130 palestinos, incluindo 25 crianças, feridos por Israel na 30.ª semana da Grande Marcha do Retorno
Cerca de 130 palestinos foram hoje feridos por fogo israelita ou pela inalação de gás lacrimogéneo durante as manifestações da Grande Marcha do Retorno perto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, informou o Ministério da Saúde do território. Dois palestinos, um dos quais uma mulher de 70 anos, ficaram feridos com gravidade. Entre os feridos contam-se 25 crianças, um jornalista e pessoal de saúde.
Foi a 30.ª sexta-feira consecutiva dos protestos desarmados da Grande Marcha do Retorno, exigindo o fim do bloqueio da Faixa de Gaza por Israel, que dura há 11 anos, e o direito de retorno dos refugiados palestinos às suas terras, de que foram expulsos na campanha de limpeza étnica levada a cabo pelas forças sionistas em 1948-1949, por altura da criação de Israel.
Milhares de palestinos participaram nas manifestações, apesar da decisão anunciada pelo gabinete de segurança de Israel de alargar o alcance de tiro do Exército. Na quinta-feira, dezenas de tanques israelitas foram estacionados em torno da Faixa de Gaza. Um fotógrafo da Reuters contou cerca de 60 tanques e veículos blindados numa área próxima do território palestino, o maior número de veículos militares que viu desde a agressão israelita de 2014.
Desde que começou a Grande Marcha do Retorno, em 30 de Março, pelo menos 217 palestinos foram mortos pelas forças israelitas, informa o UN-OCHA (Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários), que indica também que a maioria dos 22 897 palestinos feridos durante os protestos foram vítimas de fogo real disparado pelas forças armadas do regime sionista.