Centenas de israelitas invadem Al-Aqsa em festividade judaica

Entre 200 e 300 colonos e outros israelitas de direita, escoltados por polícias israelitas, invadiram o complexo da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental ocupada, no domingo de manhã, 8 de Outubro, por ocasião da festividade judaica do Sukkot.
Segundo a agência noticiosa palestina Ma'an, cerca de 7 horas da manhã começaram a entrar no recinto os grupos de israelitas, muitos dos quais realizaram rituais judaicos. As forças israelitas impuseram severas restrições à entrada de fiéis muçulmanos.
Após a anexação ilegal de Jerusalém Oriental por Israel em 1967, Israel tem mantido um compromisso com a Waqf (instituição islâmica que gere o complexo) para não permitir orações de não-muçulmanos no complexo de Al-Aqsa. No entanto, muitas vezes fiéis judeus violam o acordo, particularmente durante as festividades judaicas.
O complexo da Mesquita de Al-Aqsa, que fica logo por cima da praça do Muro Ocidental (ou Muro das Lamentações), inclui a Cúpula do Rochedo e a Mesquita de Al-Aqsa. Sendo o terceiro local mais sagrado do Islão, também é venerado como o lugar mais sagrado do judaísmo.
Entretanto, antes do início do Sukkot, Israel anunciou um encerramento geral de 11 dias — um período de tempo sem precedentes —, entre 4 e 14 de Outubro, tanto da Margem Ocidental como da Faixa de Gaza. As entradas e saídas apenas serão autorizadas em casos excepcionais, humanitários e de saúde. Israel impõe muitas vezes o encerramento da Margem Ocidental e de Gaza durante os feriados judaicos, mas com poucos dias de duração.
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