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A ocupação israelita demoliu cerca de 172 900 casas palestinas, deslocou 1 324 000 palestinos e confiscou 19 000 quilómetros quadrados de terra da Palestina histórica «para trazer 5 milhões de imigrantes sionistas de todo o mundo para substituir o povo indígena», revelou o Land Research Center em Jerusalém.

Para assinalar o Dia Mundial do Habitat, o Land Research Centre (Centro de Investigação da Terra) divulgou um relatório em que faz a análise do impacte da colonização israelita sobra a habitação e as propriedades dos palestinos.

Segundo o Centro, «durante a Nakba (1948), a ocupação israelita demoliu 125 000 casas palestinas e deslocou 800 000 pessoas, cerca de 47 por cento da população palestina».

O prolongado bloqueio israelita, pontuado por agressões militares periódicas, está a causar uma grave deterioração da segurança da água na Faixa de Gaza, onde 97% da água é não potável, causando o lento envenenamento dos residentes do enclave, denunciaram o Euromediterranean Human Rights Monitor (Euro-Med Monitor) e o Global Institute for Water, Environment and Health (GIWEH) numa declaração conjunta durante a 48ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU (UNHRC) realizada em Genebra.

O fabricante de equipamento desportivo Nike anunciou que porá fim à venda dos seus produtos em lojas no Estado de Israel a partir de 31 de Maio do próximo ano, numa iniciativa saudada como mais uma vitória da campanha internacional de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS).

«Na sequência de uma análise abrangente realizada pela empresa e considerando a variação do mercado, foi decidido que a continuação da relação comercial entre si e esta empresa já não corresponde à política e objectivos da empresa», escreveu a Nike aos retalhistas israelitas no passado domingo.

A decisão da Nike deve atingir duramente os negócios de centenas de lojas de desporto em Israel já que, sendo uma das marcas desportivas mais populares do mundo, os seus produtos são responsáveis por uma grande proporção das suas vendas.

O documentário israelita Advocate, que conta a história da notável advogada Lea Tsemel, defensora dos presos políticos palestinos nos tribunais israelitas, ganhou o prémio para Melhor Documentário na 42ª edição dos Prémios Emmy para Notícias e Documentários realizada na passada quarta-feira.

O filme, realizado por Rachel Leah Jones e Philippe Bellaïche e produzido originalmente para o canal Hot 8 de Israel, foi também nomeado para um Emmy na categoria de Documentários Políticos e Governamentais Notáveis e tinha sido pré-seleccionado para os Óscares em 2019.

A Comissão Europeia registou, em 8 de Setembro, uma Iniciativa de Cidadãos Europeus (ICE) que apela ao fim do comércio com colonatos ilegais em territórios ocupados como a Palestina e o Sara Ocidental.

No entanto, este passo só foi dado depois de os organizadores da Iniciativa terem ganho uma acção judicial contra a Comissão Europeia, que tinha inicialmente rejeitado a iniciativa, alegando falta de competência. A sua rejeição foi anulada pelo Tribunal Europeu de Justiça (TEJ).

Em 19 de Abril de 2021 o helicóptero Ingenuity da NASA fez o seu primeiro voo em Marte. Este feito histórico é o resultado de sete anos de trabalho árduo de uma equipa que inclui um engenheiro palestino que cresceu na Faixa de Gaza e estudou na escola da UNRWA.

«Loay Elbasyouni era um rapaz de 10 anos de idade que crescera na Faixa de Gaza sitiada quando construiu a sua primeira antena de televisão a partir de utensílios de cozinha e folha de alumínio. Mas ter a oportunidade de trabalhar para uma empresa que ajudou a NASA a desenvolver a primeira aeronave da história a fazer um voo a motor controlado noutro planeta, ia muito para além da sua jovem e fértil imaginação», escreve Holly Hinson na página da J. B. Speed School of Engineering (Universidade de Louisville, Kentucky), a faculdade onde Loay concluiu o seu mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores em 2005.

O MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – manifesta a sua profunda preocupação com a integridade física, senão mesmo com a vida, dos resistentes palestinos detidos por Israel e reclama do governo português que tome as acções necessárias para assegurar que Israel respeita os direitos dos presos palestinos sob sua custódia.

Na madrugada desta segunda-feira, seis presos políticos palestinos conseguiram evadir-se da penitenciária de Gilboa, uma prisão israelita de alta segurança.

Os seis Palestinos partilhavam a mesma cela e ter-se-ão evadido através de um túnel escavado por baixo da prisão. Arik Yaacov, comandante dos Serviços Prisionais de Israel, disse que os fugitivos pareciam ter acedido a passagens formadas pela construção da prisão.

O Shin Bet, serviço de segurança de Israel, disse que os prisioneiros coordenaram a fuga com colaboradores fora da prisão utilizando um telemóvel contrabandeado e que tinham um carro de fuga à sua espera.

A prisão de Gilboa foi construída em 2004, na região de Beit She’an, no Norte de Israel, e é considerada a de maior segurança no seu género. Dista menos de 20 km das fronteiras quer da Cisjordânia quer da Jordânia.

Oday Dabbagh, contratado esta época pelo FC Arouca, é o primeiro futebolista nascido e formado na Palestina a jogar numa das principais ligas europeias. Este é um momento histórico para o futebol palestino, uma vez que antes dele apenas o lateral-esquerdo Mohammed Saleh, natural de Gaza, tinha jogado na Europa, mas no Florian, de Malta.

«Claro que este é um grande sentimento e uma fonte de orgulho não só para mim mas para todos os palestinos», declarou Dabbagh ao periódico britânico Tribune. «Espero poder jogar bem e ser um embaixador dos jogadores palestinos.»

A ONG israelita Peace Now revelou que o governo israelita está a dar novo impulso à construção de colonatos na zona E1 (East One), dias depois de o primeiro-ministro Naftali Bennett se ter encontrado com o presidente dos EUA, Joe Biden.

A zona E1 situa-se a nordeste de Jerusalém e tem uma área de cerca de 15 quilómetros quadrados. Nela residem perto de 10 000 beduínos que o governo israelita tem vindo a relocalizar pela força. O plano prevê a construção de unidades residenciais só para judeus ligando Jerusalém ao bloco de colonatos Ma'ale Adumim. Está também previsto um prolongamento do Muro do Apartheid envolvendo toda a zona de colonatos a leste de Jerusalém.

O Conselho Superior de Planeamento (CSP) israelita convocou uma audiência para 4 e 18 de Outubro, para discutir as objecções apresentadas por Peace Now, Ir Amim e outras entidades aos planos de construção de 3412 unidades habitacionais na zona E1.

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