Indiferente à pandemia, Israel intensifica rusgas e detenções na Palestina ocupada
O exército de ocupação israelita continuou as agressões e detenções nos territórios palestinos ocupados, apesar da propagação do coronavírus. Segundo informações do Centro de Estudos dos Prisioneiros Palestinos, durante o mês de Março registaram-se 250 detenções, incluindo 54 menores e 6 mulheres.
O porta-voz do Centro, o investigador Riyad Al-Ashqar, acusa a ocupação de pôr constantemente em perigo a vida dos palestinos ao continuar a efectuar detenções nestas circunstâncias excepcionais que afectam o mundo inteiro.
Al-Ashqar considera as práticas da ocupação para com os prisioneiros como um claro desrespeito pelas suas vidas, salientando que as autoridades israelitas recusaram durante o mês passado, e continuam a recusar, aplicar as medidas de segurança necessárias para impedir a propagação do coronavírus nas prisões.
Também o Centro Al-Quds de Estudos israelitas e Palestinos noticia centenas de detenções pelo exército de ocupação israelita, durante o mês de Março, na Cisjordânia, em Jerusalém e em Gaza. O Centro relata que, só em Jerusalém, foram comunicadas 124 detenções, o que evidencia a intensificação das campanhas de detenções e de rusgas domiciliárias.
O director do departamento de documentação do Centro Al-Quds, Rola Hasanein, afirmou que, apesar da rápida propagação do coronavírus a nível local e global, as forças de ocupação israelitas realizam diariamente campanhas de rusgas e detenções nos territórios palestinos, pondo em risco a vida dos residentes palestinos. Hasanein salientou que os palestinos detidos são mantidos em más condições, não sendo tomadas as medidas mínimas de segurança para os proteger de contrair o novo vírus.
Foto: Forças de segurança israelitas detêm um palestino perto de Nablus, 1 de Março de 2020 (Nasser Ishtayeh/Flash90)