Israelitas cometeram cerca de 900 ataques contra palestinos em Julho

As forças de ocupação israelitas e os colonos cometeram 897 ataques contra palestinos, as suas propriedades e os seus locais sagrados durante o mês de Julho, de acordo com um relatório da Comissão de Resistência ao Muro e aos Colonatos divulgado pela agência noticiosa Wafa.

No seu relatório mensal sobre as violações da ocupação israelita, a Comissão afirmou que estes ataques variaram entre agredir directamente pessoas, vandalizar propriedades, arrasar terras, invadir aldeias, arrancar árvores e confiscar bens.

A maioria dos ataques registou-se na província de Jerusalém (148), seguida da província de Nablus (140) e da província de Hebron (113).

Segundo a Comissão, os colonos efectuaram 202 ataques em várias partes da Cisjordânia ocupada, mas principalmente nas províncias de Nablus (65), Ramala (35) e Hebron (28).

A Comissão referiu que, em Julho, foram emitidas 139 ordens de demolição, de paragem de construção e de evacuação de instalações, descrevendo-as como «um aumento recorde que alerta para muitas mais demolições no próximo período». A maioria das ordens foi emitida na província de Jericó, com 53 notificações, seguida das províncias de Hebron e Salfit, com 19 notificações cada.

Segundo o relatório, as forças de ocupação demoliram 41 casas e estabelecimentos comerciais, principalmente nas províncias de Hebron e Jerusalém.

O relatório refere que as forças israelitas e os colonos vandalizaram um total de 2552 árvores, cortando-as ou arrancando-as, principalmente na província de Nablus (1173), seguida da província de Hebron (695).

Também em Julho, as autoridades de ocupação analisaram um total de 33 planos directores, tendo sido aprovada a construção de 310 novas unidades habitacionais para colonos, enquanto um total de 622 novas unidades foram postas à consideração, afectando um total de 92 533 hectares de terra palestina.


Na imagem: Carros palestinos incendiados após o ataque de colonos à cidade de Huwara, na Cisjordânia, em Fevereiro de 2023 (Foto: Muhammed Shehada)

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