Forças israelitas matam um palestino e ferem 396, na 15.ª semana da Grande Marcha do Retorno
Um manifestante palestino foi morto e pelo menos 396 pessoas foram feridas pelas forças israelitas que atacaram os participantes na 15.ª sexta-feira consecutiva dos protestos não violentos da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação de arame farpado com que Israel isola a Faixa de Gaza.
Mohammad Jamal Abu Halima, de 22 anos, foi morto por fogo de artilharia que visou a multidão de manifestantes.
Segundo fontes médicas, pelo menos 396 manifestantes palestinos foram feridos por balas reais ou sofreram sufocações devido à inalação de gás lacrimogéneo. Foram internadas em hospitais 119 pessoas, incluindo 57 casos de ferimentos por balas. Registaram-se também feridos entre o pessoal de saúde e jornalistas.
«As manifestações serão não violentas, com o objectivo de romper o cerco injusto de Israel e cancelar o acordo do século do presidente dos EUA, Donald Trump», sublinhou a comissão organizadora da Grande Marcha do Regresso no apelo para a manifestação. «Dar continuidade às manifestações com um consenso popular palestino constitui uma barreira contra todas as tentativas de eliminar a questão nacional palestina, e em primeiro lugar o acordo do século.»
As manifestações semanais da Grande Marcha do Retorno duram há quatro meses consecutivos, desde 30 de Março, e exigem o direito de retorno dos refugiados palestinos às terras de onde foram expulsos pela limpeza étnica efectuado por Israel, assim como o fim do bloqueio israelita à Faixa de Gaza.
Segundo o porta-voz do Ministério da Saúde palestino em Gaza, desde o início dos protestos foram mortos 144 palestinos, incluindo 17 crianças e uma mulher, e foram feridas 15 500, centenas das quais se encontram em estado crítico.