 de Março, uma sessão de informação e esclarecimento sobre a causa do povo palestino.

Duas turmas de 12º ano e uma turma de 11º ano, num total de cerca de 80 estudantes, participaram nessa sessão marcada por um debate vivo e muito animado.

Carlos Almeida e Ana Lobo Mesquita dinamizaram a sessão.

O jornal USA Today relatou que uma fotografia que se tornou viral sobre um prédio na Ucrânia a ser atingido por um bombardeamento russo era afinal de um prédio da Faixa de Gaza, demolido pela Força Aérea Israelita em Maio de 2021. Alguns dias antes disso, o Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano queixou-se ao embaixador israelita em Kiev de que «está a tratar-nos como Gaza»; ele estava furioso por Israel não ter condenado a invasão russa e estar apenas interessado em retirar cidadãos israelitas do país (Haaretz, 17 de Fevereiro de 2022).

Neste Dia Internacional da Mulher de 2022, o MPPM presta homenagem às mulheres de todo o mundo e à sua luta pela paz, pela igualdade, pela liberdade, pela justiça e pela eliminação de todas as formas de discriminação. Luta que travaram no passado e que travam hoje, umas vezes discreta e simplesmente, outras vezes correndo perigos enormes.

Homenagem especial às mulheres que, em consequência de guerras e outras agressões, sofrem a privação da liberdade, são forçadas a abandonar as suas casas, são sujeitas a abusos físicos e psicológicos ou perdem a própria vida.

Homenagem constante às mulheres palestinas, que vivem na pele quotidianamente um sistema de ocupação, colonização e apartheid com o seu cortejo de violência e discriminações.

As Nações Unidas nomearam uma comissão ad hoc de cinco membros para investigar as acusações da Autoridade Palestina de que Israel cometeu actos de apartheid na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e em Gaza.

Num comunicado ontem divulgado, o Comité das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação Racial (CERD) informa que «criou uma Comissão de Conciliação ad hoc que oferecerá os seus bons ofícios tanto ao Estado da Palestina como a Israel, com vista a resolver amigavelmente a disputa sobre alegações de discriminação racial.»

Esta decisão da ONU é a última etapa de um procedimento que teve início em 2018 quando a Autoridade Palestina apresentou uma acusação de apartheid, queixando-se de que Israel não estava a cumprir os Artigos 2, 3 e 5 da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial.

A Amnistia Internacional publicou hoje um extenso relatório intitulado Israel’s Apartheid against Palestinians: Cruel system of domination and crime against humanity (Apartheid de Israel contra os Palestinos: Sistema cruel de dominação e crime contra a humanidade) em que confirma que o regime de Israel contra todo o povo palestino configura o crime contra a humanidade de apartheid.

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