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Na sequência de uma intensa campanha por grupos de activistas, organizações de estudantes e outras, a Universidade Católica de Lovaina (Bélgica) anunciou que não participará em futuros desenvolvimentos do projecto LAW TRAIN, um programa de cooperação com a polícia de Israel para estudar técnicas de interrogatório financiado pela União Europeia ao abrigo do programa Horizonte 2020 – informa a Samidoun (Rede de Solidariedade com os Presos Palestinos)No anúncio feito no passado dia 6, o recém-eleito reitor da Universidade de Lovaina (UCL), Luc Sels, definiu a sua posição em três pontos:1. O grupo de pesquisa da UCL pode completar o projecto actual, que termina em Abril de 2018, por respeito para com o trabalho dos investigadores e preservação do bom nome da Universidade como parceiro confiável;2. No entanto, a UCL não participará em qualquer projecto de acompanhamento com o actual consórcio porque «a participação do Ministério da Segurança Pública israelita representa, na verdade, um...

Em Ramala, Tul Karm e Nablus houve durante o dia de hoje manifestações contra reconhecimento pelos Estados Unidos de Jerusalém como a capital de Israel, que contaram com a participação de muitas centenas de pessoas, algumas das quais queimaram fotos de Donald Trump. Dezenas de palestinos também protestaram em vários locais do Norte e centro da Faixa de Gaza. Nas cidades de Hebron e Al-Bireh, na Margem Ocidental ocupada, milhares de manifestantes entoaram «Jerusalém é a capital do Estado da Palestina».Ao mesmo tempo, a medida estado-unidense provocou uma onda de agitação e protestos em toda a região, que se prevê irem continuar nos próximos dias.O número de palestinos feridos aumentou continuamente, à medida que alastravam os confrontos com as forças repressivas israelitas em toda a Margem Ocidental, Jerusalém Oriental e Faixa de Gaza. De acordo com o Ministério da Saúde e o Crescente Vermelho palestinos, já há para cima de 50 feridos, 9 dos quais vítimas de balas reais.Dos feridos com...

O presidente Donald Trump anunciou hoje, 6 de Dezembro, que os Estados Unidos da América reconhecem Jerusalém como capital de Israel e vão iniciar o processo de transferência para esta cidade da sua embaixada.

Esta decisão unilateral constitui uma violação gravíssima do direito internacional, consignado nomeadamente em numerosas resoluções da ONU, incluindo a recente resolução 2334 do Conselho de Segurança, de Dezembro de 2016, que explicitamente menciona Jerusalém Oriental como «território palestino ocupado».
Esta decisão, que aliás constitui uma alteração substancial da posição oficial estado-unidense até agora vigente, coloca assim os Estados Unidos fora da legalidade internacional.

O estatuto de Jerusalém, que continua por resolver, está no centro da questão israelo-palestina. O plano de partição da Palestina de 1947 previa a constituição no seu território de um Estado judaico e de um Estado árabe-palestino, constituindo Jerusalém um «corpus separatum». Na sequência da guerra de...

As forças de ocupação israelitas prenderam 22 palestinos durante incursões realizadas na Margem Ocidental ocupada na madrugada de hoje, segunda-feira. Entre os alvos da repressão contam-se presos anteriormente libertados e familiares de palestinos mortos pelas forças de ocupação.As forças israelitas detiveram também três advogados palestinos, entre os quais o chefe da unidade jurídica da Comissão de Assuntos dos Presos, Iyad Misk, e Khalid Zabarqa, que é o advogado do Sheikh Raed Salah, dirigente do ramo setentrional do Movimento Islâmico, movimento muçulmano de Israel proibido pelas autoridades sionistas.Entre os detidos conta-se também um menor de 14 anos e três ex-presos do distrito de Belém, informou a Sociedade dos Presos Palestinos.Segundo documentação das Nações Unidas, entre 7 e 20 de Novembro as forças de ocupação israelitas realizaram 147 operações de busca e detenção em toda a Margem Ocidental.O grupo de defesa dos presos Addameer registou que no mês de Outubro havia 6198...

O presidente dos EUA vai em breve declarar que Jerusalém é a capital de Israel, embora adie a mudança da embaixada estado-unidense de Tel Aviv para Jerusalém, noticiaram ontem, 1 de Dezembro, vários órgãos de comunicação.Donald Trump deverá assinar na próxima segunda-feira uma dispensa presidencial atrasando a mudança da embaixada dos EUA em Israel para Jerusalém. A assinatura da dispensa, que contraria a promessa eleitoral de Trump sobre o assunto, seria acompanhada por um discurso no qual ele declararia o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel. As notícias publicadas não incluem, no entanto, pormenores sobre o discurso, e a Casa Branca oficialmente não se pronunciou sobre o assunto.A decisão de Trump de assinar a dispensa seguiria a linha de uma política estado-unidense de longa data. A dispensa, válida por seis meses de cada vez, tem sido assinada por todos os presidentes dos EUA desde 1995. Barack Obama assinou durante as últimas semanas do seu mandato e Trump assinou-a...

Uma vasta assistência respondeu ao apelo do MPPM para que o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino que ontem se assinalou na Casa do Alentejo, em Lisboa, representasse uma forte manifestação da solidariedade do povo português com a luta do povo palestino.Este Dia Internacional de Solidariedade, recorde-se, foi instituído pela Assembleia Geral das Nações em 1977, por reconhecer a dívida da comunidade internacional para com o povo palestino dado que, 30 anos após a adopção da resolução 181 (II), em 29 de Novembro de 1947, que preconizava a partilha da Palestina em dois Estados - um judaico e um árabe - com um estatuto especial para Jerusalém, continuava por cumprir a criação do Estado Palestino.Hoje, com 600 000 colonos israelitas a viver nos 230 colonatos e postos avançados construídos ilegalmente nos territórios ocupados, protegidos pelo infame «Muro do Apartheid», com 6200 palestinos nas prisões israelitas – dos quais quase meio milhar em detenção administrativa -...

O mês de Novembro de 2017 começou com os 100 anos da Declaração Balfour e termina com o 70.º aniversário do plano de partição da Palestina. Votada em 29 de Novembro de 1947, a resolução 181 da ONU (1947) veio a resultar na criação de Israel e na Nakba (catástrofe) de 1948, um processo de limpeza étnica em que mais de 530 aldeias palestinas foram destruídas e 750 000 palestinos foram expulsos da sua terra natal.

A tragédia que hoje se continua a abater sobre o povo palestino resulta de um processo em que têm pesadas responsabilidades potências ocidentais, em primeiro lugar o Reino Unido e mais tarde os Estados Unidos. Todavia, também o conjunto da comunidade internacional assumiu uma pesada responsabilidade na partilha da Palestina histórica, ao arrepio dos interesses e contra a vontade do povo palestino.

Ainda assim, ao aprovar em 29 de Novembro de 1947 a resolução 181 da ONU, os países da comunidade internacional assumiram o compromisso de que na Palestina histórica se viesse a...

Centenas de beduínos palestinos da comunidade de Jabal al-Baba, no distrito de Jerusalém da Margem Ocidental ocupada, estão em risco de serem expulsos pelo governo israelita. No início deste mês, as forças de ocupação israelitas distribuíram avisos de evacuação a todos os 300 moradores palestinos da aldeia, dizendo que tinham oito dias para se mudarem para um «local de realojamento».A aldeia é povoada por cerca de 55 famílias beduínas que habitam nesta zona há 65 anos — depois de serem forçado a sair de suas terras em 1948, quando Israel foi criado — e que enfrentam uma ameaça constante de serem expulsas das suas casas.Jabal al-Baba, como outras comunidades beduínas da região, está ameaçada de transferência forçada por estar localizada no «corredor E1», criado pelo governo israelita para ligar Jerusalém Oriental anexada ao mega-colonato de Ma'ale Adumim, onde residem entre 125.000 e 150.000 colonos israelitas.As autoridades israelitas planeiam construir milhares de casas para colonatos...

As autoridades de ocupação israelitas forçaram o palestino Jamal Abu Teir a demolir a sua casa em Um Tuba, a sudeste de Jerusalém ocupada. O município israelita de Jerusalém, que tem jurisdição sobre a localidade, ameaçara demolir a sua casa, sob o pretexto de que tinha sido construída sem licença.As licenças de construção são emitidas pelo município israelita de Jerusalém, que se recusa a passá-las para forçar a judaização de Jerusalém Oriental.Abu Teir retirou os seus haveres, e na quinta-feira, 23 de Novembro, demoliu a sua própria casa para não ser forçado a pagar a taxa de demolição, estimada em 50.000 shekels (12.000 euros).Na casa demolida, de apenas 40 metros quadrados, com dois quartos, uma cozinha e uma casa de banho, viviam Abu Teir, a sua esposa e três filhos.A medida de que foram vítimas Abu Teir e a sua família faz parte de uma política sistemática israelita contra os palestinos que vivem em Jerusalém ocupada. Casos semelhantes ocorrerarm recentemente em Silwan, em...

A Câmara Municipal de Palmela, na sua reunião pública do passado dia 22 de Novembro, aprovou por unanimidade uma moção reclamando Justiça para a Palestina.Por ocasião do Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, que se assinala no próximo dia 29 de Novembro, a Câmara Municipal de Palmela apela às Nações Unidas, entre outras medidas, para a criação efectiva do Estado Palestino, o fim da ocupação israelita, o desmantelamento dos colonatos e a libertação dos presos políticos. No documento, a autarquia expressa ainda o apoio aos esforços do povo palestino no sentido da criação do Estado da Palestina e o respeito pelo direito ao regresso dos refugiados.O MPPM saúda mais esta iniciativa da Câmara Municipal de Palmela, que se tem relevado um verdadeiro exemplo de empenho na solidariedade com a causa do povo palestino.