O Hamas e a Fatah concordaram em unir-se para enfrentar a planeada anexação por Israel da Cisjordânia ocupada, em declarações divulgadas na quinta-feira.
Saleh al-Arouri, chefe adjunto do Gabinete Político do Hamas, e o Major-General Jibril Rajoub, secretário do Comité Central da Fatah, participaram em conversações, tendo o dirigente da Fatah afirmado que a reacção à decisão de anexação mostrou um consenso popular para contrariar o plano, acrescentando que a unidade «vai inspirar-nos para construir uma visão estratégica, para liderar a rua».
«Queremos abrir uma nova página com o Hamas e introduzir um novo modelo para o nosso povo e famílias, especialmente porque a posição regional não tratou de forma alguma do projecto de anexação», acrescentou Rajoub.
Jibril Rajoub ainda apelou ao «mundo árabe e islâmico para respeitar as decisões das cimeiras árabes relativamente à normalização e a não estabelecer relações com a ocupação, porque há quem queira utilizar-nos como ponte para ter laços com...
Em 24 de Maio de 2000, as forças armadas de Israel retiraram do Líbano, pondo termo, sem honra nem proveito, a uma invasão que se prolongou por 18 anos, iniciada em 6 de Junho de 1982 com o que os israelitas designaram por Operação Paz para a Galileia.
O poderoso Estado sionista foi forçado a retirar, sem negociações nem condições, pela resistência tenaz do povo libanês desde a primeira hora.
O objectivo alegado para a operação israelita era proteger as populações do Norte da Galileia dos ataques dos palestinos instalados no Líbano.
Ariel Sharon, ministro da Defesa de Israel, queria ter o aval norte-americano para invadir o Líbano, mas o Secretário de Estado, Alexander Haig, só lho daria se «houvesse uma provocação clara reconhecida internacionalmente». E, como por coincidência, Abu Nidal, um adversário declarado de Yasser Arafat, orquestrou o assassinato do embaixador israelita em Londres.
Sharon tinha o pretexto que lhe faltava para dar início à invasão do Líbano, o primeiro passo para o...
O Presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarou ontem o fim de todos os acordos e entendimentos assinados com Israel e os Estados Unidos e devolveu a Israel a responsabilidade sobre os territórios ocupados.
No final de uma reunião de emergência dos dirigentes palestinos, realizada em Ramala, para discutir os planos israelitas de anexar partes dos territórios palestinos ocupados, Abbas deu a conhecer a declaração aprovada na reunião:
«A Organização de Libertação da Palestina e o Estado da Palestina estão absolvidos, a partir de hoje, de todos os acordos e entendimentos com os governos americano e israelita e de todas as obrigações baseadas nesses entendimentos e acordos, incluindo os de segurança».
A declaração em oito pontos, divulgada na íntegra pela agência noticiosa Wafa, prossegue: «A autoridade de ocupação israelita, a partir de hoje, tem de assumir todas as responsabilidades e obrigações perante a comunidade internacional, enquanto potência ocupante, sobre o território...
O povo palestino assinala hoje, 15 de Maio, o 72º aniversário dos acontecimentos que ficaram conhecidos como “Nakba” – a catástrofe – e que rodearam a criação do Estado de Israel em 1948.
Na impossibilidade de nos reunirmos num acto público, como tem sido uso, a presidente do MPPM, actriz e encenadora Maria do Céu Guerra, gravou esta mensagem, em que a evocação do passado nos alerta para os perigos que ameaçam o futuro da Palestina.
Maria do Céu Guerra empresta também a sua voz para dar vida ao poema «Aqui ficaremos», de Tawfiq Zayyad, um manifesto de resistência do povo palestino.
Se quiser saber mais sobre a Nakba, sugerimos um filme:
The Land Speaks Arabic (Maryse Gargour,2007, 61’) - Relata a progressiva ocupação do território da Palestina pelos judeus, com a consequente expulsão dos seus habitantes milenares. O filme dá voz a um dos principais historiadores palestinos da actualidade, Nur Masalha, que explica a história do seu país antes da criação do Estado de Israel.
No dia 17 de Abril, Dia dos Presos Palestinos, o MPPM reafirma a sua solidariedade com os presos e detidos administrativos palestinos nas prisões de Israel, reiterando o apoio à sua corajosa luta pela liberdade do seu povo, pelo reconhecimento da sua condição de presos políticos, pelo respeito pelos seus direitos e pela sua dignidade, contra as degradantes condições a que são submetidos nas prisões israelitas.
Neste ano de 2020, os palestinos encerrados nas prisões israelitas, — já sistematicamente sujeitos à tortura, maus tratos, castigos e humilhações, — enfrentam uma ameaça acrescida à sua saúde e às suas vidas em resultado da pandemia global da COVID-19.
As condições de detenção dos palestinos nas prisões israelitas não cumprem as normas internacionais mínimas estabelecidas pelo direito humanitário internacional. Acresce a isso o quadro institucionalizado de negligência médica por parte das autoridades de Israel e a recusa reiterada até pelo Supremo Tribunal de Israel da prestação de...
Assinala-se hoje, na Palestina e em todas as suas diásporas espalhadas pelo mundo, o Dia da Terra. Este ano, o povo palestino evoca os acontecimentos de 1976 numa situação particularmente difícil em resultado da pandemia COVID-19. O previsível avanço da doença, propulsionado pelas deficientes condições sanitárias em que vive a generalidade da população palestina, em especial nos campos de refugiados e na Faixa de Gaza, faz temer o pior. Em paralelo, Israel intensifica os abusos contra os palestinos, levantando obstáculos às medidas de apoio e prevenção da pandemia tomadas nas comunidades palestinas e explorando a situação para acelerar a anexação de facto do território palestino.
No dia 30 de Março, há quarenta e quatro anos, o exército israelita reprimiu de forma brutal um grande movimento popular que se levantara entre a comunidade palestina dentro do território do Estado de Israel em protesto contra o plano decidido um mês antes para a expropriação de uma área de cerca de 20...
Nas semanas que se seguiram à guerra de Junho de 1967 (“Guerra dos Seis Dias”), as notícias dos meios de comunicação insinuavam que esse desastre ditaria o fim do povo palestino. Fadwa Tuqan escreveu então este notável poema com que nos associamos ao Dia Mundial da Poesia.
O DILÚVIO E A ÁRVORE
Quando a tempestade satânica chegou e se espalhou No dia do dilúvio negro lançado Sobre a boa terra verdejante “Eles” contemplaram. Os céus ocidentais ressoaram com explicações de regozijo: “A Árvore caiu! O grande tronco está esmagado! O dilúvio deixou a Árvore sem vida!”
Caiu realmente a Árvore? Nunca! Nem com os nossos rios vermelhos correndo para sempre, Nem enquanto o vinho dos nossos membros despedaçados Saciar nossas raízes sequiosas Raízes árabes vivas Penetrando profundamente na terra.
Quando a Árvore se erguer, os ramos Vão florir verdes e viçosos ao sol O riso da Árvore desfolhará Debaixo do sol E os pássaros voltarão Sim, os pássaros voltarão com certeza Voltarão.
Hanan Ashrawi, membro do Comité Executivo da OLP, denunciou o aproveitamento pelas autoridades israelitas do isolamento da Cisjordânia devido ao surto de coronavirus para acelerar a anexação de território palestino ocupado ao mesmo tempo que protege os ataques de colonos contra civis palestinos indefesos.
«Enquanto a comunidade internacional procura cooperar no combate à propagação do vírus Covid 19, Israel está a explorar a situação para acelerar a anexação de facto de terras palestinas, fornecendo protecção e cobertura aos colonos israelitas armados nos seus ataques terroristas contra comunidades palestinas indefesas por toda a Cisjordânia ocupada», disse Ashrawi numa declaração à imprensa divulgada pela agência noticiosa WAFA.
«Como parte dos seus planos para concretizar o infame projecto do colonato E1, Israel anunciou ainda a construção de uma nova estrada do apartheid perto do colonato ilegal de Maale Adumim, apesar dos alertas internacionais de que este projecto irá anexar grandes...
No 8 de Março, proclamado Dia Internacional da Mulher pela Assembleia Geral da ONU em 1977, o MPPM presta homenagem às mulheres de todo o mundo e à sua luta pela liberdade, pela justiça, pela igualdade e pela eliminação de todas as formas de discriminação, e de forma muito especial às mulheres palestinas.
Às mulheres palestinas que vivem na Cisjordânia sujeita a uma ocupação implacável, onde proliferam os colonatos israelitas e se estende o vergonhoso «Muro do Apartheid»; às que vivem em Jerusalém Oriental, objecto de um processo acelerado de judaização e de expulsão dos seus habitantes legítimos; às que vivem na Faixa de Gaza, sofrendo um bloqueio desumano que dura há 13 anos e sujeitas a frequentes agressões das forças armadas israelitas; às que vivem no Estado de Israel, sujeitas a uma legislação discriminatória e racista que lhes nega a igualdade de direitos com os judeus; às que vivem em campos de refugiados, em países estrangeiros ou estrangeiras no seu país, vítimas de sucessivas...
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, falando esta terça-feira no Conselho de Segurança das Nações Unidas, rejeitou firmemente o chamado «acordo do século» apresentado pelos EUA, por ele violar as resoluções da ONU e a soberania palestina.
«Vim hoje até vós para reafirmar a posição palestina que rejeita a proposta israelo-americana», disse Abbas, observando que esta posição também foi apoiada pela Liga Árabe, pela Organização de Cooperação Islâmica e pela União Africana. O plano do presidente estado-unidense, Donald Trump, satisfaz os desejos de longa data de Israel, incluindo total soberania sobre a cidade de Jerusalém, o direito de anexar o Vale do Jordão e todos os colonatos na Cisjordânia ocupada e a recusa do retorno dos refugiados palestinos. Em troca, a Palestina receberia um «Estado» desmilitarizado, sem controlo das suas fronteiras, em pequenas partes descontínuas da Cisjordânia e Gaza, ligadas por uma série de estradas, pontes e túneis.