Israel aprova milhares de novas casas em colonatos em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia ocupadas
As autoridades israelitas aprovaram na semana passada a construção de centenas de novas unidades habitacionais num colonato judaico em Jerusalém Oriental ocupada.
Segundo informa o jornal israelita Haaretz, o Comité Distrital de Jerusalém de Planeamento e Construção aprovou na terça-feira a expansão do colonato ultra-ortodoxo de Ramat Shlomo, em Jerusalém Oriental ocupada. Algumas das 640 novas unidades habitacionais vão ser construídas em terrenos privados palestinos.
Esta decisão em somar-se à aprovação, em finais de Outubro, da construção de mais de 20 000 novas unidades habitacionais no colonato de Maale Adumim, a leste de Jerusalém.
Serão para já iniciadas as obras de 470 unidades habitacionais, ficando as demais pendentes de aprovação dos partidos políticos. Além das unidades habitacionais, no colonato serão construídos edifícios e instituições como sinagogas, escolas e creches judaicas.
Maale Adumim, que os israelitas consideram um subúrbio de Jerusalém, na realidade localiza-se na Cisjordânia ocupada, sendo o terceiro maior colonato em termos de população.
Segundo a organização israelita Peace Now, que monitoriza a actividade de colonização israelita nos territórios ocupados, no ano e meio desde que o presidente Trump tomou posse, foram aprovadas cerca de 14 454 unidades na Cisjordânia, mais do triplo do que foi aprovado no ano e meio anterior.
Mais de 600 000 mil colonos israelitas vivem em centenas de colonatos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, que o direito internacional considera «territórios ocupados». Deste modo, todos e cada um dos colonatos são ilegais à luz do direito internacional, nomeadamente a IV Convenção de Genebra, que proíbe a instalação de população da potência ocupante no território ocupado.