Em nome do MPPM, saúdo o III Encontro da Paz e todas as associações e organizações que, sob este belo lema, «Nos 50 anos de Abril, pela Paz todos não somos demais!», aqui e agora quiseram dar-lhe forma e sentido – destacando desde já as entidades organizadoras que têm tido papel histórico na solidariedade com a causa palestina, como a CGTP Intersindical e o CPPC, sem esquecer o MDM e a URAP, cujas representantes me acompanham nesta mesa, entre muitas outras.
Nos últimos dias (a citação é do Diário de Notícias de ontem, 27-10-2023), a Assembleia Geral da ONU ouviu estas palavras do observador permanente da Palestina nas Nações Unidas, Riyad Mansour: «Parem as bombas, salvem vidas (…) Para milhões de palestinianos já não há uma casa para a qual voltar (…), para milhões, não há já família que resta para abraçar, não por um acto de Deus, mas pelo acto de um governo representado na Assembleia Geral.» E Mansour acrescentou: «[Israel] acredita que se disser Hamas vezes suficientes, o mundo não...
Vinte e dois deputados da Assembleia da República, dos grupos parlamentares do PS, do PCP e do BE, tornaram público um apelo «ao estabelecimento de um cessar-fogo imediato, duradouro e sustentado que conduza à cessação da atual escalada de violência na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e em Israel.»
Por um cessar-fogo imediato, duradouro e sustentado levando à cessação da atual escalada de violência
A Assembleia Geral das Nações Unidas adotou, no dia 27 de outubro, uma Resolução sobre a proteção dos civis e o cumprimento das obrigações legais e humanitárias face à grave deterioração da situação na Faixa de Gaza e nos restantes territórios palestinianos ocupados, incluindo Jerusalém Leste, e em Israel.
Entre outros aspetos, a Resolução apela a uma trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada que conduza à cessação das hostilidades; exige o fornecimento imediato, contínuo, suficiente e sem entraves de bens e serviços essenciais aos civis em toda a Faixa de Gaza...
Ao assinalarem-se 75 anos sobre a adopção da Declaração Universal dos Direitos Humanos e sobre a aprovação da Resolução que reconhece o direito ao retorno dos refugiados palestinos, o MPPM apela ao respeito pelos direitos humanos e nacionais do povo palestino e condena os Estados que, por cumplicidade criminosa ou inércia ominosa, permitem que Israel continue impunemente a violar os direitos daqueles, a começar pelo mais sagrado – o direito à vida.
Em 11 de Dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a Resolução 194 (III), a qual determina que «os refugiados [palestinos] que desejem regressar aos seus lares e viver em paz com os seus vizinhos devem ser autorizados a fazê-lo o mais cedo possível e que deve ser paga uma indemnização pelos bens daqueles que optem por não regressar e pela perda ou dano de bens que, de acordo com os princípios do direito internacional ou da equidade, devem ser reparados pelos governos ou autoridades responsáveis».
Promovido pelo CPPC e pelo MPPM realizou-se, neste sábado, 9 de Dezembro, em Viseu, um debate inserido no ciclo de iniciativas «Paz no Médio Oriente, Palestina Independente!».
Dezenas de pessoas encheram o espaço Carmo ’81 e seguiram com vivo interesse o debate animado por Helena Pereira, do CPPC, e Carlos Almeida, do MPPM.
Vivemos, no Ocidente, na sociedade da cegueira, uma sociedade em que o cidadão é bombardeado incessantemente com desinformação, em que pouco do que parece é, em que a verdade tem dificuldade em vir à superfície.
Uma sociedade em que os factos são teatralizados, interpretados, muitas vezes fabricados para destruir um adversário. Uma sociedade em que se provoca o adversário até o limite para depois o culpar de reagir. Uma sociedade em que um manto negro de propaganda, notícias falsas e o uso incessante das técnicas de desinformação, e dos estratagemas de Schopenhauer descritos no seu famoso livro A Arte de ter Sempre Razão, cria um fumo tão espesso que não nos deixa ver o que está em frente dos nossos olhos.
Numa tal sociedade a duplicidade de critérios, a amoralidade, medra e cresce. O genocídio de milhares de palestinos passa por "direito a defender-se" e o direito à resistência dos palestinos que se vêm atacados, espoliados e expulsos das suas terras e casas é apresentado como...
Até às 15 horas de 7 de Dezembro de 2023, a Organização Mundial de Saúde registou em GAZA17 487 pessoas mortas (70% mulheres e crianças), 46 480 pessoas feridas, número indeterminado de pessoas desaparecidas ou soterradas nos escombros e 1,9 milhões de pessoas deslocadas (85% da população).
No que respeita ao funcionamento e acesso a cuidados de saúde, só 39% dos hospitais estão a funcionar (14 em 36) e 8% estão com capacidade extremamente limitada (3 em 36). Estão a funcionar 2 Hospitais de Campanha (Jordânia e Emirados Árabes Unidos). 29% dos centros de cuidados primários de saúde (21 em 72) estão a funcionar.
611 feridos e acompanhantes médicos foram evacuados para o Egipto. Foi imposto o isolamento do Norte de Gaza e da Cidade de Gaza em relação aos distritos do Sul com ordens de evacuação e há uma disrupção na vigilância sanitária. Há uma falta crítica de combustível e energia, água, alimentos, medicamentos e equipamentos médicos (anestésicos, antibióticos, soro, analgésicos...
Respondendo a um apelo lançado pelo CPPC, pela CGTP-IN, pelo MPPM e pelo Projecto Ruído, Lisboa voltou a assistir a uma grande manifestação em que milhares de pessoas, na sexta-feira 8 de Dezembro, entre o Martim Moniz e o Largo José Saramago, exigiram o fim da agressão genocida contra Gaza, um cessar-fogo imediato e permanente e o respeito pelos direitos nacionais e humanos do povo palestino.
No palco instalado no Largo José Saramago intervieram, sucessivamente: Idália Tiago, da Fundação José Saramago, que leu um pequeno texto que o Nobel português escreveu em 11 de Janeiro de 2009, dirigido aos participantes numa manifestação convocada para esse domingo em Madrid de protesto contra a agressão então em curso contra Gaza; Raquel Ribeiro, jornalista e investigadora, uma das promotoras e subscritoras do de um apelo por um cessar-fogo imediato, duradouro e sustentado levando à cessação da actual escalada de violência na Palestina, subscrito por mais 100 personalidades das artes, cultura...
A Câmara Municipal do Seixal, em colaboração com o MPPM e o CPPC, organizou nesta quinta-feira, 30 de Novembro, o Colóquio «75 anos de NAKBA: A Catástrofe na Palestina» que contou com a presença da Embaixadora de Angola, de um representante de Embaixada da Venezuela, de membros da Embaixada da Palestina, de representantes do poder local e de público em geral.
A abrir a sessão, intervieram Paulo Silva, presidente da Câmara Municipal do Seixal, e Nabil Abuznaid, Embaixador da Palestina em Portugal.
Helena Palacino moderou o painel «Os 75 anos da Nakba e Uma Nova Catástrofe: A Palestina no Centro do Mundo» que abriu com a comunicação de Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM, que esboçou o contexto histórico em que se tem desenrolado a questão palestina, desde a Declaração Balfour até aos nossos dias.
Rui Garcia, vice-presidente do CPPC, abordou a questão da solidariedade internacional e o seu papel fulcral na construção da paz e na autodeterminação dos povos.
Respondendo ao apelo do Conselho Português para a Paz e Cooperação, da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional, do Movimento Pelos Direitos do Povo Palestino e Pela Paz no Médio Oriente e do Projecto Ruído - Associação Juvenil, centenas de pessoas concentraram-se na Praceta da Palestina no domingo, 26 de Novembro, e desfilaram até à Praça D. João I acompanhadas pelos bombos da Associação dos Mareantes do Rio Douro.
Com apresentação da jovem Joana Machado, os manifestantes ouviram as intervenções de Maria João Antunes, pelo MPPM, e de Ilda Figueiredo, pelo CPPC, e ainda ouviram poesia dita por Francisco Aguiar, Olga Dias e Pedro Marques.
Até às 17 horas de 23 de Novembro de 2023, a Organização Mundial de Saúde registou em Gaza 14 854 pessoas mortas (32% homens, 27% sexo feminino, 41% crianças), 36 000 pessoas feridas, 2700 pessoas desaparecidas ou soterradas nos escombros, das quais 1500 crianças, e 1,7 milhões de pessoas deslocadas.
No que respeita ao funcionamento e acesso a cuidados de saúde, 72% dos hospitais (26 em 36) não funcionam e 6% (2 em 36) estão com capacidade extremamente limitada. 65% dos centros de cuidados primários de saúde (47 em 72) não funcionam. 97% do pessoal de saúde no Norte de Gaza não estão funcionais.
425 feridos e acompanhantes médicos foram evacuados para o Egipto entre 2 e 20 de Novembro. Foi imposto o isolamento do Norte de Gaza e da Cidade de Gaza em relação aos distritos do Sul com ordens de evacuação e há uma disrupção na vigilância sanitária. Há uma falta crítica de combustível e energia, água, alimentos, medicamentos e equipamentos médicos (anestésicos, antibióticos, soro, analgésicos...