Israel mata três palestinos em Gaza em nova escalada
Três palestinos foram mortos na Faixa de Gaza na quarta-feira em ataques israelitas maciços com fogo de artilharia e de tanques.
O Exército israelita declarou que realizou ataques de artilharia contra sete alvos militares do Hamas, alegadamente em retaliação por soldados seus postados no exterior da vedação que isola o território palestino terem sido alvejados, causando um ferido ligeiro. Segundo o jornal «Haaretz», o Exército de Israel pensa que os responsáveis pelo ataque de franco-atiradores contra os soldados israelitas perto da vedação que isola a Faixa de Gaza são grupos armados não ligados ao Hamas.
Algumas fontes da comunicação social israelita afirmaram que o lado palestino disparou primeiro, mas vídeos colocados em directo por palestinos no Twitter e no Facebook mostram que os ataques israelitas com drones precederam os tiros palestinos.
Os três foram mortos, segundo um comunicado do Ministério da Saúde do enclave palestino, são Ahmad al-Basous, de 28 anos, Obada Farwana, de 29, e Mohammed al-Areer, de 27. Um outro palestino encontra-se ferido com gravidade.
As Brigadas Al-Qassam, o braço armado do Hamas, afirmaram numa declaração oficial que os três combatentes são membros do grupo.
O porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, declarou que «a dimensão do deliberado ataque israelita aos combatentes revela que Israel tem a intenção de matar, e é impossível ficar de braços cruzados diante dos crimes de Israel. As forças de resistência não desistirão de responder a esta agressão e defender o povo palestino». Por seu lado, as Brigadas Al-Quds, braço armado do movimento Jihad Islâmica Palestina, afirmaram que «o crime abominável cometido por Israel não passará em silêncio e impune. As forças de resistência defenderão o povo palestino e vingarão o sangue dos mortos».
Os ataques armados de Israel contra a Faixa de Gaza têm-se sucedido e agravado nas últimas semanas, tornando ainda mais dramática a situação no minúsculo território, sujeito a um devastador bloqueio desde há onze anos.
Por outro lado, a brutal repressão israelita das manifestações semanais da Grande Marcha do Retorno, iniciada em 30 de Março, já se saldou em cerca de 150 mortos e mais de 15.000 feridos.