Hoje mais sete palestinos mortos em Gaza por Israel, fornecimento de combustível cortado

Forças israelitas mataram hoje sete palestinos durante protestos na Faixa de Gaza, perto da vedação com que Israel isola o território palestino bloqueado, informou o Ministério da Saúde de Gaza.
O porta-voz do Ministério acrescentou que 252 palestinos foram feridos, 140 dos quais por balas disparadas pelos soldados do regime sionista. 
Os sete mortos são: Ahmed Ibrahim Zaki El-Tawil, de 27 anos; Ahmad Ahmad Abdullah Abu Naim, de 17 anos; Mohammed Abdulhafiz Yusuf Ismail, de 29 anos; Tamer Iyad Mahmoud Abu Rummaneh, de 22 anos; Afifi Mahmoud Atta Afifi, de 18 anos; Abdullah Barham Sulaiman al-Daghmah, de 25 anos; e Issam Abbas, de 21 anos.
Milhares de palestinos participaram hoje nas manifestações da Grande Marcha do Retorno, que começou em 30 de Março, ou seja, há mais de seis meses — uma demonstração de extraordinária firmeza e coragem.
Os protestos desarmados destinam-se a exigir o fim do bloqueio da Faixa de Gaza por Israel, que dura há 11 anos, e o direito de retorno dos refugiados palestinos às suas terras, de que foram expulsos na campanha de limpeza étnica levada a cabo pelas forças sionistas em 1948-1949, por altura da criação de Israel.
Desde 30 de Março, pelo menos 203 palestinos foram mortos por fogo israelita na Faixa de Gaza. A maioria foram mortos durante as manifestações junto à vedação de isolamento, enquanto outros morreram em ataques aéreos e bombardeamento por tanques.
Por outro lado, relata o Haaretz, o ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, anunciou hoje uma inadmisssível medida de punição colectiva como retaliação pelo prosseguimento dos protestos: a suspensão do fornecimento de combustível a Gaza. Destinado à única central de produção de electricidade de Gaza e pago pelo Catar, o combustível tinha começado a entrar no enclave palestino através de Israel na passada terça-feira, ao abrigo de um plano mediado pela ONU.
Print Friendly, PDF & Email
Share