Cronologia da História da Palestina: 4. Do Yom Kipur à primeira Intifada
Este é um período de grande conflitualidade nos países vizinhos com clara ingerência de Israel. A OLP ganha reconhecimento internacional sem que isso se traduza em qualquer pressão sobre Israel para que ponha termo à sua política de agressão e colonização. A primeira Intifada marca o início da resistência não-armada. 4. DO YOM KIPPUR À PRIMEIRA INTIFADA19736 de Outubro - O Egipto, a Síria e a Jordânia surpreendem Israel com uma guerra no Yom Kippur, o dia da Expiação no calendário judaico.21 de Outubro - O Conselho de Segurança da ONU aprova, por unanimidade, a Resolução 338 que exige "uma paz justa e duradoura" e o reconhecimento do direito de todos os Estados da região a viver em segurança.26 a 28 de Novembro – Cimeira árabe de Argel em que a OLP é reconhecida como único representante do povo palestino.19749 de Junho - O Conselho Nacional Palestino (parlamento no exílio) aprova a instauração de uma Autoridade Nacional Palestina em todas as partes do território palestino libertado ou evacuado por Israel.14 de Outubro - A Assembleia Geral da ONU, numa deliberação aprovada por 115 votos contra 4 (EUA, Israel, Bolívia e Rep. Dominicana) convida a OLP a "representar o povo palestino" numa sessão daquele organismo.23 de Novembro - Arafat discursa na Assembleia Geral da ONU. No final da sessão, uma esmagadora maioria atribui à OLP o estatuto de observador (privilégio até então apenas concedido ao Vaticano e à Suíça).1975Abril - Começo da guerra civil no Líbano. Os "fedayin" estão ao lado das organizações libanesas "islamo-progressistas", em oposição às milícias falangistas da direita cristã, que beneficiam do apoio de Israel. Primeiro grande massacre no campo de refugiados palestinos de Qaratina. A Fatah retalia com um ataque a Damour. Mais de 2.000 mortos e deslocados.197630 de Março - A repressão de uma manifestação de palestinos de Israel contra uma nova vaga de expropriação de terras consagra o Dia da Terra.Junho - No Líbano, a Síria corta a ofensiva "palestino-progressista" e apoia os falangistas.12 de Agosto - Massacres no campo de refugiados de Tell-Zaatar, em Beirute Ocidental, perpetrados pelas milícias cristãs libanesas apoiadas pela Síria. Número de vítimas estimado em cerca de 3000.197717 de Maio - Vitória eleitoral do Likud chefiado por Menahem Begin. Intensificação clara da colonização.7 de Novembro - O presidente Anwar Sadat, do Egipto, visita Jerusalém e inicia conversações de paz com Israel.197814 de Março – Israel invade o sul do Líbano.17 de Setembro - O presidente egípcio, Anwar Sadat, e o primeiro-ministro israelita, Menahem Begin, assinam os Acordos de Paz de Camp David.197926 de Março - Assinatura, em Washington, por Begin e Sadat, do primeiro tratado de paz israelo-árabe.198030 de Julho - Jerusalém Oriental e seus arredores são anexados pelo Estado de Israel.19816 de Outubro - Anwar Sadat é assassinado, no Cairo, por um comando integrista islâmico.1982Agosto - Operação “Paz na Galileia”. O exército israelita invade o Líbano e cerca Beirute. As forças da OLP são obrigadas a abandonar o Líbano e espalham-se por diversos países árabes.14-18 de Setembro - Massacre nos campos de refugados de Sabra e Shatila, executado pelas milícias cristãs falangistas, com a conivência de Ariel Sharon, ministro israelita da Defesa, em retaliação pelo assassinato de Bashir Gemayel, presidente eleito do Líbano. O número de vítimas pode ter ascendido a mais de um milhar.198310 de Abril - Issam Sartawi, emissário de Arafat nas negociações secretas com Israel, é assassinado em Montechoro, Algarve.10 de Outubro - Itzahk Shamir torna-se primeiro-ministro de Israel.1985Maio - A milícia xiita libanesa Amal, de Nabih Berri, lança a "Batalha dos Campos" causando a morte de milhares de refugiados palestinos.1 de Outubro - Oito caças israelitas voam até à Tunísia e destruem o quartel-general de Arafat que só escapa por se encontrar ausente.19879 de Dezembro - A Intifada ("Tremor"), ou "revolta das pedras" contra a ocupação israelita, começa na Faixa de Gaza e alastra rapidamente à Cisjordânia. A repressão causa, até 1993, a morte de 2.000 palestinos.Fundação, em Gaza, do Hamas (“Movimento de Resistência Islâmico”), organização próxima da Irmandade Muçulmana do Egipto.