Palestino morto em posto de controlo militar israelita
As forças israelitas mataram hoje um palestino perto do posto de controlo militar de Huwara, a sul da cidade de Nablus, de acordo a agência noticiosa Wafa.
A vítima foi identificada como Bilal Adnan Rawajbeh, de 29 anos, da aldeia de Iraq Tayeh, a leste de Nablus. Era conselheiro jurídico com a patente de capitão nas Forças de Segurança Preventiva, um dos serviços de segurança da Autoridade Palestina.
O Crescente Vermelho palestino afirmou, numa declaração, que o exército israelita impediu os seus médicos de aceder ao local e de prestar primeiros socorros a Rawajbeh após ter sido baleado, e que o seu corpo está sob custódia israelita e não pôde ser imediatamente recuperado.
Um vídeo do incidente mostra soldados israelitas a abrir fogo sobre o veículo Hyundai branco que Bilal conduzia.
Os militares israelitas disseram numa breve declaração que tinham frustrado uma tentativa de ataque a tiro, neutralizando o agressor, mas notaram que nenhum soldado foi ferido.
Muitos palestinos têm sido feridos ou mortos em incidentes semelhantes, sob o pretexto de alegadas tentativas de agressão.
Israel tem sido criticado por várias organizações internacionais, palestinas e israelitas de defesa dos direitos humanos pela sua utilização reflexiva da força letal e «execuções extrajudiciais» quando os alegados atacantes palestinos já não representam uma ameaça imediata.
Num documento do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) refere-se que, em 2019, as forças de segurança israelitas mataram 135 palestinos, incluindo 28 menores. Ocorreram 108 mortes na Faixa de Gaza e 27 na Cisjordânia. No mesmo período foram feridos 15 369 palestinos.