Soldados e colonos israelitas suspeitos de espalhar o coronavírus nas populações palestinas

A organização de direitos humanos Euro-Mediterranean Monitor, sedeada em Genebra, apelou à comunidade internacional para forçar as forças armadas israelitas a pôr termo às incursões em cidades e vilas palestinas por representarem uma ameaçam para as medidas preventivas tomadas pela Autoridade Palestina para controlar o surto de coronavírus. Pediu também para investigar e responsabilizar o comportamento suspeito de vários soldados e colonos israelitas no que parece ser uma tentativa de espalhar a infecção.

Ontem, soldados israelitas, fortemente armados e acompanhados de cães, lançaram gás lacrimogénio e granadas atordoantes, invadiram casas e procederam a detenções na cidade de Ramala. Na sequência da incursão o município de Ramallah mandou esterilizar as ruas, locais públicos e prédios invadidos pelos soldados israelitas, segundo declarou à agência noticiosa WAFA o presidente da câmara municipal, Moussa Hadid.

Idênticas incursões ocorreram nas aldeias vizinhas de Budrus, a oeste, e Kubar, a norte.

Já hoje, noticia ainda a WAFA, colonos israelitas do colonato ilegal de Ramot, construído nas terras de Beit Iksa, causaram alarme entre os palestinos da aldeia de Beit Iksa, a noroeste de Jerusalém ocupada, quando começaram a cuspir nos carros que entravam ou saíam da aldeia.

Os jovens da aldeia confrontaram os colonos e obrigaram-nos a abandonar a área e depois procederam à desinfecção da estrada e dos carros. O colonato de Ramot já relatou 17 casos de coronavírus.

As autoridades israelitas também impediram os voluntários palestinos na Jerusalém ocupada de realizar testes e desinfectar os seus bairros apesar da omissão de Israel em cumprir essa obrigação de proteger as populações decorrente das Convenções de Genebra.

Foto: Forças armadas israelitas invadem a cidade de Ramala, na Cisjordânia (Palestine Chronicle)

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