Movimento BDS continua a crescer
O movimento BDS (Boicote - Desinvestimento - Sanções) continua activo um pouco pot toda a parte.
Abertura da primeira loja da H&M em Israel
A rede de lojas de moda sueca H&M acaba de abrir o seu primeiro estabelecimento em Telavive e num futuro próximo em Jerusalém num total de 6 unidades, em centros comerciais israelitas.
Diversas organizações suecas e palestinas exigiram que a H&M suspendesse os seus investimentos até que Israel cumprisse e respeitasse a legislação internacional que exige o cumprimento de diversas disposições relacionadas com a descriminação do comércio que tem prejudicado os palestinos.
Estas organizações questionam a política de "dois pesos, duas medidas" por parte da H&M.
Esta empresa tem colaborado com a UNICEF e a Comissão Goldstone das Nações Unidas, mas ao mesmo tempo continua a investir em Israel.
Campanha destinada a retirar produtos israelitas da Universidade de Belém
Uma comissão de estudantes formulou uma petição para os seus colegas participarem no sentido de solicitar à reitoria da universidade de Belém que deixem de adquirir produtos para consumo dos estudantes que sejam fabricados em Israel.
A petição informa: "Diversos produtos israelitas são consumidos na universidade inclusive na cafetaria, artigos escolares e produtos de limpeza".
Esta petição está integrada na Semana do Apartheid Israelita, que é celebrada em 40 cidades em diversos países e tem sido uma das acções mais concretas do movimento mundial em defesa dos direitos dos Palestianos, e com o objectivo de globalizar a luta contra o regime segregacionista de Israel.
A Autoridade Palestina intensifica o boicote dos produtos fabricados nos colonatos
A Autoridade Palestina está a intensificar o boicote de produtos fabricados nos colonatos israelitas na Cisjordânia, considerando que estão exportando ilegalmente para a União Europeia, ao abrigo de um acordo de fiscalidade reduzida, que não contempla produtos fabricados em territórios ocupados ilegalmente por Israel.
Esta situação prejudica significativamente a concorrência com produtos idênticos fabricados pelos Palestinos e vai destruindo diversos sectores da sua economia e que são vendidos localmente pelos 120 colonatos a preços que tornam a economia palestina pouco competitiva.
Instituições financeiras Escandinavas vendem participações na empresa israelita ELBIT face á pressão exercida pela BDS
Não obstante todos os esforços de Israel para enfraquecer os boicotes, a organização BDS através das suas campanhas de sensibilização tem sido bem sucedida e tem convencido muitos investidores institucionais a venderem as suas participações na ELBIT ou colocarem-na na sua lista negra a empresa de produtos bélicos ELBIT.
Por exemplo o maior fundo de pensões na Holanda informou a Electronic Entifada que tinha recentemente vendido as acções da ELBIT que detinha na sua carteira de investimentos.
A campanha palestina Stop the Wall convenceu o Fundo de Pensões do Estado Norueguês a desinvestir na ELBIT, no mês de Setembro passado. Israel tem exercido represálias sobre representantes desta organização e recentemente encarcerou o activista Mohamed Othman após o sue regresso de uma visita à Noruega para se encontrar com o Ministro das Finanças Kristin Halvorsen.
O Ministro Halvorson informou que o seu governo (fundo de pensões) tinha vendido a sua participação financeira na ELBIT. O conselho de Ética deste fundo considerou que investir nesta empresa israelita constitui um risco inaceitável ao contribuir para uma séria violação de normas de ética, devido ao envolvimento da ELBIT na construção do muro na área ocupada ilegalmente da Cisjordânia. O ministro comentou «O nosso pais não pretende financiar empresas que contribuem directamente para a violação das leis internacionais de direitos humanos».
Outras empresas europeias têm tomado iguais decisões de desinvestimento nesta empresa, nomeadamente a maior empresa de seguros na Noruega (Kommunal Landspensjonkasse). A organização dinamarquesa Danwatch acaba de colocar a ELBIT na lista negra de 35 empresas em que não se deve investir por razoes de natureza ética. O maior banco da Dinamarca, Dansk Bank afirmou recentemente que sendo um dos seus objectivos proteger os interesses éticos dos seus clientes tem desactivado a sua relação com empresas que directamente ou indirectamente têm contribuído para o apoio sob a forma de serviços à politica de criação de novos colonatos. O maior fundo de pensões dinamarquês PKA Ltd, também vendeu a sua participação financeira na ELBIT.
Esta onda de fundo desencadeada pela Escandinávia tem influenciado outros investidores europeus nomeadamente na Holanda. Os fundos de pensões holandeses estão a vender as suas participações na empresa israelita
A pressão exercida sobre alguns governos europeus tem sido, como se pode verificar, muito bem sucedida.
Domingo, 21 Março, 2010 - 15:52