Sessão pública em Lisboa assinala o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino no 60.º aniversário da «Resolução da Partilha»

Correspondendo ao apelo das Nações Unidas, o MPPM assinalou a data de 29 de Novembro, Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, com uma Sessão Pública no Museu-Biblioteca República e Resistência, em Lisboa. Com início às 21 horas, a sessão foi presidida por Isabel Allegro Magalhães (MPPM) e incluiu uma Mesa Redonda com os jornalistas especializados nas questões do Médio Oriente Lumena Raposo, José Manuel Rosendo e José Goulão, a que se seguiram as intervenções de encerramento da Embaixadora da Autoridade Palestiniana, Randa Nabulsi, e de Frei Bento Domingues (MPPM).
O Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino é celebrado pelas Nações Unidas, todos os anos, em 29 de Novembro, de acordo com mandatos da Assembleia Geral nas suas resoluções 32/40 B, de 2 de Dezembro de 1977, 34/65 D, de 12 de Dezembro de 1979, 61/23 de 1 de Dezembro de 2006 e outras.
A data de 29 de Novembro foi escolhida devido ao seu significado e consequências supervenientes para o povo Palestino. Nesse dia, em 1947, a Assembleia Geral da ONU adoptou a resolução 181 (II), que veio a ser conhecida como a “Resolução da Partilha”, que previa a criação, na Palestina, de um “Estado Judaico” e de um “Estado Árabe”, com Jerusalém como um corpus separatum sob regime internacional especial. Dos dois Estados, até esta data, só um – Israel - foi criado e num território que excedeu largamente a linha de partilha definida pela ONU. Em contrapartida, uma sucessão de guerras, ocupações e anexações, obriga os mais de 8 milhões de Palestinos a viver quer nos territórios ocupados por Israel desde 1967, incluindo Jerusalém Oriental, e, agora, em isolamento em Gaza, quer em Israel, nos Estados Árabes vizinhos, em campos de refugiados da região ou na diáspora.
O MPPM, em sintonia com a comunidade internacional, assinala o 60º aniversário da “Resolução da Partilha” dando início a um conjunto de iniciativas, que se prolongarão em 2008, destinadas a chamar a atenção da opinião pública portuguesa e dos órgãos de poder para o facto de que a questão da Palestina não está resolvida e que, ao Povo Palestino, ainda não foram reconhecidos os seus direitos inalienáveis – definidos pela Assembleia Geral da ONU – nomeadamente, o direito à auto-determinação sem ingerências externas, o direito à independência nacional e à soberania, e o direito de regresso à sua pátria e à propriedade de que foram desapossados. 
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