Tribunal israelita condena «preso de consciência» palestino Munther Amira a 6 meses de prisão
O activista palestino Munther Amira, considerado «preso de consciência» pela Amnistia Internacional, foi condenado a seis meses de prisão pelo tribunal militar israelita de Ofer no passado dia 12 de Março.
Dirigente do Comité de Coordenação da Luta Popular (PSCC) na Cisjordânia ocupada e educador social no campo de refugiados de Aida, em Belém, Munther Amira foi preso durante protestos pacíficos no final de Dezembro.
Ao ser preso, em 27 de Dezembro de 2017, exibia um cartaz com as fotos das mulheres da família Tamimi presas poucos dias antes, o que é considerado uma infração penal pela lei militar imposta aos palestinos que vivem no território ocupado. Seriam igualmente «criminosas» a sua participação em protestos contra o reconhecimento pelos EUA de Jerusalém como capital de Israel e contra as comemorações da Declaração de Balfour.
O tribunal condenou Munther Amira a seis meses de prisão, para além de uma pena suspensa de cinco anos e uma multa.
A acusação israelita apresentou 12 acusações contra Munther Amira, entre elas lançamento de pedras, organização e participação em marchas não permitidas e lançamento de um dispositivo incendiário contra os soldados. Esta última acusação refere-se a um caso em que Munther Amira atirou de volta aos soldados uma lata de gás lacrimogéneo disparada pelas forças israelitas enquanto ele se manifestava pacificamente.
Munther Amira foi julgado num tribunal militar israelita que tem uma taxa de condenação de palestinos superior a 99%.
Quarta, 14 Março, 2018 - 00:00