Um dia «normal» na Cisjordânia: um morto e vários feridos em ataques de colonos e do exército israelitas

Hoje, em Jenin um dentista palestino morreu de ataque cardíaco na sequência de disparos pelas forças de segurança israelitas. Hoje, em Belém dois irmãos foram barbaramente agredidos por colonos judeus. Hoje, em Kafr Qaddum, vários palestinos foram feridos por balas revestidas de borracha do exército israelita. Hoje, não aconteceu nada de novo na Cisjordânia ocupada.

Nedal Mohammad Jabarin, dentista, 54 anos, morreu de ataque cardíaco após as forças de ocupação israelitas terem disparado granadas atordoantes contra civis palestinos perto do posto de controlo de Barta'a, a sudoeste de Jenin. Foi levado de urgência para o Hospital Khalil Sulaiman, na sua cidade natal de Jenin, no Norte da Cisjordânia ocupada, onde foi declarado morto alguns minutos mais tarde.

Pelo menos três palestinos, incluindo um jornalista, foram feridos por balas revestidas de borracha disparadas pelas forças de ocupação israelitas que atacavam o protesto semanal contra os colonatos na aldeia de Kafr Qaddum, no Norte da Cisjordânia. Vários outros manifestantes sufocaram devido à inalação de gás lacrimogéneo.

Morad Shtewi, coordenador da resistência popular na aldeia, disse que os soldados israelitas dispararam balas reais, balas revestidas de borracha e granadas de gás lacrimogéneo contra os manifestantes, ferindo três deles, incluindo um jornalista identificado como Mohammad Fawzi.

Ashraft Mustafa Najjar, 43 anos, e o seu irmão, Muhmmad, 40 anos, residentes do campo de refugiados de al-Azzeh, sofreram fracturas e escoriações várias após terem sido agredidos por colonos israelitas perto da aldeia al-Walaja, a oeste de Belém. Um dos irmãos, devido à gravidade do seu estado, foi levado para um hospital em Belém.

A violência dos colonos contra os palestinos e os seus bens é uma rotina na Cisjordânia ocupada e conta com a complacência das autoridades israelitas.

A violência não provocada e o uso excessivo de força pelas forças de segurança israelitas também fazem parte do quotidiano dos palestinos.

Entretanto, Israel assina acordos de «normalização» com o patrocínio dos Estados Unidos e a comunidade internacional aplaude, abstendo-se de condenar Israel pelas violações dos direitos humanos e pelo seu desprezo pelo direito internacional e pelo direito internacional humanitário.

Foto: Forças de segurança israelitas atacam protesto semanal não-violento em Kafr Qaddum