Palestinos Cidadãos de Israel

O Alto Comité de Acompanhamento dos Cidadãos Árabes de Israel declarou uma greve geral para esta quinta-feira, em protesto contra a inacção da polícia israelita contra o crime violento nas suas comunidades. O Comité representa os dois milhões de palestinos cidadãos de Israel, mais de 20% da população do país.

Numa reunião de emergência realizada esta quarta-feira, aprovou uma série de decisões para reclamar das autoridades israelitas o combate à violência e aos assassínios na comunidade palestina, incluindo uma greve geral nesta quinta feira, que abrangerá escolas, jardins de infância, lojas e serviços públicos, e também manifestações em cidades palestinas de Israel.

A greve geral segue-se a vários dias de protestos em diversas localidades palestinas de Israel contra a inacção da polícia face à praga da violência, que se transformou num problema de primeira importância. Só no mês passado, 13 palestinos de Israel foram vítimas de assassínio. Durante todo o ano de 2018 foram assassinados...

As eleições legislativas em Israel de 17 de Setembro saldam-se por uma ligeira vantagem do partido Kahol Lavan sobre o Likud, com a Lista Conjunta de partidos não sionistas num destacado terceiro lugar. Aida Touma-Sliman, agora reeleita pela Lista Conjunta, afirmou em declarações à agência palestina WAFA que a coligação teve um bom resultado nas eleições, que constituíram um duro golpe para o presidente do partido Likud, Benjamin Netanyahu, e sua política de incitamento contra os cidadãos palestinos de Israel. Os resultados, quando estão contados 95% dos votos, indicam que o Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, deverá atingir 32 deputados, sendo ultrapassado pelo Kahol Lavan (Azul e Branco), liderado pelo antigo chefe de Estado-Maior das forças armadas Benny Gantz, que somará 33 deputados.  Abre-se agora um período de intensas negociações em que cada partido tentará reunir uma maioria dos 120 deputados. O Yisrael Beitenu (Israel Nossa Casa), de Avigdor Lieberman, antigo...

Desde o início da década passada, equipas do Ministério da Defesa [de Israel] têm vasculhado arquivos locais e removido documentos históricos para ocultar provas da Nakba. Há quatro anos, a historiadora Tamar Novick ficou chocada com um documento que encontrou na pasta de Yosef Waschitz, do Departamento Árabe do Partido Mapam, de esquerda, no arquivo Yad Yaari, em Givat Haviva. Este documento, que parecia descrever eventos ocorridos durante a guerra de 1948, começa assim: «Safsaf [antiga aldeia palestiniana perto de Safed] — 52 homens foram apanhados, amarrados uns aos outros, um buraco foi cavado e foram baleados. 10 estavam ainda a contorcer-se. As mulheres vieram, implorando por misericórdia. Foram encontrados corpos de 6 homens idosos. Havia 61 corpos. 3 casos de violação, um deles a leste de Safed de uma menina de 14 anos. 4 homens foram baleados e mortos. A um deles foram-lhe cortados os dedos com uma faca para tirar o anel.» O autor continua a descrever mais massacres, assaltos...