Forças israelitas baleiam mulher palestina no checkpoint de Qalandiya

Uma mulher palestina foi ferida a tiro por soldados israelitas, sexta-feira 30 de Dezembro, no posto de controlo militar de Qalandiya, entre Ramala e Jerusalém, no centro da Margem Ocidental ocupada, por alegadamente tentar apunhalar soldados israelitas.
Testemunhas citadas pela agência noticiosa palestina Ma'an afirmaram que os soldados israelitas abriram fogo contra a mulher quando esta caminhava na direcção da pista de veículos do posto de controlo.
A mulher foi identificada como Jihan Muhammad Hashimeh, de 35 anos, do bairro de al-Issawiya, em Jerusalém Oriental ocupada.
Segundo declararam moradores locais, Hashimeh estava doente e dirigia-se a Jerusalém para tratamento médico, tendo entrado na pista de veículos por engano.
Testemunhas no local informaram que a vítima permaneceu no chão, sangrando e gritando de dor, enquanto os soldados israelitas impediram ambulâncias de se aproximar dela durante quase uma hora. Em seguida foi detida e transferida para um hospital.
O posto de controlo militar de Qalandiya tem sido um foco de violência na onda de agitação em todo o território palestino ocupado que começou em Outubro de 2015. Durante este período, foram aqui mortos 6 palestinos, incluindo uma mulher palestina grávida e o seu irmão de 16 anos de idade. No total, desde Outubro de 2015, 246 palestinos foram mortos pelas forças israelitas ou por colonos; 34 israelitas foram mortos por palestinos.
Grupos de direitos humanos têm condenado as autoridades israelitas pela utilização excessiva da força, denunciando uma política de «atirar para matar» contra palestinos, incluindo menores, que não constituíam uma ameaça ou que poderiam ter sido dominados de forma não letal.
 
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