Actualidade

Em nome do «direito à defesa», Israel iniciou ontem a operação militar Protective Edge contra a tão martirizada população da Faixa de Gaza que, recorde-se, é vítima de um bloqueio desumano, por Israel e pelo Egipto, que dura há sete anos. Alegando defender-se dos ataques de rockets lançados a partir de Gaza, que terão causado um ferido ligeiro entre a sua população, Israel deu início a uma operação aérea em larga escala que, só no primeiro dia, terá causado a morte a mais de duas dezenas de palestinos, entre os quais várias crianças, além de muitos feridos e desalojados. Esta operação vinha sendo antecipada com as ofensivas do exército de Israel contra a população da Palestina Ocupada, intensificada a partir de meados de Junho, que se traduziram em mais mortes, prisões e destruição. Em nome do «direito à defesa» Israel destrói habitações, arrasa campos de cultivo, divide aldeias e isola populações, para prosseguir a construção do Muro do Apartheid – declarado ilegal pelo Tribunal...

O MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – manifesta a sua profunda preocupação pela escalada de violência por parte das forças armadas e de civis israelitas contra a população da Palestina ocupada, alegadamente como resposta à morte de três jovens colonos israelitas ocorrida em circunstâncias por esclarecer, numa zona C da Margem Ocidental, sob controlo do exército de ocupação de Israel. Estas acções não são mais que o intensificar de um clima de violência omnipresente no quotidiano dos palestinos.

O MPPM condena vivamente o assassinato dos três jovens israelitas por agressores não identificados. Como condena todas as mortes de civis inocentes, quaisquer que sejam as nacionalidades das vítimas e dos agressores. Condena, por isso, o bárbaro assassinato de Mohamad Abu Khaderis, no passado dia 2, por elementos das milícias de colonos judaicos de Jerusalém, que o raptaram, torturaram e queimaram. Como condena a agressão e tentativa de rapto, na...

Neste ano da 2014, proclamado pelas Nações Unidas como Ano Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, a Apordoc – Associação pelo Documentário - acolheu uma proposta do MPPM para assinalar o Dia Mundial do Refugiado com uma sessão do Rossio ("um cineclube informal, irregular e itinerante") dedicada aos refugiados palestinos: porque dois em cada cinco refugiados em todo o mundo são palestinos; porque os refugiados palestinos são os que se encontram há mais tempo nesta situação; porque 7 milhões de palestinos, constituindo três quartos da população, são refugiados ou deslocados.A questão dos refugiados ocupa uma posição central no ideário do movimento nacional palestino. A esperança do regresso às casas e terras de que foram expulsos, em consequência da criação do estado de Israel e das sucessivas guerras que lhes foram impostas, passa imorredoura de geração em geração. Contam, para isso, com a força da solidariedade dos povos de todo o mundo para que levem a comunidade...

O MPPM assinalou o 66.º Dia da Nakba, em 15 de Maio, com uma sessão organizada em colaboração com o Clube Estefânia, na sede desta associação, em Lisboa. Foram oradores Hikmat Ajjuri, Embaixador da Palestina em Portugal; Carlos Carvalho, Vice-Presidente do MPPM; Jorge Cadima, Vice-Presidente da Assembleia Geral do MPPM; e Miquelina Almeida, Vice-Presidente do Clube Estefânia.

 

Neste dia 1.º de Maio o MPPM associou-se à celebração do Dia do Trabalhador promovida pela CGTP-IN na Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa.No Ano Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, decretado pela ONU para 2014,estivemos presentes com um pavilhão em que exibimos material informativo sobre a situação deste povo, sua história, sua luta e sua cultura.Quem nos visitou pôde informa-se ou trocar impressões sobre a questão palestina e a situação no Médio Oriente.Na oportunidade, pôde também subscrever a Petição para a Proibição Total das Armas Nucleares lançada, a nível mundial, pelo Conselho Japonês contra as Bombas A & H, promovida em Portugal pela CGTP-IN e a que o MPPM deu o seu apoio.

No dia em que se assinala o 40.º aniversário da Revolução de Abril, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM): SAÚDA os militares que, em 25 de Abril de 1974, devolveram ao povo português a liberdade, a dignidade e a esperança, abriram o caminho à independência dos povos submetidos ao domínio colonial português e recolocaram Portugal no lugar que lhe competia no concerto das nações; SAÚDA todos os homens, mulheres e jovens que, individual ou colectivamente, ao longo de quatro décadas, têm pugnado pela defesa intransigente das conquistas de Abril, na defesa da democracia, da liberdade, do desenvolvimento e da justiça social;SAÚDA o carácter marcadamente humanista, progressista e pacifista da Constituição da República Portuguesa, no que respeita às relações internacionais, que se mantém, a despeito dos ataques e perversões de que tem sido alvo; SAÚDA todos os portugueses amantes da paz que têm manifestado a sua solidariedade internacionalista activa...

Em 2009, a EPAL celebrou um acordo de cooperação com a companhia das águas israelita Mekorot, com o objectivo de ambas «trocarem informação e conhecimento técnico» sobre questões como a da segurança e qualidade da água.Tomando disso conhecimento através do site da Mekorot, um conjunto de organizações escreveu na altura à EPAL, lembrando-lhe que a ocupação da Palestina configura uma violação do direito internacional e informando-a que a Mekorot tem tido um papel fundamental na definição das políticas de usurpação e utilização das águas palestinianas e tem sido a principal executora de tais políticas. Pedíamos que, em consequência, a EPAL cancelasse o acordo.A direcção da EPAL apenas nos respondeu que «Portugal mantém relações diplomáticas com o Estado de Israel e com a Palestina, o que, à partida, enquadra as relações de contactos e trocas de experiência entre empresas congéneres».Iniciou-se então uma campanha de pressão, com uma série de iniciativas, inclusive junto dos grupos...

Por uma Palestina unida, livre, independente e soberanaNo dia 29 de Novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a resolução nº 181, estabelecendo a partilha do território da Palestina entre dois estados, um estado judaico e um estado árabe. Nessa mesma resolução era reconhecido, à cidade de Jerusalém, um estatuto internacional especial sob administração das Nações Unidas. A mesma Assembleia Geral das Nações Unidas, no passado mês de Novembro de 2013, durante a sua 68ª sessão, reconhecendo as especiais responsabilidades da ONU na questão palestina, deliberou proclamar 2014, como Ano Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino.Entre as duas datas, há uma história de coragem e determinação de um povo que teima em manter viva a luta pela sua liberdade, pelo direito a viver em paz, dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas de um estado soberano, e independente. Entre essas datas, há uma história vivida por um povo, de ocupação e de crimes, de guerra e...

Cidade de Gaza, 27 de Dezembro de 2008. É um sábado e pouco falta para o meio-dia. As crianças regressam da escola e as ruas estão repletas de pessoas. Poucos minutos mais tarde, mais de 200 estarão mortas e cerca de sete centenas estarão feridas. Israel acaba de desencadear o seu covarde ataque que baptiza de «Operação Chumbo Fundido». Dezenas de caças F-16, helicópteros Apache e veículos aéreos não tripulados bombardeiam, em simultâneo, mais de uma centena de locais em toda a Faixa de Gaza. Nos dias seguintes, continuam os bombardeamentos, culminando numa invasão terrestre em 3 de Janeiro de 2009. Quando termina a operação, em 18 de Janeiro, debaixo de forte pressão internacional e dois dias antes da tomada de posse de Barack Obama, deixa mais de 1400 mortos palestinos – entre os quais 138 crianças – e um enorme rasto de destruição que paralisa a vida de Gaza.A operação foi cuidadosamente planeada ao longo de meses e as vítimas civis não são «danos colaterais». São uma consequência...

Nelson Mandela sempre assumiu a sua posição de apoio à causa palestina aproximando os elementos definidores do conflito Israel-Palestina (1947 - presente) aos do Apartheid em África do Sul (1948 - 1994), condenando a ocupação israelita e as suas políticas de segregação, e defendendo o direito do povo da Palestina à autodeterminação.Mandela faleceu hoje, aos 95 anos, deixando um intenso trabalho de luta pela liberdade e de defesa da igualdade de direitos.O MPPM saúda em Nelson Mandela o homem íntegro, o combatente da liberdade e o estadista exemplar, e conclama todos os que, neste momento, exaltam a sua obra, a seguir o seu exemplo e apoiar o povo palestino na sua luta pela liberdade, pela dignidade, pela independência.Direcção Nacional do MPPM5 de Dezembro de 2013