Israel aprova expansão de colonatos em Hebron, na Cisjordânia ocupada

O governo de Israel aprovou na sua reunião de hoje um financiamento de 22 milhões de shekels (5,24 milhões de euros) para a expansão de um colonato israelita na cidade de Hebron, na Cisjordânia ocupada. No local de uma antiga base militar será construído um novo bairro israelita, que deve incluir 31 unidades habitacionais, já anteriormente aprovadas pela Administração Civil (órgão do Ministério da Defesa israelita encarregado da administração dos territórios palestinos ocupados).
As unidades habitacionais agora aprovadas são o primeiro projecto de expansão dos ilegais colonatos israelitas em Hebron desde há mais de uma década.
«É um passo importante na actividade global que estamos a realizar para reforçar os colonatos na Judeia e Samaria [designação dada pelos sionistas à Cisjordânia ocupada]», declarou o ministro da Defesa israelita, Avigdor Lieberman, que tutela os territórios palestinos ocupados. 
Em Hebron vivem cerca de 200 000 palestinos. Sob proteção do exército israelita, 800 colonos judeus extremamente agressivos moram em vários complexos fortificados no coração da cidade. 
As novas unidades habitacionais em Hebron devem ser construídas na rua Shuhada, que já foi uma movimentada rua comercial mas hoje agora está praticamente vedada aos palestinos. 
Mais de 600 000 colonos israelitas vivem em 425 colonatos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ocupados por Israel desde 1967. Todos e cada um deles são ilegais à luz do direito internacional, nomeadamente a IV Convenção de Genebra, que proíbe a instalação de população da potência ocupante no território ocupado. 
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