Genocídio no Desporto: Mais de 800 atletas assassinados por Israel

O futebolista Suleiman al-Obaid, conhecido como o «Pelé palestino», foi morto em 6 de Agosto enquanto esperava por ajuda perto de um ponto de distribuição no sul de Gaza. Al-Obaid, 41 anos, nascido em Gaza e pai de cinco filhos, era considerado uma das estrelas mais brilhantes da história do futebol palestino. Marcou mais de 100 golos por clubes e jogou 24 partidas oficiais pela selecção nacional tendo marcado dois golos.

O basquetebolista Mohammed Shaalan foi morto a 20 de Agosto, em Khan Younis, enquanto procurava comida e medicamentos para a sua filha, Maryam, que sofre de insuficiência renal. Shaalan, 40 anos, foi um dos jogadores mais destacados da selecção nacional palestina de basquetebol. 

O corredor internacional palestino Allam Al Amour foi morto pelo exército israelita, na passada quarta-feira, 27 de Agosto, junto de um dos centros de distribuição de ajuda em Khan Younis. Al Amour havia conquistado a medalha de bronze na prova de 3.000 metros, na categoria júnior, no Campeonato de Atletismo dos Clubes da Ásia Ocidental, realizado em Doha em Março de 2023.

Mais de 800 atletas foram mortos em Gaza desde o início da ofensiva israelita em 7 de Outubro de 2023. Atletas, treinadores e árbitros foram mortos, e instalações desportivas inteiras foram bombardeadas, incendiadas ou transformadas em valas comuns. Cerca de 90% da infra-estrutura desportiva em Gaza foi destruída.

Desde Outubro de 2023, o número de futebolistas mortos ou que morreram de fome chegou a 421, incluindo 103 crianças, de acordo com a Associação Palestina de Futebol (PFA).

A PFA disse que 288 instalações desportivas foram parcial ou totalmente destruídas pelas forças israelitas em Gaza (268) e na Cisjordânia (20), incluindo estádios, ginásios e clubes de futebol. Entre elas estava a sede da PFA, atingida por ataques aéreos israelitas.


Foto: Suleiman al-Obaid

Sexta, 29 de Agosto de 2025 - 12:30