Solidariedade em Portugal

José Saramago
É com profundo pesar que a Direcção Nacional do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente toma conhecimento do falecimento de José Saramago, Prémio Nobel da Literatura e Presidente da Assembleia Geral do MPPM. 
José Saramago, figura maior da vida cultural portuguesa, cidadão desta terra e deste mundo, foi um homem totalmente comprometido com o seu tempo, em particular com a luta dos homens e dos povos pela emancipação de todas as formas de exploração e opressão. O drama do povo palestino, a sua causa nacional, a sua heróica luta contra a ocupação e pela liberdade, teve em José Saramago uma voz empenhada, corajosa e sentidamente solidária. O MPPM orgulha-se de ter contado, na sua actividade, com o seu contributo único e activo em prol de um movimento de solidariedade com a causa do povo palestino mais forte e interveniente. 
Respondendo ao apelo de diversas organizações, entre as quais o MPPM, muita centenas de pessoas concentraram-se frente à Embaixada de Israel, em Lisboa, no dia 2 de Junho, para manifestar a sua indignação perante o vergonhoso ataque de Israel contra barcos que transportavam ajuda humanitária para Gaza. Entoando palavras de ordem como "Basta de Crimes!", "Fim ao Bloqueio a Gaza!", "Fim à Ocupação Israelita!" ou "Palestina Independente!", os manifestantes ouviram, ainda, intervenções dos representantes de algumas das organizações promotoras da concentração - Conselho Português para a Paz e Cooperação, Comité de Solidariedade com a Palestina, Colectivo Mumia Abu-Jamal, Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente e Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional.
"Cultura Palestina" foi o tema escolhido pelo Cineclube de Torres Novas para preencher, em colaboração com o MPPM, uma das suas "Noites de Leitura, Poesia e Música".
No dia 28 de Maio, a partir das 21.30 horas, na Biblioteca Municipal Gustavo de Bivar Pinto Lopes, em Torres Novas, houve "vídeos, conversas e poesia", tendo a Palestina como tema central.
Abriu a sessão Nuno Guedelha, do Cine-Clube de Torres Novas, seguindo-se uma leitura de poemas pelos professores Eduardo Bento e Amélia Maia.
Carlos Silva, da Direcção Nacional do MPPM, fez a apresentação do Movimento e Júlio de Magalhães, também da Direcção Nacional do MPPM, dissertou sobre cultura árabe e cultura palestina, com ênfase nas figuras maiores da cultura palestina: Mahmud Darwich, Ismaïl Shamut e Edward Saïd. A intervenção foi ilustrada com a projecção de um filme sobre a obra de Ismaïl Shamut e outro com danças e cantares da Palestina.
Premiados do Concurso Escolar «Paz para a Palestina»
O Concurso Escolar foi sendo desenvolvido, ao longo de seis meses, em várias escolas do país que aderiram à proposta do Concurso, de âmbito nacional, "Paz para a Palestina", promovido pelo MPPM. Este Concurso tinha como objectivo a realização de trabalhos de natureza diversa que desenvolvessem o interesse pela história e pela cultura do Povo Palestino e que contribuíssem para o conhecimento da situação na Palestina. Assim, os alunos do 2º e 3º ciclo do Ensino Básico sob a orientação dos respectivos professores foram concebendo e executando sob a forma de Produção Escrita, Artes Plásticas, Artes Performativas, Vídeo e Multimédia, onde incluíram a sua marca no seu produto final.
Lembrar Gaza - Vigília Embaixada Israel - 27 Dez 2009
A iniciativa "Lembrar Gaza", que congregou um número muito significativo de organizações, entre as quais o MPPM, e de subscrições de personalidades, teve como objectivo indeclinável relembrar a brutal intervenção militar de Israel à Faixa de Gaza, sugestiva e mordazmente denominada por operação "Chumbo Fundido", ocorrida de 27 de Dezembro de 2008 a 18 de Janeiro de 2009 e que provocou mais de 1.400 mortes entre a população indefesa (crianças, mulheres e idosos), bem como efeitos devastadores na Faixa de Gaza.
O programa delineado pela organização da iniciativa "Lembrar Gaza" contemplava quatro momentos significativos, dos quais o inicial e o final ocorreram no exterior, em espaços com sentido político e histórico, respectivamente, junto à embaixada de Israel e no Largo de S. Domingos. Os dois outros momentos do programa, ocorreram, respectivamente, em espaços da Livraria Ler Devagar, no dia 13 de Janeiro e da Voz do Operário, no dia 17 de Janeiro.
Vigília por Gaza
Para apelar ao apuramento da responsabilidade pelos crimes de guerra e crimes contra a Humanidade!
Para exigir o levantamento do cerco ilegal a Gaza!
No dia 27 de Dezembro de 2008, as forças armadas do Estado de Israel desencadearam um assalto militar em larga escala contra toda a população de Gaza, após ano e meio de um bloqueio cruel que transformou 1,5 milhão palestinianos em reclusos nas suas próprias casas
Os bombardeamentos massivos dos primeiros dias culminaram numa invasão devastadora. Na operação militar "Chumbo fundido" as forças armadas israelitas lançaram fósforo branco sobre zonas urbanas densamente populadas e lançaram fogo a mesquitas, escolas, hospitais, cimenteiras, instalações da ONU, padarias e habitações.

A 2.ª Semana da Palestina encerrou com uma Sessão Pública de Solidariedade que teve lugar, no dia 28 de Novembro, na sede da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto.
Com moderação de José Neves, Vice-Presidente o MPPM, intervieram: Frei Bento Domingues, também Vice-Presidente do MPPM; Luís Vicente, Vice-Presidente da Direcção Nacional do CPPC (Conselho Português para a Paz e Cooperação) e Embaixadora Randa Nabulsi, Delegada-Geral da Palestina.

A penúltima iniciativa integrada na 2ª Semana da Palestina reuniu mais de uma centena de pessoas numa jornada de descoberta da gastronomia palestina. Uma vez mais sob a orientação da Srª Embaixadora Randa Nabulsi, foi preparado e servido um jantar que abriu com Malfuf (arroz e legumes enrolados em folhas de couve coração), Falafel (grão-de-bico condimentado com salsa, aipo, coentros e especiarias), Hummus (grão-de-bico com molho de sésamo, alho e especiarias), Babaghannuj (beringelas com molho de sésamo, alho e especiarias) e Salada Árabe (tomate, pepino, salsa, cebola, limão, alface e temperos árabes). Seguiu-se o prato principal, Frango à Palestina (frango condimentado com tomilho e mistura de especiarias palestinas) acompanhado de Mujadara de Burghol (trigo, lentilhas e cebola frita), Fatta (pão frito, beringelas, carne picada e iogurte com alho) e Legumes (cenoura, ervilhas e batata cozida em molho de caril).

«I Can't», uma criação da coreógrafa Sofia Silva, abriu a 2.ª Semana da Palestina em 21 de Novembro de 2009, no Fórum Romeu Correia, em Almada. Inês Tarouca interpretou a dança de forma notável, transmitindo, com grande contenção, a forte carga dramática imposta ao personagem.

A ideia de Capitais de Cultura foi lançada numa conferência internacional organizada pela ONU, no México, em 1982. Aí, foi adoptada uma convenção para o desenvolvimento cultural internacional que apelava ao diálogo cultural entre os povos do mundo: um diálogo aberto, com respeito pelas identidades culturais nacionais e pela diversidade das civilizações, baseado na unidade dos valores humanos fundamentais.
A UNESCO foi incumbida do papel de relacionar cultura e desenvolvimento. A ALESCO (Organização da Liga Árabe para a Educação, Cultura e Ciência), promoveu um programa de capitais regionais de cultura que começou no Cairo, em 1986, e prosseguiu em Tunis (1997), Sharjah (1998), Beirute (1999), Riad (2000), Kuwait (2001), Amã (2002), Rabat (2003) Sanaa (2004), Cartum (2005), Mascate (2006), Argel (2007) e Damasco (2008). Em 2009, foi designada Jerusalém como Capital da Cultura Árabe.

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