MPPM no desfile pela Paz em Lisboa

Muitas centenas de pessoas desfilaram ontem, sábado, na Baixa de Lisboa na última da série de acções de rua que, por iniciativa do CPPC, a que o MPPM e mais quatro dezenas de organizações aderiram, tiveram lugar no Porto, em Coimbra, em Faro, no Funchal e agora em Lisboa, para reclamar «Parar a Guerra! Dar uma Oportunidade à Paz!».

Partindo do Largo de Camões, a manifestação desceu o Chiado até à Praça do Município onde actuou Sebastião Antunes, antecedendo as intervenções de José Pinho, do Projecto Ruído, Isabel Camarinha, da CGTP-IN, e Ilda Figueiredo, do CPPC.

Fernando Lopes Jorge, que fez as apresentações, recordou o Apelo para a participação neste acto público:

É preciso continuar a defender a paz mobilizando e reunindo todas as vontades empenhadas nesta causa plena de actualidade e importância.

Após termos saído à rua, em várias cidades do país, em Março, Junho e Outubro de 2022 e, novamente, em Fevereiro de 2023, reivindicando paz em todo o mundo, verificamos que a situação em diversos países comprova a premência e a necessidade de abrir e concretizar caminhos para a paz.

São cada vez mais, e soam mais alto, as vozes que se unem em torno da defesa de políticas de paz, soberania, solidariedade, cooperação e amizade entre todos os povos. É necessário ampliá-las e afirmar que temos de parar a guerra e dar uma oportunidade à paz!

Por isso, em Junho, voltamos às ruas. Apelamos a todos aqueles que defendem e não desistem da paz, que se juntem a nós.

É urgente:

Parar a confrontação e a guerra, seja na Palestina, no Sara Ocidental, na Síria, no Iémen, no Sudão ou na Ucrânia, com as trágicas consequências e os sérios perigos que comportam;

Travar a escalada belicista que se verifica na Europa, mas também noutras partes do mundo, nomeadamente na região Ásia-Pacífico, desrespeitando o direito que os povos têm à paz, ao desenvolvimento, à soberania;

Pôr fim às sanções que atingem as condições de vida dos trabalhadores e das populações, incluindo dos países na União Europeia, enquanto as multinacionais do armamento, da energia, da alimentação, da distribuição acumulam fabulosos lucros;

Abrir espaço à diplomacia e à solução política dos conflitos, rejeitando a ameaça do uso da força nas relações internacionais, para que a paz e a cooperação se sobreponham às políticas de ingerência, militarismo e guerra;

O respeito pelos princípios da Carta das Nações Unidas e da Ata Final da Conferência de Helsínquia, caminho para assegurar os direitos dos povos, a paz, a segurança e a cooperação;

Que o Governo português não contribua para o agravamento do conflito e do militarismo e que cumpra os princípios da Constituição da República Portuguesa – nascida do 25 de Abril de 1974, que está a completar 50 anos – como o direito à autodeterminação dos povos, a não ingerência nos assuntos internos de outros Estados, a solução pacífica dos conflitos internacionais, a dissolução dos blocos político-militares, o desarmamento geral, simultâneo e controlado;

Promover a solidariedade e a amizade entre todos os povos e defender o seu direito à paz, condição essencial para o desenvolvimento, a justiça e o progresso social, para o bem-estar de toda a Humanidade.

Assim, apelamos a todos os partidários da paz que façam ouvir a sua voz e participem nas acções que se vão realizar em diversas cidades.
 

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