Mohammed Al-Qiq suspende greve de fome após acordo para a sua libertação

O jornalista palestino Mohammed al-Qiq suspendeu a sua greve de fome depois de alcançar um acordo com as autoridades israelitas no sentido de ser libertado em meados de Abril, informou hoje, 10 de Março, a Sociedade dos Presos Palestinos (PPS).
Al-Qiq, que começou a greve de fome em 6 de Fevereiro, protestava contra o facto de estar em regime de detenção administrativa.
Ao abrigo deste regime, Israel pode manter palestinos encarcerados por períodos de seis meses indefinidamente renováveis, sem julgamento nem culpa formada e sem sequer justificar os motivos da detenção. Segundo informou o Comité Palestino de Assuntos dos Presos, na passada quarta-feira, 8 de Março, Al-Qiq tinha sido transferido pelas autoridades israelitas para o Centro Médico Assaf Harofeh, em Tel Aviv, devido à deterioração do seu estado de saúde.
Tinha perdido 12 quilos desde o início da greve de fome, era incapaz de se manter de pé e sofria de fortes dores de cabeça, tonturas e oftalmia. Al-Qiq tinha sido libertado da prisão em Maio de 2016 após uma greve da fome de 94 dias, também em protesto contra a sua detenção administrativa.
Porém, voltou a ser detido em meados de Janeiro depois de participar num protesto na cidade de Belém, na Margem Ocidental ocupada, exigindo a devolução pelas autoridades israelitas dos corpos de palestinos por elas mortos. Segundo a organização de direitos dos presos Addameer, em Janeiro havia 6500 palestinos presos nas cadeias israelitas, 536 dos quais em regime de detenção administrativa.

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