Actualidade

Duas crianças palestinas morreram na noite de terça-feira num incêndio em Hebron, na Cisjordânia ocupada, depois de as autoridades israelitas impedirem os bombeiros de chegar a tempo à casa em chamas.

O presidente da câmara de Hebron, Taysir Abu Sneina, responsabilizou o exército israelita pela morte das duas crianças, por os militares israelitas terem retido carros de bombeiros palestinos e ambulâncias do Crescente Vermelho  em duas barriras em ruas da cidade.

As duas crianças — uma delas de apenas 18 meses — morreram queimadas num incêndio na sua casa, no bairro de Al-Salaymeh, na cidade velha de Hebron, numa área da cidade que está sob controlo total de Israel e separada do resto da cidade ocupada por muitas barreiras militares.

Segundo o site informativo palestino Palestine Today, as crianças mortas são Wael Al-Rajabi, de quatro anos, e sua irmã Malik, de 18 meses.

Os moradores locais imploraram aos soldados israelitas que abrissem o portão rapidamente ao carro de bombeiros, por causa...

Os Estados Unidos fecharam hoje oficialmente o seu consulado em Jerusalém, que é fundido na embaixada dos EUA em Israel. O consulado servia sobretudo palestinos, e durante décadas funcionou como principal canal de comunicação entre o governo estado-unidense e a direcção palestina.

Anteriormente o consulado reportava os assuntos palestinos directamente a Washington. Agora o seu pessoal foi integrado na embaixada dos EUA em Israel como «Unidade de Assuntos Palestinos», sob a autoridade do embaixador David Friedman, que é um feroz inimigo dos palestinos e desde há muito apoia e angaria  fundos para o movimento dos colonos israelitas na Cisjordânia.

O governo dos EUA reconheceu Jerusalém como capital de Israel em Dezembro de 2017 e transferiu a sua embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém em Maio de 2018.

Israel considera Jerusalém na sua totalidade como sua capital indivisa, incluindo Jerusalém Oriental, que ocupou na guerra de 1967 e cuja anexação mais tarde declarou. Essa anexação...

Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista do Reino Unido, na oposição, reclamou na sexta-feira que o Reino Unido congele as vendas de armas a Israel e condene a matança de civis palestinos em Gaza.

Corbyn escreveu no Twitter: «A ONU diz que as mortes de manifestantes efectuadas por Israel em Gaza — incluindo crianças, paramédicos e jornalistas — podem constituir “crimes de guerra ou crimes contra a humanidade”.» E o líder trabalhista acrescenta: «O governo do Reino Unido deve inequivocamente condenar as mortes e congelar as vendas de armas a Israel.»

A declaração de Corbyn surge no dia seguinte a investigadores da ONU acusarem as forças israelitas de dispararem intencionalmente sobre civis palestinos que participavam nas manifestações da Grande Marcha do Retorno, na Faixa em Gaza, no que afirmam poder constituir crimes de guerra ou crimes contra a humanidade.

A comissão de inquérito independente, criada no ano passado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, afirmou num relatório...

Pela 49.ª semana consecutiva, nesta sexta-feira milhares de palestinos da Faixa de Gaza convergiram para a zona próxima da vedação com que Israel isola o território costeiro para participar na Grande Marcha do Retorno.

Os soldados israelitas feriram 83 palestinos, incluindo 23 menores, uma mulher, três paramédicos e um jornalista, informa o Centro Palestino para os Direitos Humanos (PCHR). Três dos feridos encontram-se em estado grave.

As forças sionistas, que posicionaram atiradores e jipes militares ao longo da vedação, continuaram a reprimir os manifestantes, abrindo fogo e atirando bombas de gás lacrimogéneo. Dezenas de manifestantes foram atingidos por balas e bombas de gás lacrimogéneo, quando não representavam qualquer ameaça para a vida dos soldados.

Estas novas violações surgem um dia depois de a Comissão de Inquérito Independente das Nações Unidas para investigar as violações cometidas no território palestino ocupado ter publicado as suas conclusões relativas ao período de 30 de...

A deputada palestina Khalida Jarrar foi libertada na manhã desta quinta-feira, 28 de Fevereiro, após 20 meses de detenção administrativa (prisão sem julgamento nem culpa formada).

Khalida Jarrar é dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) e deputada ao Conselho Legislativo Palestino (parlamento), chefiando o seu comité de presos, e é também representante palestina no Conselho da Europa.

Numa entrevista imediatamente após a sua libertação, Khalida Jarrar afirmou que «os presos são parte integrante do movimento do povo palestino, e a sua mensagem é sempre a unidade». Destacou também as condições das mulheres palestinas presas e o seu papel no movimento dos presos.

A família da dirigente palestina foi informada de que ela seria libertada no checkpoint (posto de controlo) de Jalameh por volta das 12 horas, mas em vez disso foi solta às 4h da manhã num local diferente e afastado de tudo. A família está convencida de que a mudança de horário e local foi uma tentativa...

As forças armadas israelitas dispararam intencionalmente sobre civis durante os protestos da Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza no ano passado, e podem ter cometido crimes de guerra e crimes contra a humanidade ao matar 189 palestinos e ferir mais de 6100, revela uma investigação da ONU divulgada nesta quinta-feira.

Os manifestantes palestinos «não representavam uma ameaça iminente de morte ou de ferimentos graves para outros quando foram mortos, nem estavam a participar directamente nas hostilidades», diz o relatório da comisssão de inquérito independente criada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, a quem o governo de Israel impediu o acesso à Faixa de Gaza.

O relatório cobre o período entre 30 de Março de 2018, data do início dos protestos, e 31 de Dezembro, baseando-se em 325 entrevistas e reuniões com vítimas, testemunhas, funcionários do governo e membros da sociedade civil de todos os lados e mais de 8000 documentos, incluindo registos médicos, vídeos, filmagens de...

Carta aberta à Administração da Rádio e Televisão de Portugal

No dia 13 de Setembro de 2018, a Eurovisão decidiu atribuir à cidade de Telavive, em Israel, a organização da edição deste ano do Festival Eurovisão da Canção.

O Festival Eurovisão da Canção pretende celebrar a diversidade cultural, os valores da paz, da cooperação e da tolerância. É inconciliável com tais valores a política de Israel de desrespeito pelos princípios da Carta das Nações Unidas e da Declaração Universal dos Direitos do Homem, a sua atitude de reiterada violação dos direitos humanos e da legalidade internacional.

A organização por Israel do Festival da Eurovisão compromete irremediavelmente a observância daqueles princípios. Todos os países que calarem tal contradição estarão a caucionar a subversão daqueles valores e a ser cúmplices dos crimes pelos quais o Estado de Israel é reiteradamente censurado na Organização das Nações Unidas.

Israel é hoje um Estado à margem do Direito Internacional:

— Em confronto aberto...

O ministro israelita da Agricultura, Uri Ariel (do partido de extrema-direita Lar Judaico), acompanhado de vários colonos judeus, nesta terça-feira forçou a entrada na mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental ocupada, sob protecção de forças israelitas armadas.

O ministro israelita e o grupo de colonos israelitas entraram no complexo de Al-Aqsa através da Porta dos Marroquinos, que está sob controlo de Israel desde a ocupação de Jerusalém Oriental, em 1967.

Esta iniciativa provocatória ocorre num contexto de tensões em Jerusalém após uma série de protestos palestinos e a posterior prisão de dezenas de activistas palestinos pelas forças israelitas no início desta semana.

A polícia israelita chegou a deter por um breve período o xeque Abdelazeem Salhab, chefe da entidade religiosa responsável pelo complexo, depois de ele ter rezado, juntamente com outros palestinos, perto do portão al-Rahma pela primeira vez em 16 anos.

A área de orações do Portão al-Rahma (Portão da Misericórdia) da...

No dia 25 de Fevereiro de 2019 assinala-se o 25.º aniversário do massacre de Mesquita Ibrahimi, em Hebron, na Cisjordânia ocupada, perpetrado pelo terrorista judeu Baruch Goldstein, que matou 29 fiéis muçulmanos palestinos e feriu outros 150. Vinte e cinco anos depois, a repugnante ideologia racista anti-árabe que inspirou o massacre permanece viva — e prepara-se para regressar ao parlamento israelita pela mão de Netanyahu.

Baruch Goldstein era militante do Kach, o partido do rabi Meir Kahane, cuja ideologia foi considerada de tal modo extremista que veio a ser impedido de concorrer às eleições e proibido em Israel. A 25 de Fevereiro de 1994, Goldstein, nascido nos EUA e emigrado para Israel em 1983 e que morava no colonato de Kiryat Arba, nos arredores de Hebron, entrou na Mesquita Ibrahimi armado com uma espingarda de assalto Galil do exército israelita. Era manhã cedo, durante o mês sagrado do Ramadão, e centenas de fiéis palestinos estavam em oração dentro da Mesquita. Goldstein...

Foi inaugurada ontem, 22 de Fevereiro, no átrio do edifício principal do Hospital Júlio de Matos, a quarta exposição de Pintura de Arte Solidária que Maria Vitória Vaz Pato, sócia e ex-aluna da Sociedade Nacional de Belas Artes, apresenta, desta vez apoiando a causa da Palestina.

Para a artista, «A arte, e neste caso a pintura, é uma expressão do coração, um sentimento que se descobre em nós e nos propomos partilhar com olhares diversos. Nada, pois, de mais natural que este sentimento seja solidário expressando uma fraterna com-paixão com aqueles que sofrem uma terrível injustiça.»

A abrir, uma performance teatral simulou a vida quotidiana dos palestinos confrontados com a existência do Muro de Separação. Um «soldado» discriminava quem podia entrar ou quem era enviado para trás do Muro. Mas desta vez houve um final feliz e o «Muro» foi derrubado…

A Exposição vai estar aberta ao público, de segunda a sexta-feira, das 10 às 19 horas, até 8 de Março.

No sábado, 9 de Março, pelas 18h00, far-se...