Solidariedade com a Palestina enche Casa do Alentejo
A Casa do Alentejo, em Lisboa, assistiu ontem, 18 de Novembro, a mais uma vibrante sessão de solidariedade com o povo palestino conduzida por um painel que incluía a nova embaixadora da Palestina, Rawan Sulaiman, o jornalista Bruno Amaral de Carvalho, o professor universitário e investigador Pedro Ponte e Sousa, e Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM.
Depois de observado um minuto de silêncio em memória das vítimas do genocídio israelita, Bruno Amaral de Carvalho falou da sua recente estada no Líbano, do grau de destruição provocado pelos bombardeamentos israelitas (“pior que tudo o que vi no Donbass”), dos refugiados das várias guerras. Chamou a atenção para a forma como Israel assassina os seus interlocutores cada vez que parece estar-se próximo de um acordo de cessar-fogo.
Pedro Ponte de Carvalho optou por trazer alguns destaques noticiosos das últimas semanas frisando que há que estar atento aos discursos dos dirigentes israelitas porque, por mais absurdo que pareça, Israel acaba por fazer o que diz. Valorizou as posições de condenação de Israel por vários órgãos da ONU porque isso dá um respaldo a quem luta pelos direitos dos palestinos.
A embaixadora Rawan Sulaiman destacou datas importantes do mês de Novembro: o aniversário da morte de Arafat, a declaração de independência da Palestina e do Dia Internacional de Solidariedade. Passou em revista a situação na Palestina e manifestou a esperança de que Portugal possa ser o 150º país a reconhecer o Estado da Palestina. Realçou a importância da solidariedade (“Eu sou apenas uma embaixadora da Palestina, todos os que aqui estão são embaixadores da Palestina”).
A encerrar, Carlos Almeida frisou que não é por este ser o governo mais à direita que Israel teve, que as coisas estão como estão, já que todos os governos anteriores contribuíram para a situação actual. Exigiu o fim da cooperação económica e militar com Israel, nomeadamente o fim do Acordo de Associação UE-Israel e apelou à participação nas acções de protesto no final do mês: a concentração frente à Embaixada de Israel, no dia 29, e a manifestação do dia 30.