Israel acusa Ahed, Nariman e Nur Tamimi de agredirem soldados
As autoridades de ocupação israelitas proferiram 12 acusações contra Ahed Tamimi, a destacada activista palestina de 16 anos filmada a dar uma bofetada em dois soldados israelitas.
Ahed foi detida em 19 de Dezembro, quatro dias depois de se tornar viral um vídeo em que, juntamente com a sua prima Nur, de 20 anos, enfrentava os soldados israelitas armados no pátio da casa da família, na aldeia de Nabi Saleh, na Margem Ocidental ocupada. O episódio ocorreu momentos depois de as forças israelitas atingirem no rosto com uma bala de borracha um primo de 15 anos de Ahed, causando-lhe um ferimento grave.
Nur foi presa no dia 20, enquanto a mãe de Ahed, Nariman, foi presa no próprio dia 19, quando ia visitar a filha. Nariman já anteriormente tinha sido presa pelo menos cinco vezes.
Segundo informou a advogada Gabi Laski, Ahed foi acusada, numa audiência realizada hoje no tribunal militar israelita de Ofer, de 12 crimes, incluindo agredir um soldado israelita, interferir com os deveres de um soldado e dois episódios anteriores de lançamento de pedras.
Gabi Laski declarou à televisão Al Jazeera que Nariman também foi acusada de agressão e de «incitamento», por carregar o vídeo nas redes sociais.
Nur foi acusada ontem, 31 de Dezembro, de agredir um soldado e interferir com os deveres de um soldado.
A advogada Gabi Laski afirmou que, devido às acusações contra Ahed, «existe a possibilidade de ela ser condenada a muito tempo».
Por seu lado, o pai de Ahed, Bassem Tamimi, que também foi preso várias vezes pelas forças israelitas, declarou: «Estou muito preocupado com minha filha». Israel está a tentar «quebrar Ahed, porque ela é um símbolo da resistência», prosseguiu Bassem Tamimi. «Israel quer mostrar a outros jovens palestinos o que lhes acontecerá se tentarem resistir»
Segunda, 1 Janeiro, 2018 - 00:00