lal Kayed em greve da fome há 40 dias. Pelo menos mais 48 presos palestinos também em greve da fome

BiUma greve da fome em massa prosseguiu este sábado nas prisões israelitas em protesto contra a detenção administrativa de palestinos por Israel. Pelo menos 48 presos palestinos participam agora na greve da fome ilimitada em apoio de Bilal Kayed e dos irmãos Muhammad e Mahmud al-Balboul, comunicou o Comité Palestino dos Assuntos dos Presos.
Issa Qaraqe, director do Comité, sublinhou que a detenção administrativa viola leis internacionais e convenções humanitárias. A detenção administrativa — internamento sem julgamento nem culpa, formada baseado em provas não reveladas — é usada quase exclusivamente contra detidos palestinos.
Bilal Kayed, um membro da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), está em greve da fome há 40 dias, em protesto por ter sido colocado por Israel em detenção administrativa no dia em que deveria ter sido libertado após completar uma pena de prisão de 14 anos e meio. Está actualmente internado, após a sua saúde se ter deteriorado gravemente na semana passada.
Centenas de presos da FPLP realizaram diversas greves da fome para exigir a libertação de Kayed; 33 presos anunciaram uma greve da fome ilimitada em 18 de Julho, e mais de uma dezena se lhes juntaram nos dias seguintes.
Entretanto, os irmãos Muhammad e Mahmoud al-Balboul, encarcerados na prisão de Ofer em Israel, declararam no início deste mês uma greve da fome ilimitada, que neste momento já dura há 20 dias.
Os irmãos foram detidos a 9 de Junho em Belém, apenas dois meses após a sua irmã Nuran, de 14 anos, ter sido detida num checkpoint, alegadamente por posse de uma faca. Nuran foi libertada após três meses na prisão. Muhammad, dentista, foi condenado a seis meses de detenção administrativa; Mahmoud, estudante universitário, foi condenado a cinco meses. O pai dos três irmãos, Ahmad al-Balboul, líder destacado das Brigadas dos Mártires de al-Aqsa, da Fatah, foi morto a tiro em Março de 2008 por forças israelitas actuando sob disfarce.
Segundo o grupo de direitos dos presos Addameer, em Maio estavam encarcerados por Israel 7000 palestinos, 715 dos quais em detenção administrativa.
 
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