Israel prendeu 14.000 palestinos desde 2015

As forças de ocupação israelitas prenderam 14.000 palestinos nos territórios palestinos ocupados desde Outubro de 2015. Esta data marca o início da onda de agitação em todo o território palestino ocupado, com particular incidência em Jerusalém, por vezes designada por «Intifada de Jerusalém».
Segundo dados do Centro de Estudos dos Presos Palestinos citados pelo Middle East Monitor, dos 14.000 palestinos detidos 3100 eram menores, 437 eram mulheres e 450 eram activistas online.
Quase todos os detidos, acrescentou a organização, foram sujeitos a tortura psicológica ou física em cadeias e centros de detenção localizados no território de Israel, em violação do direito internacional, que proíbe a transferência de presos para o território da potência ocupante.
Durante o mesmo período, ou seja, desde 1 de Outubro de 2015, foram emitidas cerca de 2860 ordens de detenção administrativa, regime ao abrigo do qual Israel pode manter os palestinos encarcerados por períodos de seis meses indefinidamente renováveis, sem julgamento nem culpa formada e sem sequer justificar os motivos da detenção.
Também 16 deputados ao Conselho Legislativo Palestino (parlamento da Autoridade Palestina) foram detidos durante este período relatado, 10 dos quais ainda estão detidos em prisões israelitas.
Nos últimos dois anos morreram 6 presos, elevando para 212 o número de presos palestinos que perderam a vida em prisões de Israel.
Segundo dados do grupo de direitos dos presos palestinos Addameer, em Agosto deste ano encontravam-se nas prisões israelitas cerca de 6300 presos políticos palestinos (incluindo 300 menores), dos quais 465 em regime de detenção administrativa.
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