ONG israelita requer a tribunal que Bilal Kayed deixe de estar algemado à cama do hospital

Na passada sexta-feira, 22 de Julho, a ONG israelita Médicos pelos Direitos Humanos-Israel (Physicians for Human Rights-Israel — PHRI) dirigiu um requerimento ao Tribunal Distrital de Beersheva para que ordene ao Serviço Prisional de Israel (IPS) que o preso palestino Bilal Kayed seja libertado das algemas que o prendem à cama do hospital.
Bilal Kayed, que está actualmente internado no Hospital de Barzilai, encontra-se em greve da fome desde 15 de Junho, para protestar contra o facto de ter sido colocado pelas autoridades israelitas em detenção administrativa (sem julgamento nem culpa formada) no próprio dia em que deveria ter sido libertado, após cumprir uma pena de 14 anos e meio de prisão.
No seu requerimento o PHRI alega que o estado clínico de Bilal Kayed torna completamente irracional o facto de estar algemado. Não pode deixar a cama e não consegue manter-se de pé nem andar. Além disso, está sob a supervisão constante de 4 guardas prisionais, câmaras, um dispositivo de gravação e um alarme. Estar algemado não serve senão para o maltratar e pressionar.
Algemar um preso hospitalizado viola a ética médica, as directrizes médicas internacionais e as directrizes do Ministério da Saúde de Israel, bem como o direito internacional dos direitos humanos.
O pessoal médico tem o dever ético e profissional de exigir que o preso seja desalgemado. O uso de algemas num preso que está em tratamento constitui uma grave ofensa à sua dignidade, e neste caso equivale a tratamento cruel e degradante, em violação dos deveres legais de Israel.
O requerimento ao tribunal surge depois de o Serviço Prisional de Israel ter rejeitado um pedido do PHRI para desalgemar Bilal Kayed e um pedido deste para ser examinado por um médico independente.
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