Colonos e soldados israelitas destroem propriedades palestinas para abrir caminho a postos avançados ilegais

Um colono israelita queimou 20 colmeias pertencentes a um agricultor palestino, residente na aldeia de Zanuta, a sul da cidade de Hebron, no sul da Cisjordânia, causando-lhe um prejuízo avaliado em mais de 10 000 dólares.

Entretanto, na cidade de Battir, a oeste da cidade de Belém, as forças de ocupação israelitas destruíram e arrancaram dezenas de oliveiras.

Em ambos os casos, houve movimentações de colonos no sentido de estabelecer postos avançados precursores de novos colonatos ilegais.

Yousef al-Sharha, o proprietário das colmeias de Zanuta, disse à WAFA que o colono, que montou uma caravana e estabeleceu um posto avançado de colonização ao lado do seu apiário, queimou e destruiu totalmente 20 colmeias das 50 que possui, agora que estamos no início da época de colheita do mel.

Em Battir, de acordo com Amr al-Qayssi, um activista palestino, uma unidade do exército israelita, equipada com uma retroescavadora, invadiu a parte oriental da aldeia durante uma incursão matinal e começou a arrasar quatro dunums (0,4 hectares) de terra, arrancando dezenas de oliveiras pertencentes ao residente local Mazen Abu Ne'me.

Acrescentou que a zona tem sido recentemente alvo de grupos de colonos israelitas extremistas que montam caravanas, como prelúdio para a criação de novos postos avançados ilegais e para impedir os residentes palestinos de acederem às suas terras.

Acções como estas têm-se repetido um pouco por toda a Cisjordânia ocupada. Os colonos, protegidos por soldados, têm luz verde do governo israelita de extrema-direita para instalar postos avançados perto de palestinos e para os assediar, para os expulsar das suas terras e, eventualmente, as conquistar.

A violência dos colonos contra os palestinos e os seus bens é uma rotina na Cisjordânia ocupada e raramente é sancionada pelas autoridades israelitas.

Nos termos do direito internacional, tanto a Cisjordânia como Jerusalém Oriental são territórios ocupados. Toda a construção de colonatos é, por conseguinte, ilegal. Mais de 700 000 israelitas vivem em colonatos exclusivamente judaicos na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental.

Print Friendly, PDF & Email
Share