Israel volta a prender deputada palestina Khalida Jarrar

Forças militares israelitas prenderam a deputada palestina Khalida Jarrar e vários militantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) durante incursões de madrugada na Margem Ocidental ocupada.
Na madrugada de domingo 2 de Julho, um grande número de soldados israelitas invadiram a casa de Khalida Jarrar, no centro da cidade de Ramala, e prenderam-na. O seu marido afirmou que as forças israelitas apreenderam computadores durante o ataque.
A agência de espionagem interna israelita, Shin Bet, anunciou em comunicado que Jarrar foi presa juntamente com um activista palestino por «promover actividades terroristas», sem fornecer qualquer informação adicional. Israel classifica como actividades terroristas as acções de resistência à ocupação.
Em comunicado, a Frente Popular para a Libertação da Palestina confirmou que as forças de ocupação sionistas lançaram no domingo de madrugada uma campanha de incursões na Margem Ocidental ocupada, prendendo vários dirigentes e activistas da Frente, incluindo Khalida Jarrar, a activista feminista Khitam Saafin, presidente da União dos Comité de Mulheres Palestinas, e o ex-preso Ihab Massoud, bem como vários ativistas em Hebron. A FPLP declarou que esses ataques não a impedirão de prosseguir o seu papel na resistência à ocupação e de se opor aos crimes e projectos que visam liquidar a causa palestina.
Khalida Jarrar é uma das mais destacadas críticas da ocupação israelita e tem condenado repetidamente as atrocidades do regime de Tel Aviv contra os palestinos. Foi presa pela última vez em 2 de Abril de 2015, altura em que a sua casa em Ramala foi invadida por soldados israelitas. Foi libertada da prisão em 3 de Junho de 2016, com uma pena de 12 meses suspensa durante um período de cinco anos.
Eleva-se assim para 13 o número de deputados ao Conselho Legislativo Palestino (parlamento dos territórios ocupados palestinos) actualmente presos em centros de detenção israelitas. Nove estão detidos ao abrigo da chamada detenção administrativa, regime ao abrigo do qual os presos palestinos são mantidos em centros de detenção israelitas sem julgamento nem culpa formada, por períodos de tempo indefinidos.
 
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