Jeremy Corbyn reclama que Reino Unido congele vendas de armas a Israel

Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista do Reino Unido, na oposição, reclamou na sexta-feira que o Reino Unido congele as vendas de armas a Israel e condene a matança de civis palestinos em Gaza.

Corbyn escreveu no Twitter: «A ONU diz que as mortes de manifestantes efectuadas por Israel em Gaza — incluindo crianças, paramédicos e jornalistas — podem constituir “crimes de guerra ou crimes contra a humanidade”.» E o líder trabalhista acrescenta: «O governo do Reino Unido deve inequivocamente condenar as mortes e congelar as vendas de armas a Israel.»

A declaração de Corbyn surge no dia seguinte a investigadores da ONU acusarem as forças israelitas de dispararem intencionalmente sobre civis palestinos que participavam nas manifestações da Grande Marcha do Retorno, na Faixa em Gaza, no que afirmam poder constituir crimes de guerra ou crimes contra a humanidade.

A comissão de inquérito independente, criada no ano passado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, afirmou num relatório publicado na quinta-feira passada que entre 30 de Março, data do início das manifestações, e 31 de Dezembro, foram mortos pelas forças israelitas 189 palestinos, 183 dos quais com munições reais.

«A Comissão encontrou fundamentos razoáveis para acreditar que atiradores especiais israelitas dispararam sobre jornalistas, profissionais de saúde, crianças e pessoas com deficiências», diz também o relatório.

Jeremy Corbyn tem sido alvo de uma intensa campanha de difamação, sob a capa de acusações de anti-semitismo, motivada pelas suas corajosas posições de solidariedade com o povo palestino.

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