MPPM saúda acordo de reconciliação palestina

Acordo de reconciliação palestina
Realizou-se na passada quarta-feira, dia 4, no Cairo, a cerimónia de ratificação do acordo, assinado no dia anterior, que põe termo à divisão entre o Fatah, movimento palestino que governa a Cisjordânia e o Hamas, movimento palestino que controla a Faixa de Gaza.
reconciliao palestinaO MPPM saúda esta iniciativa, que pode constituir um passo decisivo para o reconhecimento, pela comunidade internacional, de um Estado Palestino soberano, independente e viável, constituído dentro das fronteiras anteriores a 1967, com Jerusalém Oriental como capital.
Assinaram o acordo os representantes de 13 dos movimentos da resistência palestina, nomeadamente, além do Fatah e do Hamas, a Jihad Islâmica, a Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), a Frente Democrática de Libertação da Palestina (FDLP) e o Partido do Povo Palestino.
No final da cerimónia de ratificação, usaram da palavra o presidente da Autoridade Palestina e do Fatah, Mahmud Abbas e o líder do Hamas (residente em Damasco), Khalid Meschal. Abbas declarou que os palestinos "tinham virado para sempre a página negra da divisão". Meschal afirmou que "a única luta era contra Israel e que os quatro anos de desavenças (com o Fatah) ficavam para trás", acrescentando que "o único objectivo (do Hamas) era o estabelecimento de um Estado livre e soberano na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com a capital em Jerusalém, sem colonatos, sem o abandono de uma polegada de terra e sem a desistência do direito de regresso dos refugiados palestinos".  
O protocolo do acordo, concluído na passada 4ª feira, dia 27 de Abril, também no Cairo, prevê a constituição de um governo palestino provisório composto por independentes e encarregado de preparar, no prazo de um ano, as próximas eleições legislativas e presidenciais.
Assistiram à cerimónia, que teve lugar na sede dos serviços secretos egípcios, representantes das Nações Unidas, da União Europeia e da Liga Árabe.
O antigo presidente norte-americano Jimmy Carter pediu o apoio dos Estados Unidos e da comunidade internacional para a implementação deste acordo, que ajudará à democratização da Palestina e contribuirá para o estabelecimento de um Estado palestino unificado na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Num registo oposto, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que o acordo entre o Hamas - que acusa de pedir a destruição de Israel - e o Fatah "só pode causar preocupação aos israelitas, e a todos os que no mundo inteiro aspiram a que se chegue à paz com os palestinos", instando Abbas a renunciar ao acordo de reconciliação com o Hamas e escolher a paz com Israel.
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