Ministro de Israel reclama anexação do território palestino como resposta a possível resolução da ONU contra colonatos

O ministro da Educação de Israel, Naftali Bennett, conhecido pelos seus pontos de vista extremistas, apelou mais uma vez à anexação do território palestino ocupado da Margem Ocidental como «resposta sionista» a uma possível resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra Israel.
Bennett, dirigente do partido de extrema-direita HaBayit HaYehudi (Lar Judaico), afirmou no domingo 30 de Outubro que o regime de Tel Aviv deve anexar a Margem Ocidental.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, afirmou em Setembro que tentaria obter uma resolução do Conselho de Segurança da ONU declarando ilegais os colonatos. Contudo, o mais provável é que os Estados Unidos, membro permanente do Conselho de Segurança e aliados próximos do regime sionista, vetem qualquer resolução que venha a ser apresentada.
«Há uma discussão sobre se nos próximos meses o Conselho de Segurança da ONU vai forçar uma resolução sobre Israel. Se isso acontecer, precisamos de ter uma resposta sionista adequada, a imediata soberania sobre a Judeia e Samaria», disse Bennett, usando o nome dado por Israel ao território palestino ocupado da Margem Ocidental.
No mesmo sentido se pronunciaram políticos israelitas de direita, incluindo vários deputados, num comício realizado segunda-feira, 31 de Outubro, diante do Knesset (parlamento).
«A resposta à batalha internacional a propósito de Jerusalém é impor a soberania sobre Ma’ale Adumim [grande colonato de cerca de 40.000 habitantes, situado na Margem Ocidental, a vários quilómetros a leste de Jerusalém], para assegurar uma Jerusalém unida e em desenvolvimento», declarou no comício a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Hotovely.
Também David Bitan, do partido Likud (do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu) e Presidente da Coligação [de governo], prometeu trabalhar no sentido de anexar o colonato de Ma’ale Adumim e de o expandir com mais construção.
Mais de meio milhão de israelitas vivem em mais de 230 colonatos construídos desde a ocupação israelita, em 1967, dos territórios palestinos da Margem Ocidental e em Jerusalém Oriental, os quais são considerados ilegais pela ONU e pela maioria dos países como ilegal.
Os palestinos reivindicam a Margem Ocidental como parte do território do seu futuro Estado independente, com capital em Jerusalém Oriental. A existência e contínua expansão dos ilegais colonatos israelitas constituem um sério obstáculo a essa perspectiva.
 
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