A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) e o Hamas (Movimento Islâmico de Resistência) reivindicaram o ataque mortal ocorrido em Jerusalém Oriental ocupada na passada sexta-feira, 16 de Junho.
Uma agente da polícia de fronteiras israelita foi morta no ataque, realizado com facas e uma arma automática. Os três palestinos foram mortos a tiro por polícias israelitas no local, perto da Porta de Damasco da Cidade Velha de Jerusalém.
Segundo os meios de comunicação social israelitas, o chamado Estado Islâmico reivindicou o ataque. Já o exército israelita afirmou que o ataque foi realizado por uma célula local «não pertencente a nenhuma organização terrorista».
A Youth Development Association, uma organização palestina baseada em Nablus, na Margem Ocidental, promove, entre 22 de Julho e 2 de Agosto, a segunda edição do Motherland Work Camp. Estão previstos oito dias de actividades, que incluem trabalho agrícola, apoio a crianças e serviço social. São, ainda, reservados dois dias para visitas a algumas cidades palestinas. O campo está situado na localidade de Zababdeh, próximo da cidade de Jenin.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apelou hoje ao desmantelamento da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), responsável pela prestação de serviços a milhões de refugiados palestinos no território palestino ocupado e no Médio Oriente.
Durante reunião semanal do gabinete de segurança israelita, Netanyahu pronunciou-se contra a existência de uma entidade da ONU dedicada especificamente às necessidades dos refugiados palestinos, acrescentando que «chegou o momento de desmantelar a UNRWA e integrá-la no ACNUR», o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
«A UNRWA, em grande medida, pela sua própria existência, perpetua — e não resolve — o problema dos refugiados palestinos», acrescentou.
O jornal israelita Haaretz informou no dia 9 de Junho que há agora 590.000 colonos judeus a viver em colonatos oficiais na Margem Ocidental ocupada e em Jerusalém Oriental ocupada.
O jornal assinalou que 380.000 colonos vivem na Margem Ocidental, enquanto o número em Jerusalém Oriental ocupada é agora de 210.000.
Porém, estas estatísticas, nota o Haaretz, não incluem milhares de colonos que vivem «postos avançados» localizados em terras ocupadas que são propriedade privada de palestinos.
De acordo com a ONG israelita Peace Now, existem 97 desses postos avançados, que formalmente são «ilegais» face ao direito israelita, ou seja, foram construídos sem autorização das autoridades israelitas, embora de facto beneficiem das infra-estruturas e da protecção militar do Estado sionista. Mas, à luz do direito internacional, todos e cada um dos colonatos de Israel são ilegais.
As forças de ocupação israelitas emitiram 50.000 ordens de detenção administrativa contra palestinos desde a ocupação da Margem Ocidental e da Faixa de Gaza em 1967, revelou a Comissão para os Assuntos dos Detidos e ex-Detidos. Ao abrigo do regime de detenção administrativa, Israel pode manter os palestinos encarcerados por períodos de seis meses, indefinidamente renováveis, sem julgamento nem culpa formada e sem sequer justificar os motivos da detenção.
Segundo o grupo de direitos dos presos Addameer, neste momento há cerca de 500 detidos administrativos nas prisões israelitas, de um total de 6300 presos.
Desde 1967, o número total de presos e detidos palestinos nas prisões israelitas já ultrapassou os 850.000, ou seja, 20% da população total e 40% da população masculina.
Como é viver na Palestina após 50 anos de colonização? Esta foi a pergunta a que procuraram responder os participantes no Colóquio realizado n’A Voz do Operário. E a resposta não podia ser mais devastadora. Nos cinquenta anos que se seguiram à ocupação da Margem Ocidental, de Jerusalém Oriental e de Gaza, na sequência da guerra dos Seis Dias, com a cumplicidade da comunidade internacional, Israel tem procedido à pilhagem de recursos naturais, apropriação ou destruição de casas e terras, e construção de colonatos, concretizando uma política de colonização, contrária ao Direito Internacional e inúmeras vezes condenada – inconsequentemente – em instâncias internacionais, de que o Muro do Apartheid é a face mais visível.
Vítor Agostinho, da Direcção da Voz do Operário, deu as boas-vindas aos presentes e destacou o compromisso da associação que dirige com a solidariedade para com as pessoas e os povos.
Assinala-se hoje o 50.º aniversário da ocupação dos territórios palestinos de Jerusalém Oriental, da Margem Ocidental do rio Jordão e da Faixa de Gaza, assim como do território sírio dos Montes Golã, realizada durante a chamada «Guerra dos Seis Dias».
Em 5 de Junho de 1967, a pretexto de um inventado perigo para a sua existência e de um fantasioso ataque iminente, Israel desencadeou, sob o olhar complacente das potências ocidentais, uma guerra contra os países árabes seus vizinhos, Egipto, Síria e Jordânia. Às primeiras horas da manhã lançou um ataque de surpresa que destruiu no solo praticamente toda a aviação egípcia, prosseguindo nos dias seguintes uma agressão que conduziu à ocupação da Península do Sinai egípcia e de parte dos Montes Golã sírios.
As autoridades israelitas vão reunir-se na próxima semana para aprovar o avanço de pelo menos 2500 unidades habitacionais em colonatos na Margem Ocidental ocupada, informou na sexta-feira a ONG israelita Peace Now. O Alto Comité de Planeamento da Administração Civil israelita (órgão das forças armadas de Israel para a administração dos territórios palestinos ocupados) deverá aprovar 27 planos relativos a colonatos ilegais na Margem Ocidental.
Um dos planos deverá fazer avançar a criação de 102 unidades habitacionais em Amichai, o primeiro novo colonato oficialmente criado pelo governo israelita em 25 anos. Destinado aos colonos evacuados do posto avançado de Amona, ilegal segundo o próprio direito israelita, será duas vezes e meia maior do que o posto avançado demolido.
Outro dos planos em discussão será a legalização retroactiva do posto avançado ilegal de Kerem Rein. O jornal israelita Haaretz avança que o posto avançado poderia mesmo ser expandido.
O MPPM dirige uma saudação calorosa e emocionada aos presos palestinos nas cadeias de Israel que acabam de alcançar a vitória da sua greve da fome.
Após negociações com as autoridades israelitas, os presos palestinos decidiram suspender a sua greve da fome, que durava há 40 dias: uma das mais prolongadas das muitas que já tiveram de realizar ao longo dos anos.
Trata-se de uma vitória de grande importância. As autoridades israelitas tinham afirmado recusar negociações e foram obrigadas a negociar com os dirigentes dos grevistas da fome, incluindo Marwan Barghouti. Tinham respondido à greve da fome com a repressão e foram obrigadas a ceder e a satisfazer muitas das reivindicações dos presos.
Os presos definiram objectivos concretos — de melhoria das suas condições — para a sua luta e levaram-na a cabo com tenacidade e unidade, pondo em perigo a própria vida. A vitória deve-se assim, em primeiro lugar, ao verdadeiro heroísmo dos próprios grevistas da fome.
Os presos palestinos nas prisões israelitas que se encontravam em greve de fome há 40 dias suspenderam a sua luta às primeiras horas de sábado. A greve, na qual participaram cerca de 1500 presos, tinha começado a 17 de Abril.
O dirigente do Comité Palestino de Assuntos dos Presos, Issa Qaraqe, e o dirigente da Sociedade dos Presos Palestinos, Qaddura Fares, anunciaram num comunicado conjunto que os presos suspenderam a greve da fome «Liberdade e Dignidade» após mais de 20 horas de negociações entre funcionários do IPS e líderes dos presos na prisão de Ashkelon, incluindo Marwan Barghouthi.
O IPS tinha-se recusado durante a greve a negociar com Marwan Barghouthi, mas foi obrigado a fazê-lo face à recusa dos outros dirigentes de realizar negociações sem a participação de Marwan Barghouthi.