Novos presos palestinos aderem a greve da fome maciça já no 8.º dia

Dezenas de presos palestinos juntaram-se à greve da fome maciça que está em curso nas prisões israelitas, acção de protesto que hoje atingiu o oitavo dia, relata a Press TV.
A comissão de média criada para apoiar a greve «Liberdade e Dignidade» informou que seis palestinos encarcerados na prisão israelita de Meggido começaram a recusar comida na passada quinta-feira, 20 de Abril, juntando-se aos seus 1500 camaradas que estão actualmente em greve da fome.
Segundo esta informação, os seis presos foram colocados em isolamento no domingo, dia em que mais 34 detidos na prisão de Meggido aderiram à greve da fome.
O apelo para a greve da fome partiu de Marwan Barghouti, dirigente da Fatah, mas neste momento é seguida por presos palestinos de todo o espectro político. A greve teve início em 17 de Abril, Dia dos Presos Palestinos, em protesto contra as más condições existentes nas prisões israelitas.
Os Serviços Prisionais de Israel (IPS) têm continuado a punir os presos em greve da fome colocando-os em isolamento e negando visitas de familiares e de advogados.
Nas prisões israelitas encontram-se cerca de 6300 presos palestinos, 300 dos quais menores. Cerca de 500 encontram-se em regime de detenção administrativa, ao abrigo do qual Israel pode mantê-los encarcerados por períodos de seis meses indefinidamente renováveis, sem julgamento nem culpa formada e sem sequer justificar os motivos da detenção.
Apesar de serem recorrentes as greves da fome em protesto contra as más condições nas prisões israelitas e a política de detenção administrativa, é a primeira vez desde há muitos anos que se regista uma greve da fome desta enorme dimensão e abrangendo presos de um leque político tão amplo.
Print Friendly, PDF & Email
Share