Actualidade

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, assumiu hoje formalmente a presidência do Grupo dos 77 e China na ONU.

Na cerimónia de assunção da presidência rotativa anual, secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou «a liderança histórica do Estado da Palestina» como novo Presidente do Grupo dos 77. «A Palestina e os seus cidadãos têm experiência em primeira mão de algumas das questões globais mais desafiadoras e dramáticas que enfrentamos», declarou Guterres.

No seu discurso, o presidente da Autoridade Palestina sublinhou que assumir a presidência do Grupo dos 77 «é, sem dúvida, uma missão importante e uma grande responsabilidade que a Palestina assumirá com humildade, empenho, dedicação e determinação para defender os interesses do Grupo e para reforçar as posições dos seus membros nas Nações Unidas».

Abbas afirmou o compromisso da Palestina com o direito e a legitimidade internacionais e «com uma solução pacífica que ponha fim à ocupação e torne realidade a independência...

Comunicado 1/2019

O MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente saúda e associa-se à Semana Internacional pela Liberdade de Ahmad Sa’adat, que decorre entre 15 de 22 de Janeiro.

Ahmad Sa’adat, que é deputado ao Conselho Legislativo Palestino (parlamento), foi condenado a 30 anos de prisão em Dezembro de 2008 por um tribunal militar israelita, acusado de dirigir uma «organização terrorista ilegal», ou seja, por ser um dirigente da resistência palestina à ocupação e repressão sionistas — secretário-geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina — eleito após o secretário-geral anterior ter sido assassinado por Israel.

Mesmo dentro das prisões Ahmad Sa’adat prosseguiu a luta, participando em todas as greves da fome, protestos e lutas do movimento dos presos políticos palestinos. Esteve sujeito a mais de três anos de prisão solitária, até que em 2012 uma greve da fome maciça obteve o seu retorno ao regime prisional geral.

Ahmad Sa’adat e outros...

O presidente da República da Venezuela, Nicolás Maduro, reiterou o apoio do seu país à luta palestina pela liberdade e a independência, relata a agência palestina WAFA. No início do seu segundo mandato, Maduro reafirmou a solidariedade venezuelana durante uma reunião realizada na sexta-feira com o ministro palestino dos Negócios Estrangeiros, Riyad Malki.

«A Venezuela  reafirma uma vez mais o seu apoio incondicional à luta justa do povo palestino em defesa da sua soberania e autodeterminação, em conformidade com os princípios e propósitos da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU) e o direito internacional», refere um comunicado da vice-presidência do país latino-americano.

Em nome de Mahmoud Abbas, o presidente da Autoridade Palestina, Riyad Malki felicitou Maduro pela sua reeleição e desejou-lhe êxitos ao serviço do povo venezuelano, que sempre esteve ao lado do povo palestino na sua luta pela autodeterminação e pela criação do seu Estado independente tendo Jerusalém como capital...

Soldados israelitas mataram hoje uma mulher palestina — a primeira vítima do ano — durante protestos perto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. Pelo menos outras 25 pessoas foram feridas, incluindo um jornalista e um paramédico, durante a 42.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno.

Amal al-Taramsi, de 43 anos, foi baleada na cabeça pelas forças israelitas, que usaram fogo real e balas de aço revestidas de borracha para reprimir os manifestantes.

Uma testemunha ocular citada pelo jornal britânico The Independent afirmou que Amal al-Taramsi se encontrava a cerca de 150 metros da vedação quando foi baleada: «Ela recebeu uma bandeira de um jovem, e antes de se mexer soaram três tiros... Ela caiu.»

Cerca de 12 000 pessoas participaram no protesto desta sexta-feira, que decorreu sob o lema «A nossa firmeza quebrará o cerco».

Também hoje, tanques israelitas estacionados perto da vedação que encerra a Faixa de Gaza bombardearam dois postos da resistência palestina. Não há...

Israel abriu uma estrada ligando áreas de colonatos judaicos ilegais na Cisjordânia a Jerusalém, facilitando o acesso à cidade a colonos provenientes do território palestino ocupado.

O jornal israelita Haaretz informa na sua edição de hoje que a Estrada 4370, a que têm chamado «Estrada do Apartheid», está dividida ao meio por um muro de oito metros de altura. O lado ocidental da estrada serve os palestinos, que não podem entrar em Jerusalém, enquanto o lado oriental serve os colonos israelitas.

A Cisjordânia tem muitas estradas segregadas, mas esta é a primeira estrada dividida por um muro em toda a sua extensão. A estrada foi construída há mais de dez anos, financiada pelo orçamento do Ministério dos Transportes de Israel, mas permaneceu fechada devido a um diferendo entre o exército e a polícia israelitas sobre quem forneceria o pessoal para um novo checkpoint (posto de controlo) aberto por causa da estrada. A estrada foi recentemente renovada.

A maioria dos utilizadores da estrada...

A população judaica que vive na Cisjordânia ocupada aumentou 3% em 2018, atingindo 448 672 pessoas, indicou na terça-feira a principal organização dos colonos israelitas. Essa organização, o Conselho das Comunidades Judaicas na Judeia e Samaria (nome dado pelos sionistas à Cisjordânia ocupada), afirma ter usado dados demográficos fornecidos pelo Ministério do Interior de Israel.

Relativamente a Jerusalém Oriental ocupada, um relatório do Conselho de Direitos Humanos da ONU refere que 210 000 colonos israelitas vivem em grandes blocos de colonatos, enquanto outros 2000 a 3000 vivem em pequenos enclaves no coração dos bairros palestinos.

Segundo a organização israelita Peace Now, que monitoriza a colonização israelita nos territórios ocupados, a actividade de construção nos colonatos deu um salto desde que, no início de 2017, tomou posse o novo presidente dos EUA, Donald Trump, grande aliado do governo de Benjamin Netanyahu. Desde então as autoridades israelitas aprovaram mais de 15 000...

O preso palestino Karim Younis iniciou no domingo o seu 37.º ano encarcerado nas cadeias israelitas. Preso há quase quatro décadas, Karim Younis é o mais antigo preso político da história.

Segundo o Clube dos Presos Palestinos, Younis foi preso pelas forças de ocupação israelitas a 6 de Janeiro de 1983, quando tinha 25 anos, e foi condenado a prisão perpétua pela sua participação na resistência.

Younis é um dos 27 presos políticos palestinos encarcerados desde antes dos Acordos de Oslo que deveriam ter sido libertados ao abrigo de um entendimento alcançado em 2013 entre Israel e a Autoridade Palestina. No entanto, Israel recusou-se a libertá-los.

O seu pai morreu em 2013 e o estado de saúde de sua mãe impossibilitou-a de o visitar quando há dois anos foi transferido para a prisão de Al-Naqab, no deserto de Negev. Recentemente retornou à cadeia de Hadrim, onde sua mãe já tem a possibilidade de o ver.

Palestino cidadão de Israel, Karim Younis nasceu em 24 de Dezembro de 1956 em Ar'ara, no...

A violência de colonos e activistas de direita judeus israelitas contra os palestinos na Cisjordânia ocupada triplicou no ano passado. Até meados de Dezembro, contavam-se 482 incidentes, em comparação com 140 em 2017, informa na sua edição de hoje o jornal israelita Haaretz.

Além de espancamentos e lançamento de pedras contra palestinos, os delitos mais frequentes consistiram em pintar palavras de ordem nacionalistas e anti-árabes ou antimuçulmanos, danificar casas e carros e cortar árvores pertencentes a agricultores palestinos.

Esse incidentes tinham diminuído acentuadamente em 2016 e 2017 comparativamente com os anos anteriores. As autoridades israelitas atribuem essa diminuição à sua acção após o lançamento de uma bomba incendiária contra uma casa na aldeia de Duma, na Cisjordânia ocupada. Nesse ataque foram mortos Saad e Riham Dawabsheh e o seu bebé de 18 meses, Ali; o único sobrevivente foi o filho de quatro anos do casal, Ahmed.

Após o ataque, o serviço de segurança israelita, Shin...

Dezenas de palestinos da Faixa de Gaza foram feridos na tarde de sexta-feira pelas forças de ocupação israelitas, que abriram fogo contra os manifestantes que participavam na Grande Marcha do Retorno.

O Ministério da Saúde de Gaza informou que 15 palestinos foram feridos por munições reais e bombas de gás lacrimogéneo disparadas pelas forças israelitas. Entre os feridos encontravam-se sete jornalistas e paramédicos palestinos.

Milhares de palestinos manifestaram-se pela 41.ª semana consecutiva junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. As manifestações da Grande Marcha do Retorno iniciaram-se em 30 de Março de 2018 para exigir o direito de retorno dos refugiados e o fim do bloqueio à Faixa de Gaza. Desde o início dos protestos, o exército de ocupação israelita matou 256 palestinos e feriu mais de 25 000.

Igualmente ontem, sexta-feira, em diferentes partes da Cisjordânia ocupada, pelo menos oito manifestantes palestinos foram feridos por disparos do exército israelita, segundo...

A grande actriz e encenadora Maria do Céu Guerra foi distinguida com o Prémio Vasco Graça Moura — Cidadania Cultural.

O júri revelou que a galardoada foi escolhida «por se ter destacado, ao longo da vida, numa prática de cidadania cultural, enquanto actriz, que levou à cena e por diferentes modos divulgou os grandes textos da literatura portuguesa e, nessa intervenção, que manteve em A Barraca como núcleo de irradiação cultural».

O MPPM felicita calorosamente Maria do Céu Guerra por mais este importante reconhecimento do seu trabalho, congratula-se por ter como presidente uma figura tão destacada e unanimemente reconhecida da cultura em Portugal e saúda a sua voz livre que durante décadas tanto se tem empenhado na defesa da liberdade do povo palestino.

Parabéns, Maria do Céu!