Os cristãos têm a responsabilidade de se opor à construção de colonatos israelitas nos territórios palestinos, afirmaram bispos dos EUA, Canadá e Europa, segundo notícia do jornal católico britânico Catholic Herald do passado dia 19 de Janeiro.«Esta anexação de facto de terras não só prejudica os direitos dos palestinos em zonas como Hebron e Jerusalém Oriental, mas, como a ONU reconheceu recentemente, também põe em risco a possibilidade da paz», disseram os bispos que participaram esta semana na Coordenação da Terra Santa.D. Oscar Cantu, bispo de Las Cruces, Novo México, presidente da Comissão dos bispos dos EUA sobre Justiça Internacional e Paz, foi um dos 12 bispos que assinaram a declaração. O bispo D. Lionel Gendron, de Saint-Jean-Longueuil, Québec, representou os bispos canadianos. A declaração foi assinada por representantes do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, da Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia e da Conferência Episcopal Sul-Africana...
Adel Yussef Sidarus, vice-presidente do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, apresentou uma comunicação em nome do MPPM na Conferência Internacional comemorativa do 50º Aniversário dos Pactos das Nações Unidas sobre Direitos Humanos (Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais e Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos).A Conferência, organizada pela Associação Portuguesa de Juristas Democratas e pela Associação Internacional de Juristas Democratas, reuniu na Faculdade de Direito de Lisboa, entre os dias 10 e 12 de Novembro, centenas de portugueses e estrangeiros, na sua maioria juristas, mas também outros interessados na temática dos direitos humanos. Estiveram presentes vários representantes palestinos, entre os quais Hussein Shabaneh, presidente da Ordem dos Advogados Palestina.Reproduzimos de seguida integralmente a comunicação de Adel Sidarus.«Enquanto movimento de cidadãos, o Movimento pelos Direitos do...
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, recebeu na passada quinta-feira, 20 de Outubro, uma delegação de mulheres israelitas e palestinas que tinham participado numa «Marcha da Esperança» de duas semanas em Israel e na Margem Ocidental ocupada. Abbas incentivou as mulheres a prosseguirem os esforços para apoiar a paz e uma solução de dois Estados.A marcha, organizada pelo movimento Women Wage Peace (As Mulheres Lutam pela Paz), foi uma das maiores iniciativas em prol da paz realizadas em Israel nos últimos anos. Iniciou-se em 4 de Outubro em Rosh HaNikra, no Norte de Israel, junto à fronteira com o Líbano, e terminou a 19 de Outubro com um comício em Jerusalém diante da residência do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, em que milhares de mulheres israelitas e palestinas, todas vestidas de branco, apelaram à paz entre Israel e a Palestina.Ao longo dos quinze dias da marcha, realizaram-se uma série de comícios e manifestações. Na manifestação realizada a 13 de Outubro em...
Realizada de 16 a 18 de Setembro na ilha de Margarita (Venezuela), a 17ª Cimeira do Movimento dos Países Não Alinhados emitiu a Declaração de Margarita, que reafirma a luta contra o colonialismo, o terrorismo e as guerras, defendendo a refundação da ONU e a construção da paz.O Movimento dos Países Não Alinhados foi lançado em 1961, inspirado na Conferência de Bandung (1955) e nos seus dez princípios, baseados na soberania dos povos, na cooperação, no estabelecimento de relações internacionais de solidariedade, na não ingerência, no anticolonialismo e no anti-imperialismo. Integra actualmente 120 países dos cinco continentes (quase dois terços dos membros da ONU).Pela sua importância, transcrevemos abaixo o ponto 9 da Declaração de Margarita, relativo ao Médio Oriente, incluindo a questão palestina.«Os Chefes de Estado ou de Governo do Movimento dos Países Não Alinhados (…) Declaram que (…) realizarão esforços conjugados com vista a alcançar os seguintes objectivos:(…)9. Situação no...
O barco «Zaytouna-Oliva», tripulado só por mulheres, que tentava romper o cerco a Gaza imposto por Israel, foi interceptado por forças navais israelitas a cerca de 35 milhas da costa, fora das águas territoriais, mas dentro da zona-tampão ou «zona de exclusão militar» unilateralmente declarada por Israel.Entretanto, manifestantes palestinos concentravam-se na costa de Gaza esperando o Barco das Mulheres e manifestando a sua solidariedade com ele.As tripulantes não ofereceram resistência quando a marinha israelita cercou o barco. A comandante, Ann Wright, coronel do exército dos Estados Unidos (reformada), foi forçada a redireccionar o barco para o porto israelita de Ashhod. A bordo seguiam 13 mulheres, entre as quais Mairead Maguire, Prémio Nobel da Paz (Irlanda do Norte), e deputadas da Argélia, Nova Zelândia e Suécia.O Barco das Mulheres para Gaza, uma iniciativa da International Freedom Flotilla Coalition, largou de Barcelona em meados de Setembro e deveria ter chegado a Gaza esta...
O navio «Zaytouna» (azeitona, em árabe), inteiramente tripulado por mulheres, está prestes a chegar à Faixa de Gaza. Parte da Flotilha da Liberdade, o navio partiu de Barcelona em meados de Setembro com o objectivo de furar o cerco a que o pequeno território palestino está sujeito por Israel há quase dez anos.A chegada deve ocorrer ao fim da tarde de quarta-feira ou na manhã de quinta-feira (5-6 de Outubro) — se o navio não for interceptado ou atacado por forças navais israelitas. De facto, segundo notícia do jornal israelita Maariv, a marinha israelita recebeu já ordens para interceptar o navio e prender todas as 13 tripulantes.Em Junho do ano passado, as forças israelitas interceptaram o «Marianne», que participava numa iniciativa similar, e prenderam todos os activistas a bordo.Em 2010 uma flotilha de auxílio similar que se dirigia a Gaza terminou em tragédia, quando o navio turco «Mavi Marmara» foi assaltado por comandos israelitas, que mataram 10 activistas turcos. Nenhum...
Em 14 de Setembro, na sessão plenária do Parlamento Europeu em Estrasburgo, deputados do GUE/NGL (grupo confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica) organizaram uma acção da solidariedade com o Barco das Mulheres para Gaza, informa a ECCP (Coordenação Europeia dos Comités e Associações pela Palestina).O barco partiu de Barcelona ontem à noite, tencionando chegar a Gaza em 1 de Outubro.Apoiando a acção, 55 deputados do GUE/NGL, dos Greens/EFA (Verdes/Aliança Livre Europeia), S&D (Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas) e ALDE (Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa) assinaram uma carta aberta a Federica Mogherini, Alta-Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança e Vice-Presidente da Comissão Europeia, exortando a União Europeia a:— actuar para assegurar a passagem segura da flotilha para Gaza;— exercer pressão sobre Israel para que levante o seu bloqueio ilegal de Gaza;— insistir que Israel cumpra a lei...
No dia 29 de Junho, as forças armadas de Israel interceptaram e aprisionaram, a 100 milhas náuticas da costa de Gaza, a traineira Manianne av Göteborg que liderava a Flotilha da Liberdade III e escoltaram-na para o porto militar isrelita de Ashdod.A Marianne tinha passado por Lisboa entre 3 e 5 de Junho e dirigia-se a Gaza onde deveria ser oferecida a pescadores palestinos.Além dos objectivos humanitários, a Flotilha da Liberdade III pretende chamar a atenção da comunidade internacional para a situação de catástrofe humanitária – reconhecida pela ONU – que se vive em Gaza, sujeita a um bloqueio por Israel e pelo Egipto que dura há 9 anos e que se agravou com a brutal agressão israelita do Verão passado em que foram mortos 2.251 palestinos e feridos mais de 11.000, além de ter sido destruído o que restava da base económica da região.Esta viagem assinalava, também, o 5º aniversário da primeira Flotilha da Liberdade cuja missão terminou em tragédia quando comandos israelitas assaltaram as...
O MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – juntou-se a três centenas e meia de organizações da sociedade civil europeias e latino-americanas que celebraram em Bruxelas, nos dias 10 e 11 de Junho de 2015, a Cimeira dos Povos, um evento paralelo à da Cimeira dos líderes da União Europeia (UE) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe (CELAC).Nesta Cimeira dos Povos, em que o MPPM esteve representado por Vítor Silva, Teresa Palma Fernandes e Manuela Carrasco, estiveram ainda presentes as seguintes organizações portuguesas: Associação Conquistas da Revolução, Associação de Amizade Portugal Cuba, Associação de Cubanos em Portugal, Associação José Afonso, Associação Mó de Vida, Associação Porto com Cuba, Conselho Português para a Paz e Cooperação, Juventude Comunista Portuguesa e Movimento Democrático de Mulheres.Foram dois intensos dias durante os quais as organizações dos dois lados do Atlântico, em representação dos seus povos, puderam...
Marianne av Göteborg é uma traineira adquirida pelas organizações Ship to Gaza da Suécia e da Noruega que vai juntar-se, no Mediterrâneo, a outras embarcações que integrarão a Flotilha da Liberdade III para rumar com destino a Gaza, procurando romper o desumano bloqueio imposto por Israel e pelo Egipto àquela martirizada região.Tendo partido de Gotemburgo no passado dia 10 de Maio, a Marianne fez escala em Helsingborg, Malmö, Copenhaga, Kiel, Brest e Bueu (Galiza), até chegar a Lisboa, onde esteve atracada na Marina do Parque das Nações entre 3 e 5 de Junho.Activistas portugueses receberam a Marianne e tornaram a sua tripulação portadora da nossa mensagem de solidariedade para com o povo palestino.Após a concentração frente ao Centro Comercial Vasco da Gama, houve um desfile até à Marina do Parque das Nações onde a Marianne estava atracada.No que se efectuou no cais intervieram, além do comandante e um tripulante da Marianne, Adel Sidarus (MPPM), Helena Pinto (deputada do Bloco de...