Israel lança 95 ataques aéreos contra a Faixa de Gaza

O exército israelita realizou dezenas de ataques aéreos em toda a Faixa de Gaza sitiada na madrugada de sábado, na ofensiva mais intensa desde o Verão. O exército israelita lançou pelo menos 95 ataques aéreos, segundo o jornal israelita Haaretz, alegadamente em resposta a cerca de 34 rockets disparados do enclave palestino para o Sul de Israel, 15 dos quais terão sido interceptados pelo sistema de defesa anti-aérea Iron Dome (Cúpula de Ferro).

A Jihad Islâmica reivindicou a responsabilidade dos rockets disparados na noite de sexta-feira em direção aos colonatos israelitas adjacentes à Faixa de Gaza, afirmando que foram em resposta à matança na sexta-feira de cinco manifestantes pacíficos da Grande Marcha de Retorno pelo exército israelita. «A resistência não aceitará a equação imposta pelo inimigo baseada na matança por parte deles e no silêncio pela nossa parte», afirma em comunicado.

Após os ataques, a Jihad Islâmica anunciou no sábado de manhã que tinha aceitado um cessar-fogo com Israel mediado pelo Egito. «Respeitaremos este acordo enquanto que a ocupação israelita o respeitar», declarou o porta-voz do movimento.

Um prédio de quatro andares no centro da cidade de Gaza foi transformado em escombros por um ataque israelita. Por seu lado, o Ministério da Saúde de Gaza informou que o perímetro do Hospital Indonésio em Beit Lahiya, no Norte da Faixa de Gaza, tinha sido alvo de ataques aéreos, causando danos materiais no edifício. Os serviços de saúde informaram que nove palestinos foram feridos num dos ataques da aviação sionista.

Desde o início da Grande Marcha do Retorno, em 30 de Março, pelo menos 217 palestinos foram mortos e 22 897 palestinos foram feridos pelas forças israelitas. Durante o mesmo período foi morto 1 soldado israelita.

Nas últimas semanas vários altos responsáveis israelitas têm apelado a um «golpe forte» contra Gaza, e o ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, não exclui «um confronto em larga escala».

Israel mantém desde há mais de 11 anos, com a colaboração do Egipto, um criminoso bloqueio da Faixa de Gaza, que constitui uma punição colectiva dos dois milhões de habitantes do pequeno enclave palestino, que vive à beira da catástrofe humanitária.

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