104 palestinos feridos por Israel na 82.ª semana da Grande Marcha do Retorno

As forças israelitas feriram 104 manifestantes palestinos que participavam esta sexta-feira nos protestos da 82.ª semana da Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza.

Mais uma vez, as forças repressivas israelitas usaram uma violência desproporcionada e criminosa contra os manifestantes desarmados: 41 palestinos foram feridos por balas reais — incluindo dois menores que se encontram em estado crítico —, enquanto outros foram feridos por balas de borracha e bombas de gás lacrimogéneo.

Milhares de pessoas participaram no protesto, juntando-se nos cinco acampamentos ao longo da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. O protesto de hoje desenrolou-se sob o lema «Vamos continuar».

Desde o início da Grande Marcha do Retorno, em 30 de Março de 2018, o Centro Palestino dos Direitos Humanos (PCHR) documentou 214 mortes de civis provocadas pelas forças armadas do Estado sionista, incluindo 46 menores, 2 mulheres, 9 pessoas com deficiência, 4 paramédicos e 2 jornalistas. Além disso, a repressão israelita feriu 14 706 civis, incluindo 3691 menores, 387 mulheres, 253 paramédicos e 218 jornalistas, muitos dos quais sofreram vários ferimentos em diferentes ocasiões.

Os manifestantes reclamam o levantamento por Israel do cerco imposto ao pequeno território palestino e também o direito dos refugiados palestinos a regressarem aos lugares, na Palestina histórica, de onde foram expulsos durante a campanha de limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas por ocasião da criação de Israel, em 1948.

Durante a repressão dos manifestantes desarmados da Grande Marcha do Retorno as forças israelitas cometeram violações de direitos que podem constituir crimes de guerra e crimes contra a humanidade, concluiu em Março passado uma missão de investigação das Nações Unidas.

Foto: Mohammed Asad/Middle East Monitor

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