Israel prolonga detenção da deputada palestina Khalida Jarrar

As autoridades israelitas renovaram pela terceira vez consecutiva a detenção administrativa de Khalida Jarrar, dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), deputada ao Conselho Legislativo Palestino (parlamento), onde encabeça o comité de presos, e representante palestina no Conselho da Europa.
A renovação da detenção administrativa ocorre duas semanas antes da data em que Khalida Jarrar deveria ser libertada. Presa em 2 de Julho de 2017, a sua detenção foi renovada por seis meses no final de Dezembro de 2017, devendo terminar em 30 de Junho de 2018. Anteriormente já tinha sido detida em 2015, passando 14 meses nas prisões israelitas.
A renovação da detenção administrativa por um perído de três meses foi aprovada pelo tribunal militar israelita de Ofer. Na Cisjordânia, que está sob lei militar desde que foi ocupada por Israel em 1967, os comandantes do exército israelita estão autorizados a emitir contra civis palestinos ordens de detenção administrativa, ou seja, sem julgamento nem culpa formada, por períodos de até seis meses indefinidamente renováveis.
A FPLP declarou que a renovação da detenção de Khalida Jarrar «é uma tentativa de reprimir os líderes revolucionários que podem afectar o curso dos acontecimentos na Palestina ocupada, especialmente em relação aos ataques da ocupação na Cisjordânia, ao cerco e imposição de sanções à Faixa de Gaza e às tentativas de impor o chamado “acordo do século”», mas não diminuirá o seu empenho na libertação nacional da Palestina.
Também Hanan Ashrawi, membro do Comité Executivo da OLP, condenou a renovação da detenção administrativa de Khalida Jarrar, afirmando que se trata de «uma violação flagrante da imunidade dos deputados palestinos, garantida pelo direito e pelas normas internacionais».
Paralelamente, diversas organizações palestinas de defesa dos direitos humanos informaram que em Maio as forças de ocupação israelitas prenderam 605 palestinos da Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém, incluindo 94 menores e nove mulheres. Além disso, emitiram 83 ordens de detenção administrativa, sendo 36 novas e as restantes renovações. 
Neste momento há aproximadamente 6000 presos palestinos nas cadeias de Israel, incluindo cerca de 350 menores e 430 submetidos ao odioso regime da detenção administrativa.
 
 
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